Sirius Black
1981Segurei ela ali, perto do meu peito, aonde ela sempre pertenceu. Lágrimas desciam pelo meu rosto rapidamente, enquanto a sua respiração ficava cada vez mais fraca.
Ela estava inconsciente e eu, ainda desesperado, tentando me agarrar a qualquer oportunidade que seja para mantê-la viva, não sabia o que fazer.
Gritei seu nome, clamei para que ela acordasse e me olhasse nos olhos e eu pudesse tê-la comigo por mais um tempo.
Não sei como viver sem ela. Nunca aprendi como. Não quero. Simplesmente não posso...
Uma respiração rápida e lenta, entre cada vez intervalos mais e mais longos.
-Ayla... Por favor... E-Eu... Me perdoa. Eu falhei... Eu n-não consegui proteger você... É m-minha culpa...-Sussurro.
Beijei seus lábios, que antes tinham gosto de morango, agora de sangue. E senti, rapidamente, seu último suspiro bater em minha pele.
Eu vi o amor da minha vida morrer. Nos meus braços, bem na minha frente. Como se recupera uma alma depois disso?
Encaro seu corpo, frágil e delicado, como o de uma boneca, sem vida. Aperto ela em um abraço. Merlin, o abraço mais dolorido de toda a minha vida.
Tiraram ela de mim. Sem hesitação. Alguém que nós confiamos fez isso.
Peter tirou de Ayla o direito de viver. Tirou de mim o meu próprio coração. E da nossa filha, o privilégio de tê-la como mãe.
-Deixa eu ver as estrelas pelos seus olhos, Ayla. Por favor... Só mais uma última vez... Eu imploro.-Peço em vão. Sem resposta. Sem nada.
Levanto a cabeça pela primeira vez. Trouxas estão me olhando com horror nos olhos. E logo a realização me bate.
Peter não está mais ali. Têm pessoas mortas no chão além de Ayla.
O ministério vem atrás de mim. Como eu provaria que não fui eu? Peter fez questão de me jogar como culpado.
Não posso ser levado. Eu preciso cuidar da minha filha, e do Harry.
Encaro o rosto delicado da minha princesa.
-Vou cuidar da nossa filha. Ninguém vai me impedir disso. Eu prometo.- Digo em seu ouvido e deposito um beijo em sua testa.
Nada. Porra! Para de esperar que ela acorde!
-Solta ela! Monstro! Psicopata!
-Meu Deus... Ele matou tanta gente.
-Alguém pega a pobre menina dos braços desse maníaco! Assasino!
Escuto os gritos dos trouxas, aterrorizados, confusos. Revoltados.
Meu peito dói. Como nunca doeu antes. Eu a perdi. Para sempre. Acham que eu à machuquei. Perco minhas forças e junto o que me resta pela nossa Althea.
-Vamos voltar e pegar você.-Afirmo a encarando.
A deitei novamente no chão, delicadamente.
E nunca, nada me doeu tanto, quanto deixá-la para trás.
Corri. Alguns trouxas tentaram vir atrás de mim, mas fui mais rápido. Corri para um beco e aparatei.
Rua dos Alfeneiros, n⁰ 4.
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𝔸𝕝𝕥𝕦𝕞| 𝔖𝔦𝔯𝔦𝔲𝔰 𝔅𝔩𝔞𝔠𝔨 *COMPLETO*
Fantasy"A vida, as vezes, é engraçada. Ela lhe dá, e de repente te tira... e dói. Uma dor aguda, que pendura até o seu último e leve suspiro. E está tudo bem..." Ayla Scamender, estudante dos anos de 1971 à 1978 de Hogwarts, 5⁰ membro dos Marotos, e pior...