𝟬𝟮𝟰

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24.The first death

a primeira morte

15 de janeiro de 1979,

O adeus, tem pessoas que passam a vida toda sem ver ninguém morrer, sem ir em velório ou apenas receber a notícia da morte, passa todos os dias nos jornais trouxas e bruxos casos de mortes, mais quando acontece com alguém tão próximo de você é inesperado, um tanto imprevisível, ainda mais quando essa pessoa é o seu próprio pai.

Queria poder dizer que me arrependo de não poder fazer tudo que ele queria, tentar ser mais próxima nos últimos anos de vida dele, mas também não é como se ele tivesse deixado alguma escolha para mim, eu apenas vivia para fazer aquilo que ele arquitetou.

Éramos diferentes, mas fazíamos uma coisa muito parecida, esconder, mentir e fingir. Nos nunca fomos verdadeiros um com o outro, uma ótima tradição de família na qual eu não quero que meus filhos tenham, uma família com a imagem perfeita é exatamente um lugar onde existem tantas mentiras que apenas te deixam mais quebrados por dentro, e ninguém nunca sabe. A toxicidade é nada menos que algo que pode ser facilmente manipulado, minha família fazia muito bem.

— Está pronta querida? - A mulher de cabelos loiros idênticos aos meus pergunta.

— Sim. - Mentiras e mais mentiras, ninguém realmente fica pronto para vêr o seu pai morto em um caixão.

Como ele morreu?

Uma história engraçada, comensais sempre estão lutando e batalha por ai, o então lado do mal no qual só deveria morrer na luta final, mas existem momentos ao decorrer da história que algumas pessoas insignificantes do lado do mal morre apenas para deixar os mocinhos felizes.

Não que eu me considere uma vilã, eu sei que não sou uma, ou pelo menos tento não ser, porém o meu pai provavelmente era um vilão de várias histórias, e agora pagou o preço, morreu por um auror, fazendo assim o fim de história de mentiras e planos.

A cerimônia seria apenas poucos pessoas, dos mais íntimos, familiares antigos a pouco dos amigos que não envolvem apenas negócios e trabalho.

O lugar fechado dando ainda mais o clima triste e decaído, com tons de preto e branco, o caixão no meio da sala com o corpo ruim petrificado, era horrível de vêr.

— Vamos começar a cerimônia, gostaria de ser a primeira pessoa a falar já que passei 30 anos com ele. - E chorou a minha mãe com um lencinho do lado. — O homem com quem eu me casei sempre foi justo e me respeitava acima de tudo e todos, protegia a família e os ideais com unhas e dentes, éramos mais que marido e mulher, éramos melhores amigos. - Parou de falar e conteve um pouco as lágrimas. — Nós se amavamos completamente, e ele sempre vai ser o melhor homem possível para mim, os erros e os acertos faziam ser quem ele era, tivemos uma filha que graças a merlin é uma cópia idêntica de nós dois. - Com esse tanto de incoerência, eu quase consegui realmente achar que o cara que me crio apenas para ter uma descendência era um homem bom.

Como se ele não me ameaçava por toda a minha vida, me batia até eu decorar todos os ideais de uma família tradicionalmente correta e que não me fez ser um gênio nato enquanto eu queria apenas brincar como uma criança, eu passei a minha vida tentando me encaixar nos padrões que era certo para ele, os patrões que eu aprendi sozinha que eram os errados.

Sinto uma gota cair no meu rosto, estou chorando, e dificilmente eu choro, eu nunca demonstro, quardar para si é melhor.

Limpo rapidamente as minhas lágrimas mas assim que coloco minha mente novamente ao discurso da minha mãe eu percebo uma mão fria encostando na minha, olho para o lado e vejo o menino que sempre esteve do meu lado, quem sempre foi minha opção, meu refúgio, minha verdadeira família.

— Você não vai passar isso sozinha. - O mesmo diz, e eu por algum motivo acredito e sorrio fraco com suas palavras.

𝐏𝐔𝐑𝐄-𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 | 𝐑𝐞𝐠𝐮𝐥𝐮𝐬 𝐁𝐥𝐚𝐜𝐤Where stories live. Discover now