Capítulo - 61

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Coragem! Sempre foi algo que tive de sobra, inclusive muitas vezes movida pela minha curiosidade aguçada, mas hoje estou percebendo que não sou tão corajosa quanto pensei, pois estou há exatos 15 minutos no closet tentando decidir se o que irei fa...

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Coragem! Sempre foi algo que tive de sobra, inclusive muitas vezes movida pela minha curiosidade aguçada, mas hoje estou percebendo que não sou tão corajosa quanto pensei, pois estou há exatos 15 minutos no closet tentando decidir se o que irei fazer é o certo ou se não estarei passando a imagem de uma mulher oferecida e vulgar.

Depois que Christian e Richard se juntaram a nós na sala, alguns minutos depois, Carrick desceu, e logo foi anunciado que a mesa estava posta e como todos os dias, jantamos numa harmonia gostosa, com conversas sobre tudo e nada ao mesmo tempo e claro, com Caleb implicando os irmãos, o que percebi ser o seu passatempo preferido e fiquei muito feliz em ver que Christian não fechava o semblante para o irmão gêmeo, claro que mais contido que os outros dois, mas igualmente leve e completamente à vontade por estar com a sua família.

Quando retornamos para a sala de estar, após o jantar, Christian recebeu uma ligação de um funcionário do Estaleiro – o que descobri que o local nunca para, funcionando dia e noite – e precisou subir para resolver algo de um projeto que estava em início de execução e eu fiquei mais um pouco conversando com Grace, logo depois que Caleb disse que sairia, pois à noite o aguardava, o que revirei os olhos imaginando o que ele iria fazer, ainda mais por ver seu sorriso malicioso e como sempre debochado. Até que decidi subir para o quarto, encontrando o meu namorado de banho tomado e cabelos molhados e muito concentrado em seu computador, o que me fez engolir em seco por vê-lo apenas com uma calça de pijama e sem camisa, me fazendo correr para o banheiro com o coração acelerado.

Porém quando saí do banheiro, eu estava mesmo decidida a ser um pouco mais ousada e quem sabe dar um passo a mais no nossa relação, mas depois de ficar encarando a minha imagem no espelho e ver a calcinha minúscula, o sutiã que deixou meus seios maiores por baixo de uma camisola em renda com mangas compridas, abertura frontal que a cada passo que eu dava, deixava as minhas coxas a mostra, tendo uma fita de cetim amarrada na cintura, ambos na cor rosa salmão, está me deixando muito insegura e nervosa.

Eu sei que Christian é um homem experiente e que estava acostumado a se envolver com mulheres que imagino que eram lindas – o exemplo é a Vanessa, que é uma mulher muito bonita, não vou negar – e por essa razão a insegurança está me assolando a ponto de querer me trancar nesse closet ou apenas vestir os meus pijamas de algodão e deixar a vergonha passar, mas por outro lado, nunca tive baixa autoestima e eu sei que também sou bonita, mas isso não quer dizer que a beleza seja o suficiente para suprir a inexperiência.

– Ana! Você está bem? – Coloco a mão na boca para abafar um grito do susto que levei ao ouvir a sua voz na entrada do closet e me apresso a respondê-lo antes que ele entre e me veja sendo uma covarde.

– Estou sim. Estou saindo, me dê apenas um minuto.

– Tudo bem. – Não ouço seus passos, pois ele estava descalço, mas sei que retornou para o quarto e suspiro, um pouco mais aliviada.

Volto a me encarar no espelho e vejo que meu rosto está mais vermelho do que se eu tivesse passado algo para dar cor nas bochechas, pego o meu perfume e passo apenas nos pulsos, pois o meu corpo já foi hidratado e perfumado com óleo de banho e segundo Pietro, nunca devemos passar perfume para provocar o namorado, pois o sabor não é nada agradável, bom, não sei exatamente o que ele quis dizer com isso, mas creio que não demorarei a descobrir.

Coincidências do Destino - Livro 1 - Série DestinosOnde histórias criam vida. Descubra agora