Charpter eighteen

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Zayn Richiellie
(19:40, terça feira)


 

    Estar em um carro e com uma garota ao meu lado é algo surpreendente, mas ter essa mesma garota com as mãos em minhas pernas,ajoelhada entre ambas e com o olhar preso ao meu,isso sim era surreal. Imaginei que Ayla estava tirando uma com minha cara,mas ao ter seu pedido para que parasse o carro e vê-la abrindo o zíper de minha calça e abaixa-la juntamente a minha Boxer,tive a certeza que essa garota era completamente maluca e apaixonada por uma aventura. Suas mãos quentes estimularam meu pau fazendo com enrigecesse,sua língua quente contornando a glande fazia-me suspirar pesadamente, seu olhar preso ao meu causava-me uma sensação inebriante e inexplicável,como se pudesse enxergar parte de sua alma. Ayla era bem mais do que aparenta ser e demonstra.

   Pegando um maço de cigarro no porta luvas juntamente ao esqueiro, acendo um cigarro no mesmo estante em que Ayla engole meu pau com sua boquinha de veludo. Seus movimentos eram rápidos e precisos,sua língua quente contornando cada centímetro causava-me suspiros em meio a primeira tragada da nicotina entre meus dedos,uma de suas mãos apoiadas em minhas pernas lhe dava o suporte necessário,a outra estimulava meu pau onde não era abrigado por sua boca.

     — Puta que pariu! — suspirei profundamente segurando em seus cabelos a fazendo me olhar com seus olhos emanando excitação.

    Soltando a fumaça do segundo trago por entre meus lábios, faço com que Ayla acelere os movimentos. Loucura ou não,mas essa garota é sensacional em um boquete,a delicadeza e a luxúria trabalham juntas,a forma na qual controlava seus atos e coordenação no sexo oral,tudo na Sintori era digno de parabenização. Tive muitos relacionamentos que não passaram de uma única noite,tive experiência nas quais me surpreenderam,porém,nenhum teve a tamanha intensidade e desempenho como esse simples ato da garota que me proporcionava um prazer imenso, não como a habilidade de Ayla.
    Sentindo meus batimentos cardíacos acelerarem e minha respiração cada vez mais irregular,seguro em seus cabelos mais uma vez a fazendo ir cada vez mais fundo e,no momento em que ele subiu com força,me desmanchei em sua boca a fazendo engolir cada milímetro. Em um ato provocativo,Ayla deixa um beijo na base de meu membro e sorri inocente, porém essa era uma qualidade que ela jamais teria,pelo menos não nesse caso. Subindo para meu colo após arrumar minhas roupas,a garota adentrou meus fios de cabelos com seus dedos magros e passou a língua por meus lábios em sinal de provocação.

     — Te fiz gozar rápido,mas prometo que na próxima, não será na minha boca — sussurrou mordendo meu lábio inferior.

     Ainda se mantendo em meu colo,a garota pegou meu cigarro e deu uma tragada enquanto mantinha minhas mãos em suas pernas cobertas pela calça. Sua blusa se encontrava no banco do carona enquanto somente uma jaqueta cobria sua pele clara e a peça íntima que escondia seus seios fartos. Em um mundo de deuses, Ayla deveria ser filha de Afrodite,pois tamanha beleza e perfeição não se explicaria com um mero e insignificante elogio,seus contrastes eram únicos e encantaria a quem tivesse o prazer de lhe conhecer. Uma beleza implacável que impactava muitos,porém poucos tinham o prazer de presenciar de perto.
    Deixando um beijo em seu pescoço,a puxo mais contra meu corpo fazendo com que um sorriso fraco surgisse em seus lábios avermelhados que soltaram a fumaça contra meu rosto. Conhecendo Ayla em tão poucos tempo foi o suficiente para descobrir que,assim como todos os seres humanos,havia segredos em seu passado,havia sentimentos que lhe feriram e que continuavam marcados em sua alma como uma tatuagem sobre a pele. Seus olhos demonstravam algo que lhe atormenta,a forma na qual sorri sem que alcance o auge da felicidade e euforia,me faz crer que nem tudo se pode contar,mas também não se deve guardar.
    A vendo apoiar suas costas contra o voltante de meu carro e expondo a abertura de sua jaqueta, desci meu olhar para seu abdômen em forma, para logo abaixo - em sua cintura,coberta pela calça - encontrar o início de uma cicatriz que se assemelhava com a de uma queimadura. Com exitação,levo meus dedos até o local e a toco podendo ver Ayla fechar os olhos como se não desejasse ter mostrado aquela parte,como se estivesse arrependida de expor algo que se mantinha coberto e sem uma explicação para outras pessoas. Aquilo era uma das muitas coisas que a garota gostaria de ter mantido em sigilo absoluto,que desejaria ter encoberto de tudo e todos.

