Cuidados- 17

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Desço e fomos correndo rindo para o carro no banco de trás. Entramos ofegantes e apoiando olhando um para o outro voltando ao normal, eu me sinto mais leve, mais feliz e tirei aquele peso que estou carregando a anos nas costas.

Breno: se senti livre?- assenti sorrindo.- fico feliz.- pegou na minha mão e beijou a costa.

O olho atentamente e que homem perfeito que eu pego.

Sinto calafrio e vou até a frente, ligo o carro e logo o aquecedor. Volto para o banco de trás e tiro o moletom que eu estou, me viro para Breno e assusto porque está sem a camisa e jaqueta de couro. Reparo nos seus gominhos e são seis, nada mal para esse corpo do jeito que a mãe gosta.

Algo ruim consegue me invadir e seu rosto não está nada legal. Seu olhar distante me incomoda e seu corpo curvado de medo, tem algo estranho nele e não quer dizer.

Marcella: Breno.- o chamo e me olha de relance.- é no seu tempo para conversar, tá bom?- assentiu sorrindo fraco e dou um beijo na bochecha.

Respirou fundo.

Breno: no momento, quero curtir apenas nós dois. Sem atrapalharem e...- se ajeitou olhando para mim.- dando alguns pegas na brotheragem.- fala sarcástico e riu revirando os olhos.- tô falando sério.- fico em choque.

Marcella: Breno eu...- penso seria.

Breno: está tudo bem?- me olhou nervoso.

Marcella: que se foda essa promessa.- puxo para um beijo. Calmo e lento, por enquanto sem malícias.

Sua mão invade o meu sutiã e aperta o meu peito com força, tirou a minha blusa. Subo em seu colo e paramos o beijo por causa da bendita falta de ar.

Estamos com as testas coladas e suas mãos estão em minha cintura.

Breno: está mesmo preparada?- descolo e droga de pergunta infernal.- porque não sou a pessoa especial para você.- olho tensa.

Marcella: mas é a que eu mais confio e sim, você é especial demais para mim.

Breno: sou o seu melhor amigo.

Marcella: e que diferença vai fazer?- passou as mãos no rosto tenso.- se você não quer transar comigo, avisa caralho. Porque trouxa eu não vou ser.- saiu e vou vestindo a minha blusa, foi me segurando.

Breno: não, não é isso que eu quero dizer Marcella.- olho furiosa para ele.

Marcella: o que então?- não disse nada.- se não é por isso é por causa de que então?- continuou em silêncio contendo as lágrimas.- Breno, me responda o que então?- aumento o tom.

Breno: seu irmão porra!- falou mais alto e eu fico chocada com a sua resposta.- a porra do seu irmão é um caralho de um ciumento e filha da puta que não deixa a irmã ser feliz e bota coisas na cabeça dela, que faz ter medo e não saber como agir. E acaba se pagando de vítima.- automaticamente uma lágrima escorre, porque eu sei que é verdade.

Mas é uma verdade que não precisa ser dita para mim, eu mesma sei que eu sou e isso machuca demais. Sempre fui humilhada por amigos e até mesmo de colegas da escola, é que infelizmente acabamos pagando de vítima e sem querer. Eu principalmente quero alguém do meu lado me apoiando e contendo as minhas lágrimas.

Meus pais são controladores, mas igual o Gael. Ele é dez vezes pior e depois do ocorrido da Gabi aí que entrou mais na minha vida, comandava a hora que eu durmo, comandava as minhas redes sociais, minhas próprias roupas e amizades ele comandava.

Agora depois de tantos puxões de orelhas, está acordando para a vida e me deixando ser um passarinho solto.

Logo o que Breno disse, não falei nada. Apenas me vesti e continuei no banco de trás olhando para a janela, escutei ele bufando, saindo e entrando na frente dando partida.

Te Quero {EM ANDAMENTO}Donde viven las historias. Descúbrelo ahora