Cap. 18 - Tributo ao Amor

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Último capítulo, fedorentos!
E chegou a hora de dar... Tchau!!!
Simbora?

"Ao final, o submisso é quem
submete ao amo, com sua entrega
e sua aceitação".

NOVA ORLEANS
RUA TCHOUPITOULAS
CINCO DIAS DEPOIS

Rango brincava com o dedo indicador dela, como se fosse seu salva-vidas.

– Ei, Rango... Pra frente! Olha pra frente! – Camila insistia, sentada em uma cadeira de balanço no alpendre, na frente da casa.

Lauren não quis vê-la. Cinco dias antes, Camila havia esperado pacientemente até que Jimmy e Mitch saíssem do quarto de Lauren.

Quando saíram, comunicaram: – Lauren falou que quer descansar, Camila. Ela não quer receber mais visitas.

Aquelas palavras foram um balde de água fria. Mas ela tentou entender. O ferimento tinha sido complicado e aquele chifre poderia ter atravessado órgãos vitais.

Apenas desculpas.

Ela voltou a aparecer no dia seguinte e de novo aconteceu a mesma coisa. Lauren recebia todos, exceto ela. Saber disso a dilacerou por dentro, ela não sabia o que havia feito de mal nem mesmo o que estava acontecendo.

Será que ela não estava com vontade de falar com Camila? Lauren não queria abraçá-la? Pois Deus sabia que ela estava com os dedos até coçando de vontade de tocá-la.

Onde tinham ficado as palavras da noite anterior ao sequestro? Onde? O vento tinha levado, estava óbvio.

"Nunca acredite nas coisas que uma pessoa te diz enquanto está te comendo", dizia Marisa.
Com razão.

Então, depois de mais dois dias de sala de espera, Camila decidiu que tinha cansado de esperar. Tomou uma decisão e deixou Washington. Foi para Nova Orleans, sua casa, onde independentemente de qualquer coisa, tudo seria igual e ela até mesmo sentia vontade de ver a senhora Macyntire e seu cachorro garanhão.

Aquele era o lugar dela, era onde se sentia segura. Agora o clima estava agitado com a notícia do fechamento da destilaria de rum e da prisão dos D'Arthenay. Por isso, naquela mesma noite, as famílias mais endinheiradas da cidade tinham decidido organizar uma festa no parque Louis Armstrong.

A fraternidade entre os cidadãos era fundamental para uma boa convivência. E o mais importante: uma boa festa sempre escondia as manchas. Ela nunca tinha sido tão machucada. Aquelas duas semanas com Lauren a marcaram a ferro e fogo, jogaram-na para cima e depois ela caiu no chão, sentindo uma pancada seca e destrutiva. Como numa maldita montanha-russa. Para cima e para baixo. Céu e inferno. Prazer e dor.

– Ei, Kaki. – Sofia saiu no alpendre com uma jarra de chá gelado em uma das mãos e dois copos na outra. – A gente devia se preparar para...

Camila levantou o olhar, com Rango na mão, e Sofia correu para o lado dela, deixando a jarra na mesa.

– Você está chorando de novo, querida – ela murmurou, abrigando a irmã entre os braços.

– Ah, é? – Fantástico, ela estava chorando e nem tinha percebido.

– Sim, tonta – Sofia murmurou sobre a cabeça dela, mexendo a cadeira para os três.

Menos mal que a irmã tinha ido passar uns dias com ela. Uma precisava da outra, para fazer companhia e para conversar. Conversar sobre tudo.

O FBI havia permitido que Sofia tirasse uns dias para recuperar as forças e depois retomar a missão da SVR com Markus. Ela havia tomado a decisão de passar esses dias com sua irmãzinha.

CAMREN: Princesa Com Alma de Dragão (G!P) - Parte IIWhere stories live. Discover now