      — Acho que essa foi a pior fase da minha vida! — murmurou jogando o restante do cigarro pela janela de meu carro,onde voltou a fecha-la, devido o frio.

       — Pode haver outras piores,mas se você diz...quem sou eu para negar? — comentei voltando meu olhar para a cicatriz que era tocada por mim.

      — Nessa época,cheguei a me ferir para conseguir o que desejava,permiti que muitas sugestões fossem dadas e, algumas delas foram aceitas — Ayla suspirou fechando seus olhos — naquela noite,após um desentendimento com meu pai,sai de casa e fui me encontrar com um de meus amigos. Sinceramente, gostaria de não ter feito isso!

      — Pela sua forma de falar,ele não parecia ser bem um amigo! — me apoiando no encosto do banco de motorista,a vejo assentir brevemente e forçar um sorriso sarcástico.

       — Fomos para uma social e acabamos bebendo além do limite, porém, não fiquei bêbada o suficiente para perder totalmente o controle de meus atos. Então, quando subimos para o quarto de hóspedes daquela casa,ele tentou algo comigo — se mostrando desconfortável, Ayla se moveu para o lado e se sentou no banco do carona — havia uma garrafa de bebida ao lado da cama na qual ele me empurrou... Só me lembro de ter acordado no hospital com ataduras em minha perna.

      — Ninguém nunca te contou o que realmente aconteceu? — questionei a vendo suspirar. Então,com um breve aceno,Ayla confirmou.

      — Segundo a garota que esteve no quarto ao lado, aquele bastardo derramou a bebida em minha roupa e,por um descuido ao acender a porra de um cigarro,jogou o fósforo em minha direção. Isso após perceber que não queria nada consigo — explicou com o olhar preso na paisagem do lado de fora daquela carro.

   Com um vago e sem algum tipo de brilho que gostaria de encontrar,era perceptível o quão aquela noite havia a marcado. Ayla era bem mais que uma garota órfã que se viu obrigada a vir morar com os avós até sua maior idade,era alguém que escondia muitos segredos e que se viessem a tona,haveria inúmeras pessoas lhe acusando e tentando lhe rebaixar de forna cruel e covarde. Apesar de fazer nossas escolhas, são óbvias as possíveis se desejarmos nos ver longe das consequências que prometem nos estraçalhar sem nenhum tipo de remorso existente. Dono seres humanos que buscam realizar seus objetivos e conquistar o impossível, pois a vida é isso,somos meros seres vivos que possui uma " missão" nesse mundo e sem ela,seremos menos que nada. Assim como eu e qualquer outra pessoa, Ayla também possui seu motivo para permanecer nessa vida e mundo cruel o suficiente para lhe esmagar brutalmente.
   Poderia ser coisa da minha cabeça ou algo que gostaria de acreditar ao olhar essa garota,mas tenho a fiel certeza de que seus segredos e omissões a transformaram em alguém jamais existente ou que sua mente pensou poder existir dentro de uma fisionomia que demonstrava fragilidade. Por trás das máscaras, há alguém que pode conquistar o mundo.

Ayla[ Concluído|SEM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora