Capítulo 4

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Joana

Sinto sendo empurrada para o lado.
Cambaleio e acordo assustada.

Joana: o que, o que foi?- passo às mãos no meu rosto para tentar acordar melhor.

???: chegamos princesa.- fico com cara de nojo.- para com essa cara e vem logo.- o inimigo me tira a força do carro.

Joana: para que essas fai...- um dos vapor tampa a minha boca, meus olhos e amarrou as minhas mãos por atrás de mim.

Sou empurrada novamente, provavelmente para a sua casa. Eles me param.

Vapor: naquele lugar?- vou responder vai que é para mim.

Mexo a faixa até cair, porque pelo jeito eles não sabem amarrar forte.

Joana: sim. De volta para a minha casa.

Vapor: cê liga tio, nem contigo estava falando.

Inimigo: Lucas, deixa que eu levo ela.- sinto o meu braço aliviado.

Seria um momento para eu fugir? Seria. Só que quando o assunto é inimigo, já é outra parada e eu prefiro viver muitos anos ainda.

A sensação de alguém vindo por trás é grande e não é que eu acertei. A pessoa passa a sua parte na minha bunda e solto um gemido rouco sem querer.

Joana: pretende ter filhos?- digo furiosa com a babaquice que o desgraçado acabou de fazer.

Inimigo: sim. Por que?

Joana: porque se passar a sua rola de novo nas minhas intimidades, sem a minha permissão. Eu juro que eu faço uma castração em você!- aumento a minha voz mostrando quem tem autoridade nessa porra.

Inimigo: duvido.- sua voz soa debochada.

Joana: nunca duvide algo de mim.

Inimigo: cê fala demais é doido.- ele amarra com força a faixa. Agora não tem como tirar mais.

Ele pegou o meu braço esquerdo com força e me puxou. Nada passa na minha cabeça para aonde ele esteja me levando, só sei que estou começando a ficar com medo e em nenhum momento posso demonstrar isso.

Inimigo: cuidado com a escadas.- levanto uma das minhas pernas e vou seco para frente, mas percebo que é descida e cambaleio. Sorte a dele por estar me segurando.- a é verdade esqueci te dizer. A escada desce.- ironiza.

Com ajuda do mesmo, descemos a escada cuidadosamente. Chegamos no final ele tira as faixas dos meus olhos e da minha boca, continuou me puxando até uma cadeira.

Me fez sentar, dessamarrou as minhas mãos e amarrou de novo atrás.

Ele se afasta e fica parado na minha frente.

Joana: já vou sendo direta. Porque caralhos você quer eu?- digo brava.

Inimigo: calma primeiro vamos nos apresentar.- diz na tranquilidade.

Joana: apresentar porra nenhuma! Me fala logo o motivo!

Inimigo: bem. Meu nome é Lyan, mas é obrigatório me chamar de Sombra.- minha pele arrepia.- e como você já sabe. Sou dono daqui e inimigo do seu namorado.

Joana: namorado?

Sombra: Piolho é o que seu?- ele arqueia uma das suas sobrancelhas.

Joana: para tu ter noção. Nem na boca eu ia e muito menos falei com o Al...- paro de falar o nome do Piolho e o Sombra me olha vitorioso esperando que eu fale.- com o Piolho.- seu rosto se fecha.- e eu conheci ele hoje. E já odiei, não recomendo. Agora me explique porque me sequestrou?

Sombra: você acha mesmo que vou te dizer?

Joana: em alguns livros do wattpad de sequestro, o cara diz do porque sequestrou a garota.

Sombra: que porra que você está falando?

Joana: de livros, só que em aplicativo.

Sombra: ata.- ele diz desinteressado.- mas entenda.- vem chegando mais perto de mim. Seu rosto estava poucos centímetros do meu.- agora é vida real, não tem nenhuma fantasia aqui.- se afasta. Indo por trás de mim.- só que relaxa, você vai ser bem cuidada.- dá um cheiro no meu pescoço.

Me afasto rapidamente.

Ele desamarra a faixa. Minhas mãos finalmente ficam livres e olho a porta que está aberta ainda, seria um momento para fugir. Só que para aonde iria? Melhor ficar sentada mesmo esperando alguém me socorrer. Ou será que não?

Olho a minha volta para saber o que tem. Há uma cama encostada na parede, uma porta que provavelmente
é o banheiro e uma mesa com cadeira.

Sombra ainda estava lá e me encarando.

Joana: o que tu quer panaca?- ele ri pelo o nariz.

Sombra: você é muito linda sabia?

Joana: sim já sabia.- faço cara de óbvio.- tá já cansei dessa palhaçada.- me levanto e vou em direção a escada.

Me viro e ele está vindo. Começo a correr e engraçado, na porra da calçada eu escorreguei e agora não tropecei no degrau. Não me entendo às vezes.

Consigo sair do porão e estou na sala de sua casa. Fico paralisada com a beleza, me viro novamente para trás e Sombra pega a minha mão e vai puxando. Quer saber vou entrar nesse joguinho dele.

Joana: não não. Espera aí!- ele continua me puxando. Não acredito que vou ter que falar isso.- eu faço tudo que você quiser.- ele para e me olha.- só que com uma condição.- Sombra agora fica atento com o que vou dizer.- sexo só com a minha permissão. Obviamente deixar eu ir para a escola.

Sombra: que porra de deixar eu você ir para escola. Você acha mesmo que eu não sei que você tem uma amiga lá e estuda fora da favela.

Joana: caralho Sombra é o meu último ano lá. Não vou perder a melhor série só porque fiquei presa nessa caralha.- sua cara de furioso está me incomodando um pouco.

Ele anda para lá e para cá com as mãos na cabeça mexendo igual um adoidado. Acho que está pensando em algo.

Sombra: então vou te matricular em outra escola. E vai ser aqui no morro.

Joana: o que? De jeito nenhum!- agora eu que estou furiosa.- tenho uma idéia melhor. Matrícula algum dos seus vapor na minha escola para me vigiar então.- aí porra porque falei isso?

Sombra: pode ser então.- ele pega o seu celular e disca algum número.- tu é muito mandona cê é loko tio.- saiu perto de mim.

Reviro os olhos e vou até o sofá. Tiro o meu telefone do bolso, mando mensagem para a Valentina. Só que nem enviou.

Olho para símbolo de sinal e não existe aqui. Isso que dá ter chip daqueles homens azuis. E nem vou perguntar a senha do wi-fi porque eu já tô ligada de que o zé mané não vai passar.

O que me resta é ir dormir, o dia hoje foi literalmente agitado. Me deito e automaticamente meus olhos se fecharam.

..........
Eu que criei o personagem, tenho ranço 🙄

Como vcs escapariam?

Adorada {Concluído}Où les histoires vivent. Découvrez maintenant