Capítulo 7

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Jeongguk não era particularmente bom em dar nós de gravata. Seis meses antes, caso tivesse precisado usar aquela habilidade, estaria bufando. Entretanto, lá estava ele dando um nó perfeito na gravata que complementava o terno do filhote.

O garotinho, que — assim como Jeongguk com as gravatas — havia dominado a habilidade de andar há pouco tempo, não parecia interessado em parar. Como um cãozinho hiperativo, o filhote tentava se mover a qualquer custo enquanto o pai trabalhava em suas roupas.

Do outro lado da sala de estar, Jimin listava em voz alta todos os itens que precisavam levar. Convite, as chaves, o presente, casacos... Era a segunda vez que ele confirmava se havia tomado posse de tudo o que era necessário. Apesar de tudo, ele também parecia focado no marido e no filhote — ambos bagunceiros.

Seokjin era um filhote especial. Não só porque era o filhote de Jeongguk e Jimin, mas porque, desde o dia em que pisara na residência Jeon-Park, ele havia trazido consigo uma felicidade imensurável.

Jeongguk segurou a mão do menino e juntos eles seguiram Jimin para fora da casa. Os três tinham carona para a data especial, e a carona era ninguém menos do que Kim Taehyung.

O veículo já estava ocupado pelo alfa e por Min Yoongi, então a pequena família se espremeu para caber confortavelmente no banco de trás. Seokjin não reclamou por se sentar no meio, segurando as mãos dos pais.

Apesar de não ser um conversador nato, Jeongguk já se sentia mais íntimo dos atuais melhores amigos de Jimin, de modo que os cumprimentos foram naturais e amigáveis. Por outro lado, Seokjin falava como um locutor de rádio. Jeongguk achava incrível como um filhote de poucos anos e um vocabulário tão limitado conseguia se dispor a falar tanto.

A viagem de carro durou tempo suficiente para que Seokjin discutisse sobre todas as cores que ele havia aprendido com Jimin. Amarelo era uma cor feliz, energética; rosa-claro trazia calma; vermelho era a cor da paixão, da raiva e agressividade — e Jimin estava convencido que o garotinho se tornaria um prodígio da pintura.

Jeongguk preferia achá-lo bonitinho enquanto recitava palavras e conceitos difíceis. Talvez Jimin devesse dar aulas de arte para outros filhotes. Mas Jeongguk não queria sugerir nenhuma carreira antes de estar confiante na resposta do ômega. Jimin dizia que cuidar de Seokjin em tempo integral era trabalhoso o bastante nos últimos meses, e Jeongguk se culpava pela carga horária no exército.

Filhotes davam muito trabalho e ele dificilmente conseguia ajudar Jimin — embora o ômega não reclamasse da responsabilidade. Mimar Seokjin era um passatempo perigoso nas mãos de Jimin; se os dois não estavam brincando, pintando juntos no ateliê ou se divertindo com os titios Taehyung e Yoongi, Jimin levava Seokjin para fazerem compras.

Na verdade, Jeongguk não sabia dizer qual dos dois era mais mimado.

Ele olhou para Jimin sentado do outro lado do carro, ajudando Seokjin a descer e o pegando no colo.

Jimin suspirou, apanhando o convite com a mão livre.

— Quem diria. O dia chegou tão rápido!

Jimin ainda estava tão bonito quanto em qualquer outro dia. Entretanto, sob os olhos de Jeongguk, nenhum detalhe escapava. Jimin estava exausto e nada o empolgava mais do que a perspectiva de uma festa.

Tendo passado todos os dias com Seokjin nos últimos três meses, Jimin não tivera chances de se divertir sozinho e relaxar. Esse era o significado por trás de sua euforia, sorrindo e balançando Seokjin nos braços, apesar de o filhote de quatro anos ser pesado.

Jeongguk apanhou Seokjin com um braço e segurou a mão de Jimin. A pequena família entrou dessa forma na recepção da festa, Yoongi e Taehyung seguindo atrás deles.

Tudo o Que For Meu  |  jikook ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora