Five Years After You - LS | ABO

Beautiful Boy

— Sua comida é maravilhosa, ômega, mas não consigo comer se você continuar derrubando em mim. — Harry ri nasalado, as sobrancelhas franzidas para o ômega sentado ao seu lado.

— Desculpe, não sei onde estou com a cabeça. — Louis sorri sem graça, recolhendo as batatas no colo do alfa com cuidado.

— Aconteceu alguma coisa? — o de olhos verdes pergunta, arqueia a sobrancelha, limpando a calça com a mão livre.

— Não, tudo bem. — Louis sorri — Henry, baby, precisa de ajuda? — o ômega observa o filhote comendo devagar, concentrado em não derrubar as ervilhas da colher de plástico.

— Não, mamãe. Eu já sou muuuito grande. — ele mostra as presinhas de leite, piscando dócil — Posso tomar refrigerante? — o pequeno indaga enquanto segura a colher próximo a boca, piscando os olhos azuis.

— Não mesmo. — Louis nega com um sorriso, voltando a ajudar Harry com a própria comida.

— 'Arry, posso tomar refrigerante? — Henry pergunta com a boca cheia, as bochechas inchadas como um pequeno esquilo.

— A mamãe disse que não, filhote. — o maior balança a cabeça, sorrindo exibido para Louis.

Ele fazia isso todas às vezes que Henry o incluí nos pedidos numa tentativa de burlar o mandado de Louis. Tomlinson apenas revirava os olhos, bufando para o alfa convencido.

— Eu sou a mãe aqui, mocinho. Não é não. — Louis cerra os olhos para o filhote que dá de ombros, voltando a comer em silêncio.

Harry bufa para o ômega, um olhar suplicante em direção ao menor.

E eu o pai, e eu o pai, e eu o pai.

Louis nega com a cabeça, recebendo uma mão grande sobre sua coxa, um aperto discreto na altura do joelho o eletrizou.

— Por favor. — o alfa sibila, as sobrancelhas juntas enquanto olha o ômega irredutível.

— Ainda não. — Louis diz, interrompendo outra fala do alfa com uma garfada de comida.

Harry revira os olhos, engolindo a comida e se levantando em seguida.

— Onde você vai? Não comeu nem metade. — Louis bufa, largando o talher no prato do alfa.

— Perdi o apetite, vou dar uma volta. — Harry avisa, andando devagar até a porta.

Ele definitivamente estava cansado daquela porra em seu braço. Coçava como o inferno e ainda o atrapalhava em tudo.

— O quê?! Harry, você não pode sair assim. — Louis resmunga, levantando da cadeira com um arrastar do móvel para trás.

— Era só ter dado refrigerante pra gente. — o pequeno balança os ombros para cima, cutucando a batata com a colher.

— Vou buscar uma coca-cola geladinha pra nós, Henry. Eu já venho. — o alfa sorri de lado para o filhote, destravando a porta com a mão livre.

Louis rosna baixo, andando apressado até a saída. O alfa já se encontrava no corredor, então Louis encosta a porta no lado de fora, mantendo a mão sobre a maçaneta.

— Você não vai trazer refrigerante nenhum! Eu disse não, Harry. — Louis bufa irritado, os dedos esbranquiçados segurando o metal.

Era ele quem teria que lidar com um filhote saltitante e sem sono pela quantidade de açúcar no sangue.

Henry ficava impossível com refrigerantes.

— Você sempre diz não, Louis. Não para o refrigerante, não para nós, não para contar á ele. Não, não, não. — o alfa desdenha, gesticulando com a mão livre, imitando uma boca abrindo e fechando. — Eu vou buscar a merda do refrigerante. — Harry infla as narinas encarando o ômega mais uma vez.