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Nikolai:

Ele está demorando. Eu já estava deitado, bufei de raiva dele, onde esse trouxa se meteu. Olhei para as roupas ainda sob a cama dele, me levantei e as coloquei em sua gaveta, coloquei a mala embaixo da cama, peguei seu travesseiro e o perfume do cabelo dele estava ali, sem pensar muito o abracei e cheirei. Droga será que aconteceu alguma coisa com ele. Puto da cara me vesti e sai atrás dele.

-Senhor Hector viu o Cadu?

-Saiu pra correr a mais de uma hora, falei pra ele se cuidar...

Sai correndo, observei se tinha alguém correndo, tinha dois rapazes, fiquei parado observando, eles fizeram toda a volta e nada do Cadu, onde você se meteu seu idiota. Comecei a correr em direção ao centro. Pensando bobagens. Será que ele se suicidaria?

-Não! - falei correndo em direção a ponte mais próxima.

...

-//-

Cadu Becker :

Sentei-me na ponte pra observar as embarcações e pensar na vida. Olhei meu telefone, tinha uma mensagem da minha melhor amiga.

Anelise: E aí gatão, adivinha só quem tá pegando o pedaço de mal caminho do Jordan Schneider de novo?

-Sua louca!

Eu: Ane já te falei um milhão de vezes que eles são loucos de racistas.

Anelise: Eu sei Caca, mas eu não resisto àquele alemão bem-dotado.

Tive que rir.

Eu: Tenho medo de que a família dele descubra, não quero te ver sofrer!

Anelise: Não vai né, você tá longe, e além do mais desta vez vai ser diferente.

Eu: Nunca é diferente Ane, por favor, eles podem te humilhar ou pior podem mandar te matar, aquele pai dele é um bosta preconceituoso.

Ane: Aí Bi assim não vou falar mais com você, eu aqui toda feliz e você só me colocando pra baixo.

Eu: Só estou sendo seu amigo de verdade Ane, mas você que sabe, não vai me ligar chorando depois.

Anelise: Não vou, vai vir pro Natal?

Eu: Este ano não, no próximo sim!

Anelise: sinto sua falta.

Eu: Eu também.

Guardei o telefone e ouço Nico gritando, me virei pra ver se eu não estava delirando.

-Não, não faz isso Cadu! - Ele estendeu as mãos pra mim.

Ele tá doido?

-Niko?

-Não se mexe, eu vou ir aí aonde você está!

-Tá! - falei sem entender.

Niko se aproximou devagar se sentando do meu lado.

-Olha, me desculpe, eu... Eu não consigo falar de sentimentos com ninguém, eu não queria te deixar triste a ponto disso.

-Disso o quê?

-Disso! - Apontou ele pra ponte. - Não vale a pena jogar sua vida fora por causa minha e...

-Ah! - Entendi e comecei a rir.

-Pare Cadu, olha eu... Vou tentar ser seu amigo tá bem?

-Niko. - Murmurei ainda sorrindo e toquei sua coxa, ele olhou minha mão e eu a tirei rapidamente. - Desculpe?

Quando seus olhos me encontramDonde viven las historias. Descúbrelo ahora