Ele se arrepende

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Pov's [Seu Nome]

    — Acorde. Já é o terceiro dia seguido. — Meus olhos abriram-se pouco para notar a presença ali. — Depois me perguntam o porquê de eu dormir nas aulas, senhorita Todoroki, apesar de hoje ser uma tarde de domingo. — Shouta estava ao lado de minha cama.

    "Desculpe. Eu não queria fazer de novo. Ando tendo maus sonhos". Lhe fiz sinais ao receber a iluminação da ventana sob minhas pálpebras sensíveis. Aizawa disse-me uma vez compreender um pouco da linguagem de sinais, a esposa de seu primo era a causa.

    — Não tem problema. — O ouço suspirar. — Vocês me dão trabalho até dormindo... Apenas tente não incendiar o dormitório inteiro. Já tenho que lidar com a Uraraka levitando enquanto dorme. — O mesmo levou os olhos a porta. — A senhora Ricovery veio ver como está a meu pedido. Trate-a bem.

    Há três noites iniciaram sonhos conturbados como este, os quais faziam-me despertar as chamas involuntariamente, e por isso Aizawa fora alertado de ter de entrar em ação em alguns destes momentos, em particular. Porém, estes sonhos não estão apenas sendo sonhos, eu estou os tratando como visões. Afinal, os sentimentos que sinto vindos de Shouta são os mesmos que os dos sonhos, sem altos, ao menos baixos. Ao ver o moreno levantar-se de meus acolchoados, pousei minha mão sobre seu braço, onde ali, verdadeiramente, pude tomar para mim o que o apartava. Nestas comodidades, era doloroso.

    A porta de correr fora desperta através de leve, um toque, onde pudera dar-me de rostos com Ricovery Girl, a pequena e adorável senhora que agora encontrava-se sentada ante uma cadeira de correr ao piso presente em meu quarto. Os lábios secos da pequena desataram-se da surpresa para um doce sorriso estendido, acalmando-me. Shouta ali, levantou-se depressa, não ousou olhar-me uma vez mais.

    Eras um final de tarde, onde o céu vertia-se sobre as suas mais diversas cores, anunciando a chegada do manto mais belo, em seus delineados estrelados, o qual me encontro no aguardo. Perante os acolchoados de minha cama, estavam estendidos livros didáticos e cadernos com anotações sobre aulas assistidas. O travesseiro, o coloquei ao chão, vendo que pairava fumaça sobre este. Eu havia dormido em meio aos estudos naquela manhã. Vendo pela ventana, agora era tarde, até mesmo para retomar o que estudava.

    — Olá minha querida. Fiquei surpresa em ser chamada hoje. — Seus olhos fecharam-se, onde pude contemplar tuas marcas de riso. — Aizawa andou esforçando seus alunos de novo? As vezes eu tenho que dar um puxão de orelhas bem dado nele. Me diga, querida, sente algo de diferente? Shouta mencionou os seus pesadelos recorrentes. Se partilhar algo talvez eu possa lhe ajudar.

    "Eu tenho me sentido estranha ultimamente. Em alguns momentos do meu dia, meus batimentos ficam muito fortes e meu estômago se embrulha. Não como se eu estivesse mal, mas sim que é uma sensação ansiosa. Eu também me sinto muito feliz algumas vezes, e agitada. Não consigo dormir com certos pensamentos. Eu estou doente? Isso é muito grave?". Lhe entreguei o pequeno bloco de notas em folhas letradas, a qual estava no balcão próximo. Não poderia contar tudo, mas estou esperançosa de que me ajude em alguns pontos que incomodam-me há uma semana, este caso em particular.

    — Bom, minha querida. — Ela estendeu mais um de seus risos a mim. — Isso geralmente acontece quando você está perto de um certo alguém, ou pensando neste alguém?

    Os dedos de minha destra pousaram em meu queixo, deixando com que o ar que se encaminhava através da fresta da ventana, dançasse com teu par, minha encabeladura, conforme tua própria melodia. Arquei com os dias os quais tenho sentido com tal frequência. Estas sensações me vieram há cerca de uma semana. Foram longos os dias, os quais deparava-me em euforia, tamanha esta cheio de desejos de esconder-me dele. Meus olhos estalaram-se perante a senhora, que emanava ter convicção do que eras. Movimentei minha cabeça positivamente. Ela então levantou-se, pousando suas pequenas mãos sobre as finas minhas.

Garota Arco-íris - Imagine ShinsouDonde viven las historias. Descúbrelo ahora