VIII

3K 430 51
                                    

Boa leitura amores 💜💜💜💜💜💜





— Boas tardes comandante! O senhor me chamou?

— Sim! Eu expliquei sua situação e consegui que sua dispensa seja para hoje à noite, ou seja, amanhã poderá encontrar seu noivo. - Alonso deu um sorriso satisfeito.

— Muito obrigado comandante! Não vejo a hora de ver meu "noivinho". - Falou com um cinismo que não foi percebido.

— Fico aliviado! Se para uma moça já é bastante difícil, por conta do preconceito da sociedade, ter se entregado a um homem antes do casamento, imagina para um rapaz.

— Com certeza! Mas fique tranquilo, vou voltar, assumir minha responsabilidade, e assumirei compromisso com meu noivo.

— Desejo felicitações! Arrume suas coisas e se prepare. Agora pode se retirar! - Alonso saiu da sala do comandante, com um sorriso vitorioso.

— Estou chegando meu "noivinho". - E foi arrumar suas coisas.

De volta ao palacete do barão, o almoço se seguia ordeiro, um delicioso estrogonofe de frango era servido. Dona Urraca já estava em seu terceiro prato.

—  Barão! Meu caro Barão! Isso está divino! Vou querer mais um. - Ela falou impressionando a todos.

— Meu Deus Baronesa! Mal acabou seu prato e já está pensando no próximo!!

—  Meu jovem, esse prato vai acabar em instantes, prefiro prevenir, providencie outro mordomo.

—  Sim senhora! - Alaor respondeu e se retirou.

—  Fico feliz que tenha gostado Baronesa, é muito visível o seu agrado com o almoço, mas eu já estou satisfeito, então com licença! - Samuel falou o mais cordial que podia, e seu tio ficou aliviado, mas o parou por um instante.

—  Samuel! Eu, o banqueiro e a Baronesa vamos tomar um vinho e falar sobre negócios. Não poderia fazer companhia ao senhor Danilo, mostre um pouco da casa.

—  Eu acredito que o Senhor Danilo não queira….

—  Na verdade seria uma honra estar em tão agradável companhia. Vamos Senhor Samuel? - O chamou com um sorriso presunçoso, sem escolhas Samuel foi, e a Baronesa olhou com bons olhos aquela aproximação.

Samuel levou Danilo para alguns lugares da casa, e sem querer, ele acabou entrando no quarto de Samuel.

—  É o meu quarto, simples e modesto, uma cama, guarda roupa, um banheiro e uma mesa com papel e tinteiro para eu escrever, vamos agora, não é de bom tom estar no meu quarto. - Falou seco.

—  Esse quarto só falta uma coisa...... um companheiro. - Falou com um sorriso malicioso.

—  Não precisa de nada, está ótimo como está. E não tente algo comigo, irá perder seu tempo, eu já tenho um noivo, ele está na guerra, mas vai voltar. - Danilo riu.

—  Acreditas em duendes também!?! – Ironizou. - Sabe quantas moças passam anos ou até mesmo a eternidade, esperando por seus noivos e companheiros que nunca retornam das guerras?

—  Se esse for meu destino, que assim seja.

—  Não merece esse triste fim. Pelo pouco que lhe conheço, vejo que precisa ser amado e cuidado. - Fala chegando próximo, mas Samuel chegou para trás - Porque és tão arredio? Sinto que é um homem que guarda segredos que não fazem bem a vosmecê, não gostaria de dividi-los? - Perguntou gentilmente.

— Não, porque não tenho nada o que dividir! E não acho certo estar em meu quarto. - Falou retraído e tímido, afinal Samuel tinha desejos como qualquer outro, e Danilo tinha seus encantos, e estarem no mesmo ambiente, deixava Samuel com calor.

CARTAS PARA MEU NOIVO ( Mpreg )Where stories live. Discover now