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Restam apenas algumas horas 'pro meu plantão acabar e eu recebo uma ficha de uma nova paciente, uma bebê de sete meses.
Eu adoro consultar bebês, quando recebo um sorriso em troca é gratificante,me faz acreditar mais ainda que foi uma ótima escolha eu ter saído do Brasil há dois anos atrás para poder abraçar meu sonho de ser uma pediatra de sucesso, e cá estou eu em Nova York, desde que me mudei pra cá tenho conquistado muitas coisas com meu trabalho, como meu carro e meu apartamento. Resumindo, eu tenho uma vida estável, e o fato de eu poder dizer isso é maravilhoso.
Arrumei as coisas para poder receber a paciente e assim que terminei fui até a porta chamar pelo nome que estava na folha.
── Liz Beauchamp! ── Por fim voltei ao meu posto.
── Boa noite! ── Saudei animada ao homem que entrou com a bebê nos braços. E meu Deus, que homem.
── "Any Gabrielly! O que é isso? cobiçando o homem dos outros?" meu subconsciente esbravejava.
── Ei, eu não disse nada! E além do mais eu não sou cega, mas que ele é um gostoso ele é.
O homem à minha frente me analiza dos pés a cabeça e em seguida me responde:
── Boa noite! ── O que aconteceu com você bebê? está tão pálida e uh! está queimando de febre!
Perguntei depois de ter pega dos braços do pai.
── Bom doutora, eu estava dormindo e acordei com ela chorando, e a peguei no quarto assim,toda pálida e com febre.
── Ok, vamos examinar.── A deitei na maca e examinei seus olhos, assim como os ouvidos e seus batimentos.
── Oh minha princesa, eu sinto muito por estar te deixando nesse frio.── Falo depois de ter tirado suas roupas pra poder ver seu peso e ela ter feito uma carinha de sofrimento.
O pai olhava a situação atentamente, parecia muito preocupado e triste porque a filha estava doente.
── Bom senhor…── olho pra folha em minha mesa.── Senhor Beauchamp ── continuei.──Não tenho boas notícias, ela apresentou início de peunemonia [...]
A cada palavra que eu falava seu desespero almentava, e quando eu disse que ela precisaria ficar internada, por um momento eu achei que ele iria desmaiar. Aparentemente ele não sabia lidar com coisas relacionadas à hospitais.
──Tudo bem, eu só preciso fazer uma ligação.── Ele indaga depois de se recompor.
── Claro.── Respondo.
O homem que eu descobri que se chama Joshua Beuachamp se aproximou da janela e discou algum número.
Enquanto isso eu brincava com a bebezinha que estava se encolhendo em cima da maca.
──Joalin? Você pode vir pro hospital que a nossa família tem plano?
── A Liz está com começo de pneumonia, precisará ficar internada.──Respondeu a pessoa.
Sua voz saiu sofrida, ele estava sofrendo com a dor da filha.
──Tudo bem, te espero.── Diz e desligou o celular.
──Calma papai, ela vai ficar bem logo logo.── falei com um sorriso tranquilizador. Ele esboçou um sorriso ladino e assentiu.
── Eu vou preparar os papéis para a internação e chamarei a infermeira para me ajudar fazer alguns exames na Liz. Se quiser pode esperar lá na recepção.── Ele assentiu e foi em direção a sua filha deixando um beijo na testa da mesma, em seguida ele deixou o consultório.
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