Molha-me

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Pov's [Seu nome]

Perante a mesa de jantar me prostei, levando a prataria acerca de minha delicada mão, tendo entrelaçados os dedos brutos do roxo sobre minha palma esquerda. Estavas, em pensamento, aguardando que a lua se locomovesse ao teu ponto mais alto, e que os ponteiros do pequeno relógio às colunas, se alargassem para um horário breve e esplendoroso, o qual se achegasse o possível momento de nos retirarmos, e esvairmos para longínquo, um lugar onde somente minhas narinas pudessem respirar o aroma de almiscarado, cedro e vetiver expelidos pela colônia às vestes de Hitoshi. Sua suavidade, és confortante.

Ao que me requisera, meus olhares distantes, se elevavam ás vértices do ambiente, seus adornos transmitem horror, o que o rapaz ao meu lado tens suportado és de me causar tensões ao coração em teus pesares. Um aperto reproduzi em tua mão, e como forma de agrado, este lançou teu polegar a me acariciar, e o rubror em minhas bochechas se instalou, junto aos fios de cabelo, que indesejáveis tornaram-se rosados ao extremo. Aos lábios do rapaz tomado á mim, um riso fora reproduzido, e em teus olhos, sinto sentimentos convidativos a descobrir por mais. Desencontrada em tuas singelas orbes, seus tons e cores me fazem questionar-me as sensações que me causas. Me diga, por favor, o que está fazendo comigo, pois eu desejo saber o que isto significa.

- Iriam mesmo começar sem mim? - repentino, minha face tomou a de um jovem com os mesmo traços de Hitoshi, porém tendo teus fios roxos como um diferencial em destaque. - Não vai receber seu irmão mais velho, Hitoshi?

Surpreendi-me ao reatar as cláusulas momentâneas que me foram postas. Este ditou ser um irmão?

As feições tensionadas e admiradas do pálido ao meu lado, curvaram-se á cerrar tua própria mandíbula. Minha palma doía ao repercutir em dilatar em teus apertos, e em radiação, meus músculos passaram-se a sentir um sentimento que estrangeiro não eras, porém que claro, não pertencias a mim. Meus fios presos a trança, desfizeram-se em estourar o elástico posto para sua apreensão, e logo radiaram em um tom vermelho que repudiava o rapaz de frente para mim, emitindo uma energia negativa e única, como uma aura negra o encobrindo, arrastando-o para o limite que o chão não reconhecera. Aparentemente, tudo quanto sentias Hitoshi, assim como ele eu também puderas tomar para mim, e caminhando perante ele, os olhares não se incomodaram. Os ponteiros do relógio não se alargam, e eu me sinto esbravejada. Afora, os trovões se assemelham á mim, e me vejo cada vez mais próxima do gêmeo primogênito em meus não tão aclamados desejos.

- Isso é seu novo cãozinho por acaso? - ditou dirigindo-se perante mim - Oh, isso não vai me morder, vai?

- Ela tem nome, fale direito com alguém como ela. - tuas sombrancelhas arcaram-se - [Seu nome], não sei o que está acontecendo, mas peço que se acalme, por favor. - percebo a voz de Hitoshi mansa, sem a raiva anteriormente vista, vejo-o me acompanhando com teus demasiados passos.

- Este é um belo nome. Eu sou Shinsou Hiroshi, senhorita, é um praz-

Em meio tuas próprias palavras, meu braço direito tensiou-se em formar um punho firme e atingir o estômago do rapaz em minha frente, que longe, pareceu voar em tamanha força emitida pela rubra palma. Carmesim eram minhas orbes, e alvoroçados, os fios de mesmo tom não acalmaram-se em somente ter Hiroshi em um único movimento. A sede me invadia, como um líquido não benéfico em meu sangue em seus delírios por irradicar o sentimento que se proza. Meu desejo se torna totalmente evasivo, e não há o quê ou quem, que me possa parar sem seus próprios poderes. Uma vez descontrolada, o que me guia, não espia.

O sonido repercutido pelo impacto do jovem, á parede acizentada da extensa sala nublada, emitia em meus tímpanos com a frequência de segundos ilimitada. As cadeiras a volta da mesa arrastaram-se pelo chão, e desnorteados, os adultos presentes perguntavam-se o que havia ocorrido de fato, eras inacreditável de averiguar. O arroxeado atrás de mim, depositou sua mão em meus ombros, e caminhando, sua palma sentiu-se só, uma vez que as chamas rubras cobriam os meus finos, e agora não tão delicados, dedos.

Garota Arco-íris - Imagine ShinsouWhere stories live. Discover now