Capítulo 11 - Amabile

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Oie!

Antes de qualquer coisa... feliz ano novo, genteee! Meu ano de 2022 foi muito mais especial graças a vocês. Espero poder sempre retribuir todo carinho e apoio que recebo <3

Mas vamos ao que interessa, né? hahaha

O capítulo está um pouco maior do que de costume e já adianto que coloquei bastante boiolagem pra compensar a demora da atualização. Ele é muito importante e especial tanto pra mim quanto pro desenvolvimento da história, então espero que gostem!

Não esqueçam de deixar uma estrelinha e de comentar bastante, porque isso aquece o coraçãozin da autora aqui :)

Ah, e mais um detalhe: tem um momento específico, onde aconselho, pra uma experiência mais profunda, colocarem Serendipity pra tocar. Deixarei sinalizado com esse símbolo aqui ♫ quando for o momento, certo?

Bom, então sem mais enrolações...

Boa leitura <3


Fazia muitas noites em que Jungkook não dormia tão bem assim.

Embora a noite passada tivesse sido a grande responsável pelo despertar de incontáveis sentimentos, em sua maioria ruins, nada do que tinha vivido o impediu de descansar serenamente ao longo das próximas horas.

Demorou para acostumar a visão turva diante da claridade que vinha da janela do quarto e foi apenas após um pequeno bocejo, segundos depois, que percebeu, não estava só. De frente para si, Taehyung ainda ressonava tranquilo, a respiração dele fazia cócegas no seu nariz graças a proximidade dos corpos. O tronco dele subia e descia com calma enquanto alguns fios de cabelos se espalhavam ora pela fronha branca do travesseiro, ora pela pele dourada de seu rosto.

Lindo. Ele era lindo, foi o que Jungkook pensou, e as batidas aceleradas de seu coração pareciam partilhar da mesma opinião. Foi impossível conter o sorriso quando Taehyung soltou um barulhinho baixo por entre os lábios entreabertos.

Fascinado, os olhos redondos e curiosos exploraram os traços dele antes de se fixarem mais uma vez na boca avermelhada. Era hipnotizante e certamente um grande privilégio poder admirá-la tão de perto daquela forma, ainda que fosse, na mesma proporção, uma grande tortura ter que reprir a vontade avassaladora que sentia de tocá-la.

Tinha medo de que qualquer movimento seu pudesse despertar o servo, pois não sabia se sobreviveria a um momento tão embaraçoso como aquele. No entanto, nem mesmo o receio que surgiu diante daquela possibilidade foi o suficiente para controlar seu impulso de levar uma das mãos até os fios que cobriam parcialmente as pálpebras relaxadas, colocando-os para o lado. Após aquele toque tímido, Jungkook se viu incapaz de afastar as pontas dos dedos do calor que emanava da pele macia do Kim, então deslizou pela lateral de seu rosto até finalmente chegar neles, os lábios bonitos e convidativos, os principais culpados pelas borboletas agitadas na ponta do seu estômago.

Não soube dizer ao certo por quanto tempo se prendeu naquele momento e talvez ali permaneceria se Taehyung não tivesse se remexido o despertando para a realidade. Num impulso, Jungkook se afastou e fechou os olhos mais uma vez, torcendo para que se ele acordasse, não pudesse perceber a cor do constrangimento que sem dúvidas despontava nas suas bochechas.

— Engomadinho? — sussurrou com uma voz rouca que despertou arrepios pela nuca do príncipe. — Kookie... vamos, acorde.

Fingindo da melhor forma que podia, Jungkook abriu os olhos lentamente enquanto se espreguiçava.

— Bom dia, Tae.

Exibiu um de seus sorrisos retangulares diante do apelido carinhoso e sem demora levou uma das mãos até a lateral do rosto dele. Céus, não devia ser tão entregue, tão transparente, mas era impossível não se derreter com a beleza de Jungkook. Os traços delicados, os olhos ainda inchadinhos pelo sono. Será que ele era capaz de ouvir seu pobre coração palpitando forte?

O Colecionador de LíriosWhere stories live. Discover now