Capítulo 20

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Cinco meses depois

Joana: não aguento mais! Quero desistir disso tudo.- jogo o que a tudo na mesa para o chão.

LC: temos que fazer algo.- escuto cochichar para o JV.

JV: espera, deixa ela liberar a sua raiva.

Vou até o sofá e esmurro as almofadas até conseguir me acalmar. Ou tentar pelo menos, porque tá complicado.

Eu recebi a pior notícia do mundo, se eles não limparem os nomes até dezembro. Podem ser presos por mais de vinte anos e isso está me deixando num estresse, porque não tô conseguindo achar ninguém que faça esse serviço. Conversei até com alguns moradores e vapores, e nada. Vou explodir de tanto ódio.

Maconha, essa vai ser a minha única forma de me acalmar.

Passo entre os dois pela porta, começo a caçar os bolados que deixam guardados. Vou até a sala do LC, que é do Dentinho. Abro uma gaveta e acho um, pego e só falta o isqueiro.

Volto para a sala e os meninos não pararam de prestar atenção nem um segundo se quer.

Joana: onde tem isqueiro?

LC: pra quê você quer um isqueiro? Se você não fuma?

Joana: para queimar uns papéis.- JV olhou para a minha mão, escondo rapidamente.

JV: você não vai fumar Joana.- tenta pegar. Afasto.

Joana: quem é você para mandar o que devo fazer ou não?

JV: melhor amigo, que se preocupa com a sua saúde.- reviro os olhos.- Joana, um conselho e o siga. Maconha e entre outras drogas, não vão te levar a nada.

Joana: me esquece João Vitor.

JV: Joana, você quer fumar para se acalmar né?- assenti como se fosse óbvio.- Piolho fazia isso, o deixava mais estressado. Porque fuma 1, vira dez.- disse aumentando o tom da voz.

Joana: Piolho nunca fazia isso.

JV: porque não o conhece, como eu o conheço.- disse bravo e me encolho.- quando tinha a sua idade.- respirou fundo.- foi com a sua idade, que viciou nas drogas.

Joana: você não o conhece direito.- ele ri irônico.

JV: não, não o conheço direito não né? Só mais de nove anos. E quer saber de outra coisa?- cruzo os braços.- ele não te queria aqui.- meu rosto se fecha.- nesse cargo. Por isso pedi para que perguntasse para ele, para não se transformar nisso.- apontou para o beck.- dono do morro não é brincadeira Joana. Você precisa estar sóbria, porque a qualquer momento pode entrar alguém...

???: como eu né?- olhamos para a entrada.

Seu olhar cínico e com um sorriso no rosto, na mão está com um lencinho limpando o sangue.

Joana: o que faz aqui?- pergunto furiosa e fechando o punho.

DW: calma, deixa te entregar dois presentes que os vapores me deram lá na entrada.- pegou as armas e jogou em cima da mesa.- adorei a propósito.- reviro os olhos.- Piolho não ficaria nada feliz se visse você fumando.

LC: desembucha logo DW.

DW: cala boca Judas.- LC dispara a arma.

DW dispara duas, uma apontando para LC e uma para mim. Eu e JV fazemos igual, só que apontamos para DW.

JV: abaixe a porra das armas.- apertou o objeto com força.- se veio aqui para conversar. Vamos conversar como adultos e não é uma conversa de pessoas no faroeste.

Adorada {Concluído}Where stories live. Discover now