O silêncio prevaleceu pelo resto do trajeto e não houveram apelidos de mal gosto ou os típicos xingamentos de baixo calão sendo deferidos entre eles dois.
Assim que chegamos ao jardim da mansão borboleta, perguntei se eles podiam levar a lenha para dispensa, pois eu tinha que guarda o machado e o lampião na casa de ferramentas, como a Aoi havia me pedido mais cedo.
Eles sequer se deram ao trabalho de me responder e jogaram as duas ferramentas em cima de mim, me dando as costas logo em seguida.
Sem muitas opções, coloquei todo o peso das ferramentas no meu braço saudável, apenas pra não ter que dar duas viagens até o galpão.
Foi complicado achar o lugar apto para colocar as ferramentas, já que o local estava repleto de tralha e teias de aranha, além de não possuir uma fonte de luz.
-Prontinho -Fechei a porta com o cadeado e limpei a poeira que havia ficado nas palmas de minhas mãos.
De repente algo agarrou meu pulso e me arrastou a força para dentro de uma poça de coloração negra, fiquei inconsciente por poucos instantes e logo me dou conta de que fui levado para um canto recluso do jardim.
-Não cansa de fazer essas coisas do nada? -Perguntei bastante irritado, pois Kusho fazer esse tipo de coisa já havia virado rotina.
-Cale a boca e olhe! -Ele sussurrou e fez sinal para que olhasse por uma fresta entre as madeiras da parede.
-Mas o que você quer que eu veja exatamente? -Questionei com um tom de voz baixo.
-Aquele maldito está aqui! -Ele falou irritado, mas ainda manteve seu tom de voz baixo.
Olhei pela tal fresta e pude ver o senhor Tomioka conversando sobre algo com a outra pilar, enquanto eles tomavam algo que acredito ser chá.
-O Senhor Tomioka? -Perguntei.
-O que esse maldito faz aqui? -O transmorfo olhava através da fresta, inquieto.
-Segundo a Kanao, foi a senhorita Shinobu que o chamou -Sussurei.
-Sabia disso o tempo todo? -Ele me olhou furioso.
-Eu só soube durante a tarde, que ele vinha pra cá -Expliquei -Mas está tudo bem, ele não vai fazer nada de mal...
-Ele já machucou minha familia sem motivos,antes, o que o impede de fazer denovo? -Ele voltou a olhar pela frestra.
-Nada o impede, mas tenho certeza que ele não faria algo do tipo outra vez, afi... -Um estrondo veio do lado de dentro da cozinha.
O transmorfo viu o que aconteceu pela fresta na parede e sem pensar duas vezes, correu para dentro da mansão e eu estava logo atrás dele.
Assim que chegarmos na cozinha, nós nos deparamos com Saori jogada no chão sendo acudida pela pequena Kiyo, a menina de enfeites rosa.
-Saori-chan, você está bem? -Kiyo perguntou em meio às lágrimas.
-Estou bem, não se preocupe! -Ela tentava acalmar a garota com um abraço.
-Falei que esse maldito ia causar problemas!-Exclamou o transmorfo, exaltado e prestes a pular no pilar.
Logo as outras duas garotinhas do trio, chegaram acompanhadas de Aoi e Kanao.
-O que ouve? -Perguntei a própria Saori, mas Kyio que me respondeu.
-N...Nós estáva...mos brincando de pega-pega com... a Saori-chan, como sem..sempre -A pequena soluçava e isso dificultava a compreensão.
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A montanha Aisuru ~ Demon Slayer ~ Tanjiro
Fanfiction. Antigamente, era de conhecimento geral, que qualquer tolo que ousasse aventurar-se em uma passeio noturno na montanha Aisuru, seria condenado a desaparecer misteriosamente sob o véu da noite, até que no terceiro dia após o seu desaparecimento, o...
