Capítulo 32 ❤

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Depois que saí da cadeia, Joseph falou que precisava resolver algumas coisas e foi pra empresa. Enquanto que eu segui para o café, faz algumas semanas em que Brayan viajou pro Canadá e, às vezes me pergunto: Como ele deve está agora? O que anda fazendo? Fiquei feliz quando soube que ele havia acatado a minha ideia e deixou Angie e Scott tomando conta do café.

- Então... o julgamento será daqui a duas semanas. Nossa, nunca presenciei algo assim na vida, isso tá mais pra filme do que vida real. - disse Angie.

- Sinto que estou num meio de um tornado, sendo arremessada contra o chão sem dó e nem piedade.

Falo bebericando meu café que Angie me trouxe a minutos antes.

- Mas me diz, tem falado com Brayan? - pergunto. - Acho que depois que ele se foi, nos falamos apenas uma vez.

- Sim. Ele ligou algumas vezes pra saber como estava indo as coisas aqui, mas nunca demora no telefone... sei lá, ele sempre parece preocupado, como se estivesse em numa busca incontrolável por algo.

- Huumm... da próxima vez que ligar, diga que estou com saudades e que ele está fazendo falta aqui. - digo nostálgica. Apesar de tudo, Brayan sempre foi um bom amigo, me ajudou quando mais precisei.

Deixo o café após alguns minutos a mais de conversa. Quando chego na mansão, Flora vem ao meu encontro eufórica perguntando sobre o pai. Josh parece recluso, ele permaneceu sentado no sofá cabisbaixo. Beijo o rosto de Flora e sigo na direção do meu pequeno.

- Ei. Tá tudo bem?

Me sento ao seu lado, Flora fica na sua frente lhe olhando curiosa. Josh apenas balança a cabeça, respiro fundo e o puxo para meus braços.

- Está tudo bem com seu pai, logo, logo ele estará aqui de volta. - digo acariciando seus cabelos.

- Promete? Estou com saudades dele.

Sorrio.

- Eu também estou, mamãe. - Flora diz e se acomoda entre eu e Josh. Prendo meu olhar nas duas preciosidades a minha frente e me emociono, eles são tudo pra mim. O medo de que alguém os tire de mim é grande, que chega a doer no mais profundo da alma. Os envolvo em meus braços e fico ali por algum tempo.

- Prometo que em breve o pai de vocês voltará.

Hoje é terça-feira, ontem passei o dia ansiosa para que hoje vinhesse chegar logo

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Hoje é terça-feira, ontem passei o dia ansiosa para que hoje vinhesse chegar logo. Estou uma pilha de nervos por causa da minha prova e por mais que eu tenha estudado bastante, sinto medo de não consegui.

Levanto depressa, tomo um banho rápido e resolvo vestir uma calça jeans azul, uma blusa branca de ceda, calço um tênis branco e pego um blazer vermelho que Christopher me presenteou em uma de nossas idas ao shopping com os meninos. Deixo os cabelos soltos e apenas passo uma baton nude, não quero chamar a atenção.

Desço as escadas e vejo Joseph sentado a mesa, as crianças estão animadas comendo seu bolo de chocolate. Fiquei mais aliviada quando Diana falou que tomaria os levaria para a escola hoje e os buscaria, minha prova se inicia às sete e termina ás onze horas.

Já são 06h34 min como apenas uma maçã, deixo um beijo rápido nas crianças e me dirijo pra fora de casa.

- Olívia!

Ouço a voz de Joseph atrás de mim assim que me coloco ao lado do carro.

- Sim. algum problema?

- Não, não. Eu apenas quero desejar boa sorte! - ele me diz e coloca algo na minha mão. - Você vai conseguir!

Ganho um abraço carinhoso, ele acena enquanto ganho as ruas com Fred na direção do carro. Desembrulho o pequeno pacote preto de ceda e fico impressionada com o que vejo. É uma caneta preta com detalhes dourados, nela tem escrito Olívia Parker!

Sorrio.

