15 ❀ quando os catetos somam ao quadrado

39.7K 4.4K 13.1K
                                    

D U P L E X 1.5
#2sao4TK

5#2sao4TK

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

❀❀❀

Um amontoado de brilho prateado piscava em volta de seus olhos, o que causava uma dificuldade extrema para se adaptar à luz e enxergar o ambiente em que estava com clareza. Taehyung tentou forçá-los um pouco, mas sentiu uma dor no meio da testa que o fez recuar e fechar os olhos novamente, depois, quando tentou se mexer, algo pinicou a pele de seu braço. Em seguida, vieram uns sons estranhos, de vozes muito próximas. Ele piscou, atordoado, várias vezes, de um jeito que fazia uma tontura esquisita pesar a cabeça. As vistas, ainda muito embaçadas, só enxergavam um rosto desfocado. Era uma silhueta bem familiar, mas Taehyung não estava conseguindo identificá-la.

— Taehyung? Ei, você está bem?

Ele piscou mais uma vez, sentindo o peso de algo apertando seus ombros com força, então esse mesmo peso deslizou suave para cima, tocando seu rosto. Eram mãos, espalmadas uma de cada lado de seu rosto, pressionando os ossos de suas bochechas, a pele morna do polegar acariciando suave sua pele para cima e para baixo e, de repente, Taehyung sentiu-se em paz no meio daquele carinho. Seu lobo, antes muito agitado, sossegou dentro dele.

A primeira coisa que Taehyung conseguiu identificar, quando os sentidos começaram a voltar, foi o cheiro de baunilha. Aquele mesmo cheiro doce que tanto gostava de sentir. O mesmo cheiro que desejou sentir por toda a semana. O cheiro de Jeongguk.

— J-Jeongguk?

— Sim, sou eu. Você está bem?

Taehyung balançou a cabeça, não como uma resposta, mas como um movimento para afastar a franja que cobria uma parte dos olhos, porque ele ainda não sabia onde estava, sequer acreditava que era Jeongguk tocando-o daquele jeito. A garganta coçou quando tentou falar novamente, e a única coisa que saiu dela foi um pigarro grosso.

— O-onde estou?

Tentou mexer uma mão para coçar os olhos na tentativa de enxergar melhor o rosto à sua frente. Jeongguk segurou-a antes que pudesse finalizar a ação e tirou ele mesmo os cabelos dos olhos de Taehyung, então acariciou as pálpebras gentilmente, demorando nas linhas finas dos cílios longos.

— No hospital — disse, a voz macia conseguindo acalmar Taehyung mesmo que a resposta não fosse tão boa assim. Ele fechou os olhos apenas para sentir mais daquele pequeno carinho, porque, se fosse um sonho, quando acordasse, voltaria para aquela realidade devastadora onde ele e Jeongguk estavam se evitando desde o encontro desastroso no restaurante. — Você desmaiou, então a doutora Sun te colocou no soro.

— Você é real? — questionou, mas a pergunta soou tão ridícula que Taehyung ficou com vergonha de tê-la feito, mesmo que pudesse estar preso num sonho. Ele ouviu Jeongguk rir baixinho, o sopro quente que saiu de seus lábios tocou seu rosto e Taehyung teve que fazer força para não suspirar.

DuplexWhere stories live. Discover now