[16] A porra do encontro

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#ReginaGeorgeJaponesa

Tzuyu precisou de alguns minutos para saber onde estava e seu próprio nome foi esquecido após acordar lentamente de um dos mais gostosos que teve em anos.

Resmungou baixinho, trocando de posição na cama e se enrolando ainda mais nas cobertas. A leveza em seu corpo deixava tudo melhor, totalmente relaxada. Por quê? Nem disso se lembrava.

Ah. Verdade. Dedos. Lá embaixo.

Abriu os olhos e piscou algumas vezes, se virando de barriga para cima e procurando por Sana ao redor do bunker. Para sua surpresa, não achou nem ela e nem Butter. Mas uma música baixa vinha da vitrola em cima da mesa ao lado da cama, uma daquelas músicas antigas e, em sua opinião, péssimas que Sana amava.

Bocejou e se espreguiçou, as memórias voltando de uma só vez para sua mente recém desperta, a deixando envergonhada, de repente ciente de que usava somente a blusa do dia anterior e sua calcinha. Sentou-se rapidamente e vestiu o short encontrado dobrado na ponta do colchão.

Ouviu passos e o barulho inconfundível das patas de Butter se arrastando no chão, logo o labrador animado estava em cima de si, lambendo seu rosto.

— Ei, filho. — cumprimentou preguiçosamente, afastando a língua áspera de Butter e o fazendo deitar sobre suas pernas para mantê-lo quieto. — Também te amo.

Seus olhos foram atraídos para Sana se aproximando da cama toa inexpressiva, como de costume. Usava roupas casuais, mochila nas costas e carregava duas sacolas em mãos, Butter também estava com o peitoral da coleira, eles deviam ter acabado de voltar de onde quer que tenham ido.

— Ei. — sua voz saiu definitivamente mais rouca do que esperava.

Sana sorriu fechado, sentando ao seu lado.

— Ei. Como você está?

— Bem, eu acho.

A Minatozaki assentiu e franziu o cenho, voltando os olhos para frente e assim ficando por alguns segundos até se levantou e foi em direção a mesa, onde deixou as sacolas e a mochila.

Clima estranho, porém justificável. Tzuyu achava que elas não sabiam realmente como agir depois do que aconteceu ontem.

Suas bochechas formigavam só de lembrar das sensações sentidas, e também de vergonha, porque talvez tenha se empolgado um pouquinho e se perdido na própria onda do prazer. Será que Sana a achava agora uma escandