Meu dengo

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-Vem comigo – Rony chama o namorado para o Hall, pelo visto a cozinha estaria ocupada por um certo tempo, porém, ele tinha tido sorte de já ter preparado tudo antes.

-Para onde ruivo? - Draco pergunta divertido, estranhando a atitude dele.

-Me dê o Teddy – os dois param à frente da grande porta da entrada e o loiro o obedece, passando o bebezinho para ele – Monstro!

O elfo aparece ao chamado, encarando com um certo desprezo para o ruivo.

-Pode cuidar de Teddy? Harry está ocupado e nós também – ele diz se abaixando e passando o neném de colo, a miniatura indo todo contente para o serzinho que era engraçado.

O bebe se encantava com tanta pelanca balançando, a cara brava e carrancuda, e o mais importante, o nariz pontudo e em gancho.

-Obrigada, tchau – o ruivo se levanta de novo e volta a arrastar o namorado pela porta, que tentava protelar aquilo.

-Rony o que você está fazendo – o maior bate no ombro do outro e empaca nas escadas, o amado dando um solavanco com isso, meio segundo depois se virando para encara-lo.

-Olha, eu estou tentando... - se justifica ficando mais vermelho que seus cabelos - você pode não questionar e vir comigo? - pede voltando os passos e abraçando o maior, que sorriu com o contato, as vezes aquele Weasley podia ser fofo quando queria.

-Me guie amor – sorri voltando a andar com ele. Os dois se enfiam no meio da floresta, caminhando meio abraçados até o lado contrário da entrada.

Próximo do declínio que acaba com a floresta e entravam na faixa de areia fofa da orla, o ruivo tampa os olhos do amante a sua frente e continuam devagar.

Entre risadas e quase escorregões nas pedras, eles chegam no lugar, uma parte da praia escondida entre rochas enormes, como uma pequena ilha isolada.

-Ta-dam – o ruivo tira as mãos e espera a reação do namorado, a frente deles uma toalha quadriculada em patchwork estendida sobre a areia com um baú escuro em cima, mais ao canto. Dois pratos com talheres ali esperavam por ele.

-Você... preparou um café da manhã romântico? - Draco pergunta mordendo o lábio inferior, não conseguindo conter um sorriso de animação.

-Gostou? - ele pergunta envergonhado – pedi pro Bard preparar pra mim hoje mais cedo e...

Ele é interrompido pelo loiro que de súbito se vira e abraça o pescoço do amante.

-Eu amei – sussurra perto da orelha do ruivo – nunca esperaria nada romântico vindo de você. E então, lá vem você me surpreendendo – sorri se afastando e dando um selinho demorado nele.

O loiro sempre desejou ser amado, é parte de suas necessidades já que quase não tinha afeto na infância, e agora podia buscar, e encontrar isso em sua nova mãe e seu amado, bem, pelo menos uma lasquinha as vezes.

-V-vamos comer – o pequeno pimentão se vira a toalha e se senta na beirada, ele se vira e começa a tirar as coisas de dentro do baú e coloca-las ao lado dos pratos, o loiro se deita com a cabeça no colo dele, sorrindo ao ver como ele estava envergonhado até dos mínimos detalhes.

-Maçã verde em cubos? - pergunta vendo o potinho de vidro com sua fruta favorita – com manga? Doce e azedo, gostei.

-Sei que você gosta – Rony pega um palitinho e espeta em um cubinho, logo levando a boca do loiro.

Eles sorriem cumplices, se deliciando com todo aquele carinho enquanto comem, o alfa sendo alimentado pelo menor com pedaços de frutas e bolos.

Em quinze minutos, praticamente toda a comida já tinha ido, o ruivo devorando tudo como o guloso que era. Eles guardam tudo novamente no baú e sacodem a toalha para se livrarem das migalhas.

Omega? Dois alfas?Onde histórias criam vida. Descubra agora