𝗧𝗛𝗘 𝗣𝗘𝗗𝗜𝗔𝗧𝗥𝗜𝗖𝗜𝗔𝗡 ៹ᵇᵉᵃᵘᵃⁿʸ

۰𝗧𝗥𝗜𝗡𝗧𝗔 𝗘 𝗨𝗠۰

Quando a intimidade chega, ir embora é uma opção
Permanecer, também
Escolher ficar é para quem entendeu
Que a verdadeira magia não está no destino
Aliás, não há destino; só existe eu e você
O resto é poesia pro nosso amor
Pra nossa dor
Pra nós.

                  Meu talismã- IZA

JOSH  BEAUCHAMP POV

Esqueça se um dia eu falei que era um homem apto 'pra qualquer situação. Ali parado em frente a porta de Any, eu sentia meu corpo tenso e parecia que meu estômago dava mais voltas que uma montanha russa. Senti a mulher ao meu lado se aproximar e pegar em minha mão, e de repente eu senti uma calmaria me preencher. Ela estava comigo, e possivelmente, era só isso que eu realmente precisava.

Por trás daquela porta de madeira, já se podia ouvir uma melodia trocando alto, e vozes animadas. A cacheada me olhou confusa e estreitou os olhos, eu dei de ombros e ela logo colocou seu polegar na biometria da porta e em segundos já tínhamos a visão plana da sala. E, duas mulheres dançando em uma sintonia impressionante. Mas pelo o que parece Any estragou toda a festa quando começou a bater palmas e elas se assustarem involuntariamente.

── Muito bonito, Mamãe! Muito bonito!

Any a repreendeu e a mais velha levantou os braços em rendição. Eu observava a cena sem emoção alguma. Por mais que fosse engraçado, eu precisava causar uma boa impressão.  Gabrielly num passo rápido se escorou da porta e jogou seus cabelos por trás dos ombros. Deus, ela é tão linda…

── E eu achando que vocês estavam preocupadas comigo… mas estão aí, fazendo a festa e ainda por cima, sem mim! ── Dá pra acreditar, Josh?!

Enfatizou e eu reprimi o riso. A  Belinha, como é chamada por Any, sorriu amarelo e eu pude reparar o quanto seus traços me lembravam Gabrielly e seu cabelo era igualmente cacheado e escuro, já a mais velha tinha um estilo despojado e no seu cabelo havia algumas mechas loiras.

─ Nós estávamos sim! ── Mas ficamos entediadas e acabamos colocando um pagodinho...

A irmã de Any contou despreocupada e eu não aguentei, comecei a rir descompensado, mas logo voltei a postura após sentir o olhar de repreensão da morena ao meu lado. Logo percebi Priscila me analisando, fazendo meu estômago revirar. Jesus Cristo. Ela começou a andar em minha direção e eu passei a mão pelo cabelo, nervoso.

── Então você é o famoso Josh Beauchamp… você arranjou um garanhão minha filha!

── Mamãe, por favor!

Any repreendeu a mãe e eu sorri apertando a mãe da mais velha.

── E você deve ser a famosa dona Priscila… é bom finalmente lhe conhecer!

Disse firme e ela sorriu gentilmente. Logo cedeu espaço na porta e pediu que entrássemos. O lar de Any ainda tinha o mesmo ar aconchegante da última vez que estive aqui. No sofá, estava sentada de uma maneira desengonçada, a Isabelle, que olhava incrédula para as mais velhas.

── Ah, então é assim mesmo né? Ninguém veio me apresentar. ── Vejo que terei que fazer isso sozinha.

── Não será necessário, acho que você é a Belinha, ou estou errado?

Aleguei intrigado e ela balançou a convencida.

── Está certo, sou a maioral. Mas não conte a elas. ── Apontou para as garotas que estavam arrumando a mesa do café da manhã, eu supus

── Não vou contá-las, fica tranquila.

Garanti e ela riu acenando com a cabeça. Assim como a irmã, ela era muito divertida e até um pouco agitada.

Não demorou muito e Any nos chamou para tomarmos café. Aos poucos eu já me sentia confortável naquele ambiente. Priscila era muito gentil e atenciosa. E cozinhava muito bem, aliás. Ali na mesa rodeado por aquelas três mulheres, eu pude observar a importância de ter uma família unida. Lembrei da minha pequena Liz, e de como ela ficaria feliz ali conosco.

Como um bobo fodidamente apaixonado, eu observava Gabrielly contar como era sua infância e todas as coisas que ela já passou. Aquela mulher era incrível, e todos os momentos com ela valia cada mísero segundo.

── Josh?

Belinha chamou minha atenção e eu respondi vagamente com um "sim?" Sem desviar o olhor de Any.

── Precisa de um guardanapo? Acho que você está… ── Gesticulou passando a mão no canto dos lábios e eu logo entendi o afronte.

Ela certamente me odeia. 

── O deixe em paz Belinha!

Any Gabrielly rosnou em direção a irmã demostrando sua irritação. No mesmo instante segurei sua mão, mostrando que eu estava bem diante a situação. A mesma esboçou um sorriso sereno e em seguida bebericou um pouco de seu café. No final das contas belinha não estava errada, eu quase precisei do guardanapo.

Após terminarmos o café, f