𝐂𝐫𝐨𝐬𝐬𝐢𝐧𝐠 𝐩𝐚𝐭𝐡𝐬 - Minsung

10

Minho estava em seu décimo terceiro sono quando escutou um chorinho vindo do quarto ao lado.

No mesmo instante, como se uma descarga elétrica passa-se por si, abriu os olhos rápido e se sentou na cama.

Quando o choro ficou mais alto, se levantou rápido e seguiu para o lugar de onde vinha o som.

Estava descalço no chão gelado, abriu a porta branca devagar se deparando com o bebê sentado no berço.

—Ei pequeno, o que foi?— Perguntou já o pegando do berço. Hyun levantou as mãozinhas na direção do pai.

Quando o Lee pegou a criança, sentiu a cabeça do pequeno encostar contra seu peito, sorriu pequeno.

— Medo... Appa— o pequenino disse baixinho e desengonçado.

— Não precisa ter medo, papai tá aqui bebe. —Falou abraçando mais o garotinho.

Minho saiu do quarto ainda segurando o pequeno, que agora chupava seu próprio dedo.

— Tá com fome? Appa vai faze' um mama pra você.

Hyun se limitou a balançar a cabeça concordando.

Minho já estava mais desperto, tinha ido dormir tarde por insistir em levar o trabalho acumulado  pra casa, agora estava com olheiras e dores no corpo de ter dormido sentado.

— Aqui bebê... — Falou enquanto colocava o menino na cadeirinha. — Hum? A onde eu coloquei a mamadeira?

— poita... Poita— o bebê repetiu sorrindo com os dentinhos que davam sinal.

— Isso a porta. — Abriu a porta da geladeira vendo a mamadeira amarela. — Bingo!

—Bingo. —Repetiu o bebê.

—Isso garotão.

Na idade de Hyun as palavras e talvez algumas frases já deviam estar melhores formuladas, mas Minho já o tinha levado a um médico que o garantiu que o menino estava perfeito e que aprendia bem rápido, não levaria muito tempo para que já começa-se a falar pelos cotovelos.

Quando a mamadeira já estava pronta, chegou mais perto do menino e a entregou, Hyun já estava com os braços esticados pronto pra pegá-la.

Sentou-se de frente para o filho, estava o analisando, os cabelos pretos já estavam bem compridos, teria que mandar cortá-los logo.

Hyun percebeu o olhar do pai em si, e esboçou um sorriso preguiçoso.

Minho sorriu de volta.

Os olhos de Hyun estavam demonstrando todo o cansaço presente naquele pequeno corpinho, os belos olhos de Jisoo, Hyun lembrava muito a mãe.

Minho se pegou pensando como seria se ela estivesse viva, sorriu com o pensamento de ver o sorriso da garota quando Hyun disse as primeiras palavras, ou quando deu os primeiros passinhos.

Queria ter dividido isso com ela.

Virou os olhos para a mesinha de centro, alguns portas retratos estavam dispostos por ela, entre várias fotos de si e Hyun e seus amigos, havia a única foto de Jisoo que tinha, estavam no Japão, a época das cerejeiras, os dois sorriam, a felicidade era algo presente ali.

Mas só de se lembrar do porquê da viagem, fechou a cara.

Seus pais tinham o mandado, tinham pagado as passagens, as hospedagens, tudo, pelo simples fato de terem achado que o Lee pediria a garota em casamento, na verdade eles tinham certeza.

Mas só não contavam com o fato de Minho não gostar de mulheres, bom não totalmente, não sabia ao certo o que se considerar, mas tinha completa certeza de que não se casaria com Jisoo.