Ayla[ Concluído|SEM REVISÃO]

chapter twenty eight

Zayn Richelie
( Segunda feira,19: 00 da noite)

⚠️Aviso no final do capítulo, é muito importante e perdão pelos erros ortográficos.⚠️
Boa leitura!

    Nunca feche os olhos para a ausência das emoções de alguém, não permita que essa pessoa crie uma armadura para se proteger das lágrimas, não deixe que ela se isole como se o mundo fosse somente monstros. Quando alguém se cala, quando passa a omitir a verdadeira realidade, isso se torna uma porta para o absmo e uma curta caminhada para se dizer adeus. Ela é frágil. Imaginar um bebê engatinhando para poder dar seus primeiros passinhos,porém também sabemos que ele irá perder o equilíbrio,irá chorar como se estivesse frustrado,essa criança está vulnerável para o mundo e para as descobertas da mesma forma que uma adolescente ou um adulto,ambos são frágeis de inúmeras maneiras e formas. Não é uma forma de chamar atenção,como gostaria que fosse somente isso, pois seria algo fácil de se lidar,seria simples de se resolver. A ignorância dos homens será a destruição de uma civilização.

      Apoiando meu corpo no batente da porta da cozinha de minha casa, observava Ayla sentada envolvida por seus braços que circulavam suas pernas coladas juntamente a seu corpo pequeno e frágil,lhe observava demonstrar todas as emoções presas dentro de si, lhe enxergava como gostaria de ter visto desde o início,pois assim teria a certeza de que ela não guardaria suas frustrações e medos. Samira era alguém que começou a esconder suas emoções,impedia as lágrimas de caírem e sorria falsamente em momentos que deveria ter chorado,e tudo isso me fez associar as duas garotas; uma eu amei com tudo de mim,a amei de uma forma intensa. A outra estou sentindo necessidade de proteger,desejo de lhe ver bem e recuperada para recomeçar sua vida da maneira que lhe faz pensar ser o correto, quero lhe proteger para garantir que um futuro virá e sua vida será longa.
     Algo havia acontecido para lhe desestabilizar dessa forma,algo lhe feriu de uma maneira coloçal,lhe afetou com tamanha brutalidade e grosseria capaz de lhe fazer perder suas estruturas mais seguras que foram construídas. Ayla não se assemelhava a nada com a audaciosa que me desfiou naquela rua deserta, não era a mesma garota que me estudou minuciosamente em busca de descobrir algumas coisas relevantes para ativar sua confiança,a menina diante meus olhos era alguém destruída e ferida pela maldade humana.
    Em passos exitantes,me aproximei lentamente por temer estar invadindo sua privacidade,me aproximei calmante e sentei-me ao seu lado. As lágrimas eram silenciosas e o olhar se encontrava vago,era como se estivesse em outro lugar completamente distante do apartamento quase no centro da cidade de Londres. Então,em um suspirar engolindo aquilo que nunca tive - medo - toquei em seus fios desalinhados e escorreguei meus dedos até seus ombros para,logo em seguida,lhe puxar para um abraço lateral lhe fazendo se encolher contra meu corpo.

     — Quando você me conheceu,recordo muito bem de ser comparada a personalidade de sua irmã.— Ayla tentou secar algumas das lágrimas usando a manga de seu moletom,mas como ambos insistiam em se fazerem presente, aquilo se tornou um ato irrelevante.

     — Samira se deixou manipular a ponto de perder sua própria essência. Mesmo tendo conhecimento de que havia algo de errado acontecendo, apenas ignorei acreditando ser apenas um ato comum. Deveria ter sido mais atento — forçando um sorriso,fechei meus olhos tendo um pequeno flash da beleza estonteante de Samira.

      Ainda me recordava perfeitamente de como era nossa relação,de como gostávamos de nós proteger e fazer promessas que deveriam estar sendo cumpridas se não fosse por um evento natural, mas que foi antecipado por uma maldita doença. Samira carregava um belo sorriso, encantava todos com sua áurea de anjo e ingenuidade, seus traços eram tão leves que se assemelhavam a terem sido feitos com o mais delicado pincel,seu olhar enfeitiçava. Ela era linda.