Crianças não sabem guardar segredo!

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Marinette sentia o corpo tremer por causa da ansiedade, ainda conseguia sentir as mãos de Adrien tocarem sua cintura enquanto os lábios tocavam seu pescoço; precisava de um tempo longe dele. Então, deu-se o luxo de trancar o quarto e poder tomar um banho, para então sair de casa e ver alguns amigos, estava com saudades de Alya.

Já vestida e arrumada para um dia de inverno em Paris, Marinette desceu as escadas e encontrou Tom ao lado de Gabriel no sofá. Os dois estavam entretidos com as finais de vôlei e comiam alguns amendoins junto da cerveja.

— Pai, você poderia me emprestar o carro!? — perguntou com os olhos na chave.

— Eu vou precisar do carro mais tarde, peça para sua mãe.

— Eu queria ver a Alya — respondeu sem ânimo, não queria usar o metrô.

— O Adrien pode te dar uma carona. — Gabriel comia alguns amendoins no balcão. — Ele tem algum compromisso também, acho que deve estar se trocando no meu quarto.

— Ah, eu não vou atrapalhar o serviço dele, sei que tem alguma convenção. — Tentou escapar. — Mãe, você vai usar o seu carro? — pediu esperançosa.

— Eu e Emillie vamos até a Champ-Elysee mais tarde. — Sabine percebeu o incomodo da filha.

— Eu posso te dar uma carona sem problema algum. — Adrien desceu as escadas com pressa. — Só me dizer onde.

— Quero ir também — Khalil gritou ao lado da tia.

— Hoje não, a sua prima vai sair com os amigos dela — Sabine explicou.

— Prometo que mais tarde a gente faz alguma coisa! — Marinette disse para o mais novo.

— Não, eu quero ir junto — sibilou choroso. — Você e o Adrien não podem ir juntos.

— Por que não? — perguntou para o primo e olhou de relance para o loiro, que estava extremamente elegante com o terno e o sobretudo.

— Porque eu não posso deixar vocês dois sozinhos, ele pode tentar casar com a Mari. — Khalil quase gritou, deixando um biquinho surgir. — E ele falou para mim que gosta da minha prima, não vou deixar os dois irem — Cruzou os braços em frente ao corpo.

Adrien engasgou com a fala do garoto e ouviu a risada de seus pais, que pareciam ter adorado a confissão do mais novo. Mataria aquele moleque. Não conseguiu a vergonha e se amaldiçoou por não conseguir controlar o rubor de suas bochechas, não esperava por aquilo, e muito menos pela risada estrondosa da azulada, que o encarava brincalhona.

— Khalil. — Marinette tentou parar de rir. — Eu não vou me casar com ele! A prima só precisa ir na casa de uma amiga.

— Promete? — ele pediu.

— Prometo! — Sorriu e segurou o riso.

Sabine olhava para a filha com a mão sobre a boca, não estava esperando por aquilo, seu sobrinho era sem dúvida a alegria da casa. Viu Adrien esconder o rosto e passar por todos sem dizer mais nada.

— Vai querer a carona ou não? — ele gritou da porta.

— Já vou! — Acenou para todos e correu até ele, passando pela porta, que foi fechada com força. — Então você ficou com vergonha? — riu.

— Não enche. — Colocou a maleta na parte de trás e se ajeitou no banco do motorista.

— Ah, foi engraçado! — ela riu de novo. — Nunca diga nada para uma criança, elas não sabem guardar segredo.

— Não era um segredo. — Olhou de relance para ela. — Falei que gostava de você para ver qual seria a resposta dele! — retrucou nervoso.

— Então não gosta? — Marinette tombou a cabeça.

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