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Ferrus:

Eu queria senti-lo mais do que aquelas passadas de mão, eu queria o conforto de seus braços. Queria. . .

-Tira!-disse ele e eu tirei minha ceroula já duro e latejante.-Senta aqui.

Sentei de costas entre suas pernas sentindo sua ereção em minhas costas, Afonso despejou uma caneca de água em meu peito e depois outro em minha cabeça. Começou a esfregar o mesmo pano úmido em meu peito abraçado em mim.

-Desejo ficar assim pra sempre, não importa quando, apenas com quem.-confessei.

-E esse alguém sou eu?

-Não tenha dúvidas meu amor!

Afonso suspirou, lavei minhas partes com aquela água que agora transbordava, ele lavou meu cabelo com cuidado depois o sentir lavar o seu, nossas pernas para fora do bacião. (foto mídia)

-Qual seu desejo?-questionei.

-Uma banheira maior, que caibamos nós dois por inteiro, e muita água limpa e quente.

Me virei ficando de joelhos entre suas pernas e o beijei passei um joelho para cada lado de suas pernas ficando com sua ereção colada a minha. Afonso os pegou juntos e massageou-os juntos grunhi em seu ouvido e ele gemeu. 

-Vamos sair daqui, minhas costas estão doendo. -disse ele e eu levantei o puxando dali.

Afonso tentou me secar, mas tudo o que eu queria era. . . lambe-lo e o fiz. Afonso grunhiu quando o abocanhei. Em minha língua a sensação era a mesma que seda escorregando entre os dedos. Peguei a lata com a gordura que Katiri me presenteou. Deitei Afonso em minha maca, passei a gordura em seu mastro e depois em mim. Subi para cima de Afonso com as molas protestando o peso.

-Ferrus tenho medo de te machucar.

-Deixa comigo!-falei sentando lentamente, enfiando cada vez mais fundo, apesar da dor era o que eu mais queria, senti-lo dentro de mim. Fiquei quieto, me acostumando com tudo aquilo dentro de mim. Apesar de seu corpo ser mais magro e mais baixo seu dote era maior do que o meu.

-Estas bem?-perguntou ele preocupado acariciando meu rosto, e lá estava eu como banha na brasa, era assim que ele fazia eu me sentir.

-Estou!-sussurrei me movimentando e Afonso segurou meu dote com força e o massageou enquanto eu me movimentava.-Quero você em cima de mim Afonso, quero que me tome com força.

E Afonso o fez, deitei do seu lado e ele subiu pra cima de mim, beijou meu peito, e mordeu meu mamilo enquanto enfiava seu dote, então começou a estocar com força e ao mesmo tempo com carinho, beijava meu pescoço e o vai e vem rosava meu mastro em nossas barrigas.

-Ferrus. . . aah Ferrus. . . -grunhiu em meu ouvido e me derramei em alguns jatos violentos entre nossas barrigas enquanto o sentia pulsando e jorrando dentro de mim. Quase gritei na última estocada, mas Afonso selou nossos lábios, então exausto caiu sobre mim. O abracei e beijei sua testa suada.

-Te amo guri!-falei.

Não ouvi nada em troca, sei o quanto é difícil pra ele admitir e não vou força-lo a me dizer.

Ele beijou meu peito e se levantou.

-Sobrou um balde, da pra tirar pelo menos o suor do corpo!-disse ele.

Entrei pra dentro do bacião ficando de pé junto dele enquanto ele despejava a caneca com água por cima de nós dois. Colocamos roupas limpas e Afonso lavou nossas roupas na água do bacião.

-Quantos dotes escondidos há neste peão?!-ponderei ele sorriu com escárnio.

-São as vantagens de ter uma mãe preta.

-A minha segunda mãe é uma índia, Katiri é mais que minha mãe.

-O que foi aquela gordura que passou em mim?

-Presente dela, até receita ela descreveu quer ver?

-Por favor, era refrescante então creio que pelo menos hortelã tem.

Entreguei o papel pra ele que sentou a meu lado. Assentindo.

-Por supuesto que si, isso é incrível.-disse ele fascinado.-Há tantas coisas para aprender com esses dois povos, acho uma barbárie mante-los como gado.

-Concordo, mas não teríamos mães sábias se não existisse a. . .

-Nada justifica a escravidão Ferrus!

-Concordo!-falei beijando seu ombro, cheirei seu pescoço e depois beijei seus lábios.

O povo no convés começou a tocar mais animado, pareciam bêbados.

-Quero te ouvir cantar!-falei.

Afonso sorriu e se levantou empolgado.

-Assume a gaita?-disse ele.-Sei que sabe tocar!

Corado assenti e subi atrás dele. Moni passou por nós perguntando se podia limpar nosso quarto e assentimos. Afonso beijou sua bochecha a deixando constrangida.

Fomos recebidos por uma tripulação bêbada e animada ao crepúsculo do horizonte, ascenderam os lampiões e então pedi a gaita emprestada, sentei no banco e toquei uma vaneira, Afonso veio ao meu lado lançando um grito bagualudo e começou a cantoria com suas músicas inventadas.

No fim da noite depois de nos divertirmos e beber um pouco voltamos pra nossa cabine. Tudo limpo e seco.

-Vou tentar comprar Moni quando desembarcados!-comentou Afonso ao se deitar ao meu lado.-Não é justo uma guria nessa situação, sendo negra ou não.

-Vai liberta-la?-Questionei o puxando para meu peito, onde ele se aninhou.

-Também, mas como sei o que pode lhe acontecer vou lhe oferecer um  emprego.

-Já sabe onde vai ficar lá?

-Não, primeiro vou ver algum hotel pra procurar algum albergue ou pensão, e você?

- Vou ficar com você!-falei.

Afonso ficou em silêncio por alguns minutos.

-Ferrus. . . tu já tinha planejado isso?

-Ficar com você? -sorri.-Desde o dia em que você enterrou aquele passarinho.

-Tu. . . tu viu?

-Estava te espiando sim, mas não tive coragem de falar com você. . . na verdade . . . não tive coragem pra nada, eu planejava te conquistar no Rio de Janeiro, planejava te cortejar até você . . . ter algum apreço por mim.

-Eu tenho . . . apreço por você Ferrus. . . sempre foi justo e . . . eu tenho sim.

-Fico louco de faceiro em saber disso.

Suspirei aliviado com suas palavras beijei o topo de sua cabeça e senti sua respiração ficar calma e pesada, ele adormeceu em meus braços, como sonhei com isso.

. . .

Mais de uma semana naquele navio, mesmo estando juntos não aguentávamos mais. Moni nos mimava e a viagem chegava ao fim. Afonso foi falar com o Capitão e voltou desanimado.

-O quê ouve meu amor?

-Ele não quer me vender Moni.

-Quanto quer pagar por ela?

-Eu tenho o dinheiro da venda do meu cavalo.-disse ele tirando os cobres do bolso.

-Me de aqui!-falei pegando e sai sem olhar para trás.

Quando seus olhos me encontramWhere stories live. Discover now