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Niko

Na noite anterior ao aniversário dela, depois de Cadu ler pra ela por mais de uma hora ela finalmente adormeceu, eu tinha comprado as coisas pro aniversário dela uma semana antes, assim o vírus já estaria morto pra poder manusear as coisas.

Enquanto começava a preparar a bancada pra fazer o bolo que vi no Pinterest ganhei um beijo em meu pescoço acompanhado de uma ereção.

-Seu tarado! - Brinquei com ele.

Que saiu de trás de mim e foi pegar um avental pra me ajudar.

-Ah não, você não vai se safar dessa! - Falei tirando a roupa e ele começou a rir.

O coloquei em cima da bancada da pia que era mais baixo, o beijei enquanto tirava sua camiseta.

-Temos que trabalhar... - Disse ele já rouco.

-Vai passar a madrugada trabalhando depois dessa. - Rosnei mordendo o lóbulo de sua orelha.

...

Sim passamos a madrugada fazendo docinhos e um bolo que tive que encher de palitos de churrasco porque começou a desmoronar, eram 8 da manhã quando os presentes começaram a chegar, adotamos um gatinho preto, Cadu conseguiu um filhote de boxer depois de pesquisar muito qual o melhor tipo de cachorro pra uma criança, os ratos eram ratos mesmo, eu jurava que eram ramisters, são filhotes fofinhos de um rato chamado Twister, pra mim são ratos de laboratório, acho que vou ter que encomendar uma gaiola maior, o que Cadu não sabia é que comprei dez pintinho e dois patinhos, quando a caixa chegou Cadu começou a rir.

-Sério?

-Não quero mais ter que comprar ovos! - Brinquei.

-Tá bom.

Depois da mesa arrumada com os doces e a decoração, ligamos pra mama que estava com a tia e o marido dela.

-Já vamos acordá-la! - Falei mostrando o bolo.

*Que lindo! - Disse a tia. - Vai ter que fazer um bolo desses pra mim quando essa pandemia passar.

-Faço sim, mas acho que essa pandemia vai longe tia.

*Nem me fala, os hospitais aqui estão entrando em colapso.

*Nunca agradeci tanto vocês terem largado a faculdade! - Disse mama.

*Nós também! - Falei.

Entramos no quarto cantando parabéns e Amira acordou com o maior sorriso do mundo, batendo palmas pro bolo nas mãos de Cadu.

-Vivaaaaa! - Bateu palmas ela antes de soprar as velas.

A beijamos.

-Oi vovó, pena você não tá aqui, oi tia e tio queria tá com vocês e minhas priminhas.

*Quando tudo isso passar nós vamos nos encontrar pra comemorar o aniversário de todo mundo junto! - Disse tia Flávia.

*Até lá eu não faço aniversário! - Disse mama nos fazendo rir.

*Curte seus presente Ami, a vovó te ama muito!

*Também te amamos Ami.

-Também amo vocês! - Amira jogava beijos e encerramos a ligação. Nisso Lisi fez uma chamada de vídeo.

*Cadê a princesa da dinda?

-Tô aqui! - Disse Amira segurando o celular. - Dinda quero te agradecer!

*Pelo que meu amor, o seu presente vai chegar atrasado por causa da pandemia...

-Não dinda, quero agradecer porque meus papais desta vez não vão ir pra guerra!

Lisi ficou em silêncio e eu olhei preocupado para Cadu, ela sempre falava coisas que nos assustava as vezes.

* Ah, hummm... Que bom Ami, mas eu não fiz nada.

-Fez sim dinda, desta vez vim a tempo de impedir, obrigada por me trazer!

*Ah seus papais te contaram?!

-Ainda não! - Disse Cadu ao telefone, antes que Lise desse com a língua nos dentes.

*Não precisa me contar, a dinda me trouxe pra vocês, eu queria vim, cadê meus presentes? - Disse ela levantando da cama e soltando o celular como se não tivesse dito nada daquilo.

Peguei o telefone e Lise estava chorando com a mão na boca.

-Mais tarde te ligo Lise, vou filmar ela com os presentes pra vcs verem.

Ela assentiu e eu desliguei seguindo ela. Cadu passou a mão por meus ombros e beijou minha tempora.

-Vamos, temos presentes pra desembrulhar. - Sussurrou ele.

Amira ficou fascinada com todos aqueles bichos, tentava pegar todos ao mesmo tempo. A alegria dela é a nossa alegria.

Depois de uma tarde agitada Amira não aguentou a hora da leitura e apagou no meio dos bichos, a peguei no colo enquanto Cadu ia na frente para levantar as cobertas dela.

-Acho que foi um bom aniversário.-Comentou Cadu.

-Foi sim, agora vai me ajudar com a bicharada.

A deitei e Cadu a cobriu, beijei suas bochechas e dei um cheiro em seu pescoço e fui catar os bichinhos pra dormirem, Cadu me ajudou, depois de arrumar tudo estávamos exaustos jogados no sofá,Cadu passou o braço por minhas costas me puxando pra deitar em cima dele. Beijei seu peito nu e suspirei feliz e cansado.

-Eu sei o quanto eu digo que te amo...

-Todos os dias- Murmurei. - E não me canso de ouvir.

-Então vou te dizer mais uma vez - Sussurrou e levantei a cabeça para encontrar seu olhar.

-Quando seus olhos me encontram eu sinto que tudo é perfeito, que o mundo pode acabar e eu nem vou sentir porque eu me perco dentro do seu olhar e não existe lugar melhor no mundo do que dentro de você.

-Sinto o mesmo por você Cadu e... Eu quero estar com você até o fim desta jornada e continuar com você em muitas outras vidas.

-Sempre vou te encontrar meu bem.

-E eu sempre vou te esperar minha vida.

-Te amo! - Dissemos em uníssono e rimos disso.

Me estiquei procurando pelo doce beijo de Cadu, que com um sorriso selou meus lábios.

♥️

Para todo o sempre...

❤️ ❤️ ❤️

Quero muito agradecer e dedicar está história a uma leitora incansável, LuannadeFtima minha querida Lu, eu só segui escrevendo porque você estava aqui me acompanhando e isso é o maior incentivo que uma escritora pode ter. Obrigado por estar aqui. ♥️

Quando seus olhos me encontramWhere stories live. Discover now