Capítulo 31 ❤

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Nunca pensei em um dia precisar vir ao um lugar como este. As paredes são gradeadas com ferro e rodeadas de cerca elétrica, uma verdadeira prisão.

Engulo em seco.

Joseph coloca uma mão na minhas costas, me incentivando a caminhar. O portão é aberto e seguimos no encalço de um guarda que não parece nem um pouco está afim de conversa. Josh e Flora queriam vir com a gente, mas não achei que cadeia fosse lugar para crianças. Sim, eu contei a eles o que havia acontecido, Joseph falou que Christopher mandou os contar, ele não achou certo esconder nada dos filhos.

Quando Christopher falou que gostaria de adotar Flora e ser o pai dela, no começo eu achei que ele estivesse apenas falando pelo calor do momento, mas ele provou que não. Minha pequena está tão feliz com a nova família e de alguma forma, mesmo em meio a esse caos algo qual estamos vivendo, sinto que ainda sentaremos na varanda de nossa casa ao entardecer e vamos rir de tudo isso.

É só uma fase ruim, uma hora tudo isso que tem nos atormentado vai passar. Neste mundo, nada é eterno. As dores um dia findam; as lutas acabam, as feridas saram, as tempestades se acalmam, e até mesmo os corações que um dia foram partidos, serão concertadas com novos amores. Porque a vida é assim, um ciclo se encerra para que novos possam nascer.

O delegado está sentado em sua cadeira e se põe de pé para nos receber. Sua expressão séria é posta de lado quando Joseph aperta sua mão, um sorriso seco assume seu rosto.

- Já souberam da notícia? - ele nos pergunta; olho pra Joseph confusa e balançamos a cabeça em negação. - O julgamento de Christopher será daqui a duas semanas.

- Duas semanas? - exclamo retórica e me acomodo a cadeira, sinto minhas pernas fraquejar.

- Espero que seja tempo suficiente para que vocês consigam provar a inocência dele. - disse ele. - Sei que ontem Christopher me entendeu mal, mas estou do lado do bem e luto para que a justiça seja feita todos os dias, doutor Joseph.

- Porque isso agora? - Joseph o questiona.

- Eu quero acreditar que o seu filho é inocente, mas as provas que me apresentaram não condiz com o quê a minha intuição diz. O senhor me entende? Não posso agir pela emoção, ontem eu agi assim e acabei sendo mal interpretado pelo seu filho.

Ele leva uma mão no ombro de Joseph e deixa leves batidas.

- Então se Christopher é realmente inocente e vocês acreditam veemente nisso... Por favor, não midam esforços para conseguir corroborar. Meu trabalho aqui é liderar investigações, mas quem vai dar a sentença é o juiz, e só vocês podem mudar a rota que Christopher está seguindo.

Engulo em seco.

Enxugo uma lágrima que insiste em cair e reprimo-a as que estavam por vir. E se nós não conseguirmos provar a sua inculpatibilidade? E se...

Levanto os olhos para o delegado e fungo.

- Quais provas o senhor tem contra ele? - pergunto.

- Infezlimente, eu não posso passar essas informações senhorita. Mas digo que são muito favoráveis para que o juiz o sentecie-o entre doze a trinta anos de prisão. - ele nos conta. - Por isso, que digo para que começem logo a busca por provas congruentes.

Ficamos ali por mais alguns minutos, e depois seguimos para a sala de visita. Me sento na cadeira em frente à uma pequena mesa no centro da sala, enquanto que Joseph permanece de pé ao meu lado.

A porta é aberta e vejo Christopher caminhar abatido em nossa direção. Às mãos estão algemadas, mas não ligo, apenas acabo com a distância entre nós e me jogo em seus braços.

Em busca do amor (CONCLUÍDO) Where stories live. Discover now