Capítulo 3

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Espero que esse capítulo seja o bastante para distrair a sua cabeça por pelo menos um tempinho. E eu vou tentar me manter motivada também.

Boa leitura <3



Nos primeiros dias de casamento, Jimin se deu conta do quanto Jeongguk era ocupado. Ele saía de casa junto com o Sol nascendo e apenas retornava perto do crepúsculo.

Foi surpreendente que, apesar de casado, a rotina dele ainda era quase a mesma. Jimin ainda se ocupava das tarefas domésticas — como fazia nos últimos três anos desde que passara a morar sozinho —, com a diferença que havia mais bagunça e menos comida com duas pessoas vivendo juntas. Jeongguk não dispunha de muito tempo livre, mas ele fazia o possível para deixar as coisas organizadas e ajudar Jimin mesmo que estivesse exausto no final do dia.

Jimin não fazia questão. Ele não tinha um trabalho de verdade, então, além de pintar e passear com Taehyung e Yoongi, não havia muito para mantê-lo ocupado. Era satisfatório cozinhar, embora em porções maiores, e sair para fazer compras para a casa.

Ele sequer imaginava as dificuldades de estar na carreira militar. Todos aqueles dias Jeongguk sorria para ele ao abrir a porta da entrada, agradecia pela refeição e depois arrumava toda a bagunça na cozinha. Jimin achava difícil de acreditar em tamanha disposição — ou energia — mas era Jeongguk. O mesmo Jeongguk que sempre dava o seu melhor, que o fazia sorrir na infância.

No terceiro dia de casados, Jeongguk o levou para passear no extremo oposto da cidade. A área era urbana, mas havia mais comércio do que conjuntos de apartamentos.

Eles pararam na frente de uma padaria com vitrines de doces e pães suculentos. Quando o sino da porta anunciou a chegada dos dois, uma beta voou até o pescoço de Jeongguk e o abraçou. Não levou muito tempo para que Jimin identificasse Jeon Jungwon.

— Boa tarde, cunhado. — ela disse para ele com um sorriso do tamanho da Lua. — Vocês querem pedir alguma coisa? É por conta da casa.

Outra beta estava atrás do balcão. Ao contrário de Jungwon, com um rabo de cavalo que alcançava quase sua cintura, Doona possuía um corte chanel simétrico. Jimin se lembrava de ter conhecido Doona no casamento, mas ele ainda não a conhecia bem para criar uma opinião forte. Tudo o que ele sabia era que a beta era alegre e adorável.

Ele se aproximou do balcão com um mostruário de doces que parecia infinito. Jimin sempre tivera um fraco para doces — e Jeongguk era alguém ciente disso.

Doona os cumprimentou com o mesmo entusiasmo — com exceção do abraço sufocante.

— Os biscoitos acabaram de sair do forno.

Jimin salivou olhando as gotas de chocolate ainda meio derretidas. Sem perceber, as palmas dele estavam coladas no vidro.

Jungwon apoiou o cotovelo no balcão.

— Meu irmão veio me visitar, então esse é um dia de sorte. Nós deveríamos fechar a loja e bater um papo.

— Não se incomode. — Jeongguk disse, chegando perto de Jimin. — Nós só viemos dar uma volta.

Os olhos de Jimin continuaram a percorrer as guloseimas, até que pararam em uma fileira de bolos confeitados.

— Vocês fazem bolos? É uma pena que eu só saiba da sua padaria agora, Jungwon...

A beta lançou um olhar assassino para o irmão.

— Pelo visto o Jeongguk fala muito sobre mim. Mas não se preocupe, Jimin. A festa estava perfeita, o que inclui a comida.

Tudo o Que For Meu  |  jikook ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora