Marinette estava de volta à Paris. Seus pais tinham preparado um monte de coisas para ela, que já estava jogada no sofá ao lado de Khalil. O menor abraçava a prima com força e sorria abertamente por não ter que ver Adrien ao lado e muito menos pensar em dividi-la, era um paraíso.
— O Adrien te deu férias? De novo? — Emillie perguntou curiosa.
— É, eu ajudei bastante com a conferência e ele me deu o resto das férias, tenho um tempinho bom.
— E ele não veio junto por quê? — a loira perguntou desconfiada.
— Porque não quis. — Deu de ombros e voltou a prestar atenção na televisão.
A Dupain sabia o que ela queria ouvir, mas não diria com tanta facilidade. Abraçou o primo e se espreguiçou com um bocejo longo, era como se estivesse no céu. Não precisava ouvir Félix, nem os gritos de Adrien e muito menos as indiretas do pessoal do setor de marketing, estava nas nuvens.
— Pelo menos vai poder passar o resto das férias aqui — Sabine disse animada. — Alguém precisa me ajudar com os doces do fim de semana.
— O intuito não era eu ficar sem fazer nada, mãe? — bufou.
— Com sua mãe por aqui? Nunca — Tom riu. — Hoje é o último dia dos Agreste aqui em Paris, ela vai fazer comida para um batalhão.
— E o Khalil? — Olhou para o primo. — A tia vem buscar ele amanhã?
— Tá querendo se livrar dele, filha?
— Não! — Marinette olhou para ele, que a encarava curioso. — Foi só uma pergunta.
— Ela quer a cama só pra ela, é isso — Gabriel zombou.
— Eu não vou embora! — Khalil fez bico.
— Será que vocês podem parar de falar essas coisas? — não queria ouvir a birra dele.
— Vish, mal humor — Emillie comentou.
— Mas... — Ia retrucar, porém parou. — Esquece, acho que vou tomar um banho e desfazer as malas.
Subiu para o quarto antes que alguém falasse algo, assim fechando a porta e impedindo que Khalil pudesse entrar, só queria um pouco de privacidade. Suspirou feliz por finalmente estar sozinha, iria demorar horas no banho, e depois se jogar na cama, conseguia sentir as pernas latejarem pelo voo cansativo.
Abriu a mala para pegar suas coisas e percebeu ter uma carta, a qual não estava ali antes de sair. Sorriu por saber de quem era, Adrien tinha dado uma carona até o aeroporto e provavelmente teria deixado isso junto. Abriu o envelope e viu a folha, assim desdobrando e vendo estar em branco.
— Mas que merda é essa? — Franziu o cenho e viu a letra miúda no fim ada folha. — Olha pra esquerda? — leu em voz alta e olhou para a porta fechada.
Sentiu-se tentada a abrir, era uma pegadinha do loiro ou uma carta posta por alguém da casa? Não sabia, mas sempre foi curiosa o suficiente para cair em qualquer tipo de brincadeira. Saiu de perto da mala e ouviu os passos na madeira, seguidos das risadas estridentes de Emillie, que provavelmente estaria envolvida nisso.
Puxou a maçaneta com o que já passava por sua cabeça, sabia o que veria se abrisse. Empurrou a porta e viu os olhos espantados da loira, que parecia ter visto um fantasma, assim empurrando Adrien para frente, enfiando o filho dentro do quarto ao lado.
— Mas que caralho, Marinette! — Emillie bufou. — Você não ia tomar banho?
— Isso foi você? — Franziu o cenho, mostrou a folha e olhou para o outro quarto.
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Férias (in)desejadas
قصص الهواةMarinette e Adrien nunca conseguiram ter uma convivência pacífica no trabalho, e para a felicidade da azulada suas férias estavam prestes a começar. Mas por azar do destino o loiro também tinha algo planejado; teriam que aprender a dividir o mesmo q...