Capítulo 14

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Dentinho

Saiu da quadra e vou para a boca porque deixei a minha carteira lá sem querer. Dou partida e vou em direção.

Paro em frente e vejo um outro carro estacionado, é muito estranho porque os vapores que estão trabalhando tá na entrada do morro e Piolho dispensou o resto para ir a festa,

Desço desconfiado e carrego a minha arma. Fui entrando devagar e o escritório do Piolho aberto, vou me aproximando e como as luzes estão apagadas acendo.

Aponto a minha arma rapidamente para o DW que acaba soltando os dinheiros no chão assustado e me encarando.

Dentinho: que porra você está fazendo DW?!- engole seco.

DW: eu vim... eu vim. Ver se os dinheiros estão certos.- mente. Me aproximo e seu olhar é de desespero.

Dentinho: fala logo a verdade filha da puta.- aponto a arma diretamente em sua cabeça.

DW: eu vim roubar.- o olho confuso e puto.- estava precisando de dinheiro e essa foi a única forma que achei.

Dentinho: entenda uma coisa estadunidense de merda. Fazem três anos que está aqui e até agora fica com esse sotaque de coitadinho e pagando de medrosinho. Se toca tio, porque você está no Brasil porra e as paradas são diferentes aqui, acha que vou deixar você livre?- o seu maxilar força.- você sabe muito bem aonde vai. Bora logo, antes guarda o dinheiro no cofre.- guardou com olhar de fúria para mim, levo até o meu carro.- nos seus papos eu não caiu mais e sei que não está mais ao nosso lado, tu tá muito fudido nas mãos do Piolho.

DW: quem diria, o mais filha da puta de todos. Entendendo o que está acontecendo e você sabe que ninguém vai acreditar em você né?- ironizou e meto uma porrada.

Detinho: entra logo na porra do carro.- cuspiu o sangue e entrou puto.

Fomos para o forno, como explicar esse lugar. A gente coloca pessoas de mau caráter, como estupradores, pedófilos, homofóbicos, abusadores, inimigos e principalmente quem vai contra as nossas regras. Que é o caso do DW.

Levo a força para dentro da cela e o LC aparece.

LC saiu do morro inimigo faz uns dois anos, o novo dono expulsou alguns vapores e o Lucas foi um deles. Infelizmente ele não quis sair dessa vida e continuou, o bom que agora está ao nosso lado e a gente tem mais confiança nele do que o DW.

LC: aconteceu algo?

Dentinho: roubo na boca.- ficou boquiaberto.- mais tarde explico melhor para vocês e vigiem ele.- assentiu.

Saiu de lá bufando de raiva apertando o volante com força. Disgraçado, ainda mato ele ainda algum dia.

...

Me jogo no sofá de casa respirando profundo e a Elisa aparece. Segurou a minha cabeça, sentou e colocou delicado em cima da sua coxa. Começou um cafuné.

Elisa e eu estamos com uma amizade colorida, ao mesmo tempo a gente se pega e também pegamos outros. E sem sentimentos, em questão de amizade somos super amigos e ajudamos ao outro. Ela chegou esses dias no Rio por enquanto ninguém sabe e nem o próprio pai, a mesma me procurou para ficar um pouco quieta aqui sem ver as pessoas e cedi.

Faz uns dois anos que conversamos e durante as conversas rolava umas trocas, putarias e nudes. Absolutamente ninguém desconfiou, porque foi bem na época que fui em psiquiatra e ela me ajudou para um caralho, enquanto uns cagavam para a minha pessoa.

Elisa: houve algum problema?- deito de barriga para baixo e abraço a sua cintura.

Dentinho: prefiro não comentar.

Adorada {Concluído}Where stories live. Discover now