Capítulo 6 - Pomponium

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Olá, olá!

Como vocês estão? Estava morrendo de saudades!

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É isso! Uma boa leitura <3


1 de Julho de 1955.

Província dos Jeon.

A noite era fria. Não havia estrelas no céu. Apenas a imensidão escondida pelo azul prussiano e a lua crescente que iluminava as paredes do castelo com seu brilho pálido. A maioria das pessoas já dormiam, pois era tarde. Enquanto isso, o príncipe enfrentava sua velha amiga insônia.

Cansado de persistir no sono, virando-se de um lado para o outro com inquietude, Jungkook decidiu se levantar. Caminhou sem pressa pelos corredores silenciosos em direção à cozinha conforme seus pensamentos barulhentos ressoavam dentro de sua mente. Alguns guardas o cumprimentavam ao longo do percurso, habituados com seu costume de vagar pelo castelo sem rumo em horários inesperados.

Ao chegar em seu destino, sorriu largamente ao reconhecer a figura de Eun por entre a penumbra. A mulher que estava sentada e reflexiva, elevou seus olhos em direção a porta e retribuiu o sorriso enquanto suas mãos seguravam uma xícara branca. Jungkook se aproximou e respirou fundo, apreciando o cheiro gostoso da camomila que tomava o ambiente.

- Não sei por que, mas algo me disse que você viria até aqui hoje.

- Foi o sentido materno.

Eun sorriu com a resposta ao mesmo tempo que se levantava para preparar uma xícara de chá para seu pequeno. Devidamente servido, Jungkook se sentou e depois de agradecer, levou o líquido quentinho e adocicado até os lábios.

- Como tem passado esses últimos dias? - a serva perguntou antes de aproximar sua xícara até a boca, soprando a fumaça que dali saía.

As lembranças logo invadiram a mente do príncipe. Pensou na seleção, no pai, nas noites mal dormidas e em seus sonhos. Se lembrou dos dias em que ficou longe de Taehyung, na reconciliação e no sorriso largo e contagiante de Hyeri.

- Muita coisa acontecendo ao mesmo tempo... aqui - levantou o indicador, referindo-se ao redor - e aqui - apontou para seu coração.

- Imagino, querido... Como estão as coisas com seu pai?

- Difíceis - suspirou - além das reuniões quase que diárias, ele tem me dado mais responsabilidades a cada dia e isso...

- Te assusta?

- Demais - confessou o príncipe, levando seus olhinhos preocupados até a xícara à sua frente, contornando as bordas com a ponta dos dedos - Nunca consigo atingir as expectativas dele... é tão frustrante.

- Não seja tão duro consigo mesmo! As expectativas de seu pai não são responsabilidade sua.

Jungkook balançou a cabeça em sinal de compreensão. Entendia e concordava com as palavras da serva, porém, embora uma parte de si sempre lhe dissesse com veemência que não devia viver para agradar aos outros, tinha um lado estúpido de suas emoções que eram facilmente manipuladas pela necessidade de aprovação. Queria a validação de seu pai, um sorriso orgulhoso, um tapinha nas costas ou um bom trabalho, filho.

- É tão difícil - sussurrou com um biquinho nos lábios.

- Sei disso - respondeu, envolvendo o garoto num abraço gostoso e demorado.

O Colecionador de LíriosWhere stories live. Discover now