Deixa-me em paz

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Vou tomar banho.
Diz emburrado e segui até o banheiro com suas roupas.

Fico esperando e por enquanto arrumo a cama para dormir e reparo no belo quarto, organizado pavimento escuro diria que na cor preto,paredes cinzas e a cama com lençóis vermelhos,móveis estufados em bordô e um grande closet,para que esse homem quer tanta roupa sendo que usa sempre as mesmas.Pela curiosidade abri o closet e vi que suas roupas não eram variadas,eram em cor bordô,preto,branco ou cinza.Ouço a porta abrir e vejo ele me encarar encostado na batente da porta com os braços cruzados,estava vestindo um pijama de inverno preto de botões,o que o deixava elegante.

Gosta de mexer nas coisas dos outros?
Indaga com a sombrancelha arqueada.

Falando assim parece até que você se incomoda.
Digo sentando na cama novamente.

O que irá fazer...esperar eu dormir?
Diz indo até a cômoda e pegando um remédio.

É vou esperar você dormir.
Digo me aproximando e tirando o remédio de sua mão.

Me entrega.
Diz sério,estendendo a mão.

Não.

Hana.
Diz num tom firme.

Não...você não pode tomar remédio ainda mais hoje.

Hana...dá para você me entregar isso logo.

Não.
Digo simplista e ele se aproxima tentando pegar o remédio de mim,quanto mais ele se aproximava mais eu me afastava,sem perceber já estava rente a cama e em um passo em falso vou ao colchão mas seus braços fortes me seguram antes que eu caísse na cama.Nossos rostos estavam tão perto um do outro nossas respirações batiam um contra a outra...eu queria beija-lo,eu necessito disso e sem pensar muito beijo-o,logo sou correspondida,nosso beijo era terno e quente,vez ou outra ele parava de me corresponder,como se estive lutando contra isso e eu afasto nossas bocas.

Desculpa.
Digo tentando me redimir,não deveria ter me aproveitado dele,afinal ele está sensível.

Não precisa pedir desculpas.
Ele afasta-se de mim e eu sento na cama,o silêncio constrangedor pairava pelo o ar,o que me deixava aflita,mas que foi quebrado por ele.

Sinto muito.
Diz com o olhar baixo.

Por que?

Por não corresponder ao beijo.

Você não é obrigado a isso.
Ele caminha pelo o quarto.

Algo te incomoda?
Pergunto...e tudo fica em silêncio por um tempo.

Tenho medo de perder todos em um piscar de olhos...não quero me envolver com ninguém por que tenho medo de me machucar no final,de...ama-la e vê-la partindo.

Todos nós vamos morrer um dia.

Eu sei...mas não é algo fácil de aceitar.
Ele para de caminhar pelo o quarto e seu olhar encontra o meu,seu olhar de solidão e vazio,vejo uma lágrima rolar pelo seu rosto.

Senta aqui.
Aponto para o meu lado na cama,o mesmo se aproxima e senta-se ao meu lado.

Sei que é difícil...mas a vida tem que prosseguir...sabe é impossível não amar ninguém.
Digo acariciando seu rosto.

Realmente é impossível...já que não posso tomar remédios para dormir,deixa ao menos eu beber.
Diz se levantando e indo até o frigobar e retirando de lá uma garrava de vinho.

Quer?

Não.
Ele serve em uma taça e a bebe como se fosse água.

Ei devagar.
Digo o repreendendo.Ele serve outra vez a taça mas bebe devagar agora.

Vivendo com Uchihas Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