Capítulo - 34

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Depois de conversar com Caleb sobre as minhas suspeitas em relação ao nosso irmão e a Ana, acabei pegando no sono no sofá da sala, acordando no fim da tarde com meus pais retornando para casa

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Depois de conversar com Caleb sobre as minhas suspeitas em relação ao nosso irmão e a Ana, acabei pegando no sono no sofá da sala, acordando no fim da tarde com meus pais retornando para casa. Eu nem havia percebido o quanto estava cansado e sendo sincero, eu não posso criticar o Christian por trabalhar tanto, sendo que eu também faço o mesmo, porém diferente dele que usa isso como um meio para continuar se afastando, eu não abro mão de passar a maior parte do tempo possível com a minha família.

Eu sei que é inevitável e um dia, os meus irmãos seguirão com a vida deles e formarão suas famílias e que talvez nem queiram construir no terreno que o nosso pai deu a cada um deles – da mesma forma que eu tenho o meu – aqui no condomínio e que eu não os verei com tanta frequência como agora, da mesma forma que eu sei que muitas pessoas acham estranho o fato de nós três continuarmos a morar com nossos pais e, que o meu amigo Luke não perde a oportunidade de me perturbar por esse motivo, dizendo que eu, com quase 30 anos ainda fico na "barra da saia da minha mãe", mas o que eles não entendem é que para mim, a minha família é muito importante e na profissão que eu escolhi seguir, cada minuto que eu passo ao lado deles nunca será o suficiente, pois não sei se caso eu saia numa missão eu serei capaz de retornar para casa.

Eu sou muito realizado com a profissão que eu escolhi para ser minha, mesmo tendo a minha Empresa como sempre almejei, mas há situações que podem fugir do controle, principalmente quando precisamos... Bom, por enquanto é melhor não falar sobre isso e deixar todos acreditarem que sou apenas um Engenheiro da Computação e Gestor de Segurança Privada, até mesmo porque não pretendo deixar os meus pais e irmãos preocupados se por ventura eu precisar me ausentar, mas enfim, se antes eu sempre valorizei esses momentos em família, depois de ver o quanto a vida é inconstante, valorizo ainda mais e por vezes eu acredito que os meus irmãos possam achar que eu seja muito superprotetor, mas eles são os meus pirralhos – mesmo que sejam homens feitos – e são o que eu tenho de mais valioso nessa vida e quanto eu puder, estarei ao lado deles sempre.

– Filho! Está tudo bem? – Assusto-me com meu pai tocando o meu ombro e sorrio.

– Está sim, Pai, um pouco cansado, mas está tudo bem. – Ele assente e se afasta para sentar no sofá a minha frente. – Onde está a Mamãe?

– Foi na cozinha ver com a Lola como está o andamento do jantar. – Assinto e sorrio por saber que minha mãe nunca abandona a cozinha, mesmo tendo a Lola há tantos anos conosco. – E como foi hoje, com a Ana? – Eu suspiro e me levanto caminhando até o bar da sala.

– Apesar de ser um momento triste, foi tudo bem. – Entrego um copo para ele e volto a me sentar. – Eu fico pensando o quanto a vida pode ser traiçoeira, pois num minuto tudo está bem e de repente, podemos não estar mais ao lado das pessoas que amamos.

– Eu entendo o que você está dizendo, Filho, principalmente quando estou no Centro Cirúrgico com o peito de um paciente aberto, sabendo que a vida dele naquele momento depende da ciência, confiando sua vida nas mãos de um completo estranho, mas por outro lado, sabemos que antes de tudo, ele não abandona a sua fé, mantendo a esperança que acordará para poder ver um novo amanhã. – Ele bebe um gole da sua bebida e suspira. – E infelizmente, alguns não conseguem sair da mesa de cirurgia para poder ver o amanhã como tanto esperou.

Coincidências do Destino - Livro 1 - Série DestinosOnde histórias criam vida. Descubra agora