Capítulo 4

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não consegui postar na terça... mals aí <3




Jeongguk teve um dia prazeroso no trabalho. Ele escutou diversas vezes congratulações sobre sua nova patente e, no geral, apenas ver o respeito nos olhos de seus colegas era gratificante. Ele tinha muito o que agradecer ao general Park. Não apenas pela promoção, mas também por Jimin. Ele teria focado em trabalhar se não fosse pelo ômega constantemente em sua cabeça, fazendo as conquistas parecerem menos relevantes do que eram.

Depois de organizar seus pensamentos, Jeongguk soube que deveria orgulhar o alfa que era como um segundo pai para ele. Deveria ser o melhor marido possível para Jimin e, assim, poder recompensá-lo por sua confiança e pelo plano que uniu os dois.

E se para Jimin ser um bom marido significava ser um bom parceiro em todas as áreas da vida de casados, então Jeongguk estava disposto a ceder — tanto aos desejos do ômega quanto aos dele próprio.

Conversar com Taehyung o ajudou a enxergar o casamento por outros olhos. Antes, ele pensava que não só consumar o casamento como também manter uma relação sexual ativa com Jimin era de algum modo uma traição para a promessa que ele fizera ao general Park.

Mas casar envolvia vários níveis de intimidade. E se Park Eunwoo ofereceu a mão do filho, ele estava ciente de todas as implicações por trás da proposta.

Dar prazer a Jimin não era errado.

Sentir prazer com ele não era errado.

Errado seria privar Jimin de ter uma vida matrimonial comum, como ele havia sonhado, privá-lo de sentir-se desejado. E Jeongguk o desejava.

A viagem de volta para casa foi tediosa. Ele bateu o pé no piso do transporte público o tempo inteiro, provavelmente incomodando a beta idosa sentada ao lado dele.

Antes de abrir a porta, Jeongguk rezou para que Jimin estivesse em casa. Ele não aguentaria ter de adiar aquela reconciliação nem mais um minuto.

E ele não precisaria.

Jimin estava deitado no sofá, o rosto enterrado na almofada que vinha sendo o travesseiro de Jeongguk nas últimas noites. O ômega estava vestido no mesmo robe de cetim que havia usado para torturar o beta no decorrer do final de semana. O tecido era fino o bastante para os olhos de Jeongguk conseguirem discernir o desenho da roupa íntima de Jimin por baixo.

Se ele já não estivesse determinado a se desculpar, aquela imagem o teria convencido.

Jeongguk não era um homem forte quando se tratava de Jimin. Na verdade, a motivação dele para resistir a Park Jimin era igual a zero.

Jimin não se incomodou em mudar de posição para reconhecer a presença de Jeongguk na casa. Pelo contrário, ele parecia pronto para ignorá-lo até o fim dos tempos — apesar de ter o nariz aspirando o cheiro de Jeongguk na almofada como se fosse algum tipo de droga.

Jeongguk considerou retirar o uniforme e tomar banho antes de ter uma conversa, mas ele realmente não poderia adiar o momento.

— Jimin?

O ômega resmungou, o rosto ainda enfiado na almofada.

Ao menos ele estava respondendo. Ou quase.

Jeongguk sentou no braço do sofá.

— Eu queria conversar. Tudo bem para você?

Ele nunca havia usado uma voz tão suave antes. Nem mesmo com animaizinhos de estimação ou crianças. Era surpreendentemente que Jimin despertasse nele um lado tão... inexplorado.

Tudo o Que For Meu  |  jikook ABOWhere stories live. Discover now