Deixo o carro quando chegamos em frente ao prédio da Universidade. Fred me deseja sorte e vai embora me dizendo que as onze estará aqui a minha espera, o agradeço pelos seus serviços.

Está de frente para o meu sonho, de frente lara o lugar que mudará a minha vida, me trás sensações maravilhosas. Respiro fundo e me coloco em movimento adentrando o prédio.

Há várias pessoas pelos corredores, procuro a sala em que irei ficar e me acomodo em uma cadeira perto da janela, na segunda fileira do lado esquerdo, dando-me vista para o jardim que há dentro da Universidade.

Às pessoas começam a tomar seus lugares, o que era uma sala vazia agora está lotada por jovens. Não os vejo como uma ameaça, mas sim, como pessoas lutando por sonhos. As provas são postas em nossa mesa, e me vejo engolir em seco, o medo de dar algo errado me atormenta mais do que nunca.

Tento lembrar das palavras de Christopher, do incentivo de Diana, dos olhos orgulhosos de minha mãe. Pego a caneta que Joseph me deu e a uso para dar início a esse sonho. Eram 10h48 minutos quando entreguei a prova, saí da sala e resolvi dar uma volta pela faculdade, conhecer o ambiente. Fiquei impressionada com a estrutura oferecida, é incrível.

Fred está de pé em frente ao carro, sua expressão sisuda me deixa de orelha em pé. Apresso os passos já sentindo uma sensação estranha me envolver.

- O que aconteceu? - pergunto curiosa.

- O senhor Joseph a espera em casa. Espero que tenha tido uma boa prova, Olívia!

Ele abre a porta do carro para que eu entre, e assim faço. Quando chegamos de volta a mansão, desço as pressas do carro sem ao menos agradecer Fred.

Abro a porta cautelosamente, Joseph está sentada com o neto no colo. Diana está chorando sentada no sofá a frente, o ar parece faltar os pulmões nesse momento, forço as pernas a proseguirem. Quando eles notam a minha presença, Josh me olha choroso e sei que algo de muito ruim aconteceu aqui.

- Onde está Flora? Porque ela não está aqui com vocês? - pergunto passando os olhos pela sala, eles permanecem calados sem a menor intenção de falarem algo. - Josh cadê sua irmã?

- Uns homens a levaram, mamãe!

Meu pequeno me conta, busco o olhar de Diana e a mesma apenas confirma com um breve balançar de cabeça.

- Quem tipo de homem? - engulo em seco. Um sequestro? Não, me recuso a aceitar essa hipótese. - Do que estão falando? Será que dar pra ser mais claro? Eu não estou entendendo. Onde está a minha filha?

- Um oficial de justiça junto com uma assistente social vieram buscá-la está manhã. - arregalo os olhos e caio de joelhos no chão. Diana corre para me ajudar, as lágrimas caem de meus olhos e puxo o ar com dificuldade.

- O juiz reconsiderou a liminar que dava a guarda provisório a Christopher, ele acha que meu filho sendo acusado de um crime não é uma pessoa apta para cuidar de uma criança.- disse Joseph, cabisbaixo. - Eu sinto muito, Olívia!

Fito o chão gélido ainda sobre o olhar penoso de Diana, respiro fundo e volto a olhá-lo.

- Joseph! Faça alguma coisa... Por favor, use a sua influência, seu dinheiro, qualquer coisa, mais traga minha filha de volta.

A dor em meu peito apertou com força, minha visão foi ficando turva, vi o borrão do rostinho angustiado de Josh ainda nos braços do avô me chamando, mas tudo parecia ter pedido a cor, minha cabeça rodou, foi quando tudo ficou escuro e não lembro de mais nada.

#BoaTarde

Olha eu aqui com mais um capítulo pra vocês, espero que tenham gostado. Haha!

Bom, só teremos capítulo novo na sexta-feira agora. Infelizmente, eu não estou conseguindo encontrar tempo no meio da semana pra escrever, mas no fim de semana eu volto. ❤

Em busca do amor (CONCLUÍDO) Onde histórias criam vida. Descubra agora