𝐏𝐔𝐑𝐄-𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 | 𝐑𝐞𝐠𝐮𝐥𝐮𝐬 𝐁𝐥𝐚𝐜𝐤

𝟬𝟮𝟭

21.throwing up
vomitando?

20 de outubro de 1978,

A dias Emma tem ficado cada vez mais estranha com tudo ao seu redor, não sei extamente o porque disso.

Hoje sexta-feira, um dia de certa forma nublado em Hogwarts, tem me deixado com sentimentos e sensações ruins. As aulas foram razoavelmente boas a não ser por um dos alunos da lufa-lufa explodir uma poção.

— Margareth? - Ouço uma voz atrás de mim me chamando, era Emma Vanity.

— Sim? - O medo estava claro em seu rosto, me deixando preocupada.

— Precisamos conversar! - A menina me puxou pelos corredores nos levando até o nosso quarto, que por enquanto só tinha nós duas ali.

— O que foi Emma? - Pergunto.

— Você sabe que eu terminei com aquele garoto no qual estava ficando nas férias, certo? - Concordo com a cabeça.

— Claro, ainda não sei porque você ficou com ele. - Ela abaixou a cabeça mais depois voltou a falar.

— Eu sei, eu sei, ele é um dos marotos e bla bla bla. - a mesma revirou os olhos irritada. — Não que isso importe muito, mais eu tenho ficado me sentindo mal esses dias, vomitando, com dor de cabeça e enjôo, achei que era por conta de ser o nosso último ano, mais eu nunca fui de vomitar ou ficar sentimental por bobeira. - Antes mesmo dela terminar de falar eu já fico assustada. — Eu...Eu tô gravida.

— GRAVIDA? - Grito um pouco alto.

Não é possível, como a minha melhor amiga está gravida, ela é muito nova e ainda tem um grande futuro pela frente, sem contar que os pais dela não aceitariam muito bem o pai da criança, estou realmente confusa, acho que até ela está confusa de como tudo vai se desenvolver.

— Não grita! Daqui a pouco Hogwarts inteira vai saber, e eu não quero isso. - Ela parou na frente da janela e ficou olhando.

— Mais como você vai esconder a barriga? Eles irão perceber, e a sua família Emma? E o pai dessa criança sabe que você tá grávida? - Eu estava com tantas perguntas em minha mente.

— Assim que as férias de inverno começar eu não voltarei para Hogwarts, não sei sobre como a minha família irá reagir, estou muito apreensiva sobre isso. E bom, não vou contar para aquele mentiroso que tô esperando um filho dele, se depender de mim ninguém além de você vai saber. - Falou fria, a garota sabe como esconder os seus sentimentos de medo muito bem.

— Mais ele tem que saber Emma! Esse filho que você tá esperando também é dele. - Me sento na cama frustada.

— Eu estou gravida de um idiota, Meg, e não quero que essa criança também seja. - Ficamos em silêncio, acho que estávamos pensando muito sobre esse assunto tão delicado.

[...]
Quebra de tempo
dizendo a verdade

O medo, ultimamente é a palavra que mais define os meus sentimentos com tudo de novo que está acontecendo na minha vida, eu vou me casar, minha melhor amiga da grávida de um dos nossos rivais de infância, a família do meu amigo tá morrendo por uma doença nova do mundo bruxo e o final da escola, o último ano, onde iremos encontrar e realmente fazer e pagar pelas nossas ações.

Eu tenho noção de que estou do lado errado da guerra, mais não é por isso que não fico triste sobre as mortes de você-sabe-quem, espero que o reinado dele acabe e que morra da pior forma possível, e todos aqueles que não se arrependeram de o segui-lo sejam levados até a morte para Azkaban.

Se um dia tiver uma filha, filho ou filhe, que essa criança tenha tudo que eu nunca pude ter, opções, coragem e amor acima de tudo, que eu seja a melhor mãe, que diferente de meus pais eu não obrigue os meus filhos a tomarem decisões que eles não querem.

— Oi... - Ouço a voz fria de Regulus em minha frente.

— E... Oi. - Voltamos ao silêncio total. Só tinha nos dois naquela noite no salão comunal da sonserina, talvez fosse o melhor momento para realmente conversarmos, porém somos dois medrosos, e ficamos em silêncio.

Ele se sentou na poltrona ao meu lado, e me olhava a cada dez segundos, porém não dizia nada, então ficamos por volta de 30 minutos apenas com a companhia constrangedora um do outro, até que finalmente falei.

— Regulus, se formos falar sobre o assunto, que seja agora, pois se não demorar mais um segundo com nós dois em silêncio eu saio dessa sala e vou para o meu quarto. - A minha voz saiu irritada.

— Desculpa... - Ele diz de forma tão baixa como um sussurro. — Mais você sabe que um dia eu iria acabar me tornando um comensal. - Me levantei chateada, ele achou que eu estava brava por isso?

— Eu sempre soube que um dia seus pais iriam conseguir te tornar um comensal, e não é por isso que eu tô irritada, você escondeu de mim, não me falou nada, sem contar que você ficou frio e irresponsável sobre seus atos nem parece mais o mesmo de 6 mêses atrás que sempre tentava evoluir.

— Pessoas mudam! - Ele se levantou também.

— Mas não da noite pro dia! - Reviro os olhos. —  Quer saber Regulus? Se você quer ser esse cara babaca que não tem opinião própria e só faz e fala merda, que seja, mais tenha noção de que a melhor amiga aqui você não vai ter mais. - Me viro para sair de lá.

— ESPERA! - O Black segurou o meu pulso me fazendo voltar a olhar para ele. — Eu não quero te perder, você é a pessoa mais importante da minha vida, eu atravessaria o universo inteiro só para ficar com você, me desculpa por tudo. - Ele continuava a falar, seus olhos por vez já estavam lacrimejando.

— Reggie, porque escondeu as coisas de mim? Vamos passar a vida inteira juntos, temos que confiar um no outro. - Coloco as minhas mãos em seu rosto.

— Estava e ainda estou com medo, e se não der certo? Eu não quero que as coisas dêem errado para nós. - Ele me abraçou rápido.

— Se não der certo, tentamos de novo em outra vida. - Vou mexendo no cabelo preto dele.

— Eu quero te dar uma coisa. - Se afastamos e ele começou a procurar algo em seus bolsos desperado me fazendo sorrir, até que uma caixinha preta aparece em sua mão. — Sabe, iremos nos casar, e achei que seria legal você ter um anel adequado para a ocasião.

— Regulus! - Falo meio surpresa. Era um anel de prata com um enorme diamante branco no meio, simplesmente lindo.

— Por conta de tudo que aconteceu eu não pude fazer a pergunta mais tradição possível, você quer se casar comigo Margareth Ártemis Fawley? - O garoto sorria bobo esperando a minha resposta.

— Óbvio que sim! - Rio animada e ele coloca o anel em meu dedo, ficamos abraçados por mais um tempo, a felicidade reinou naquela noite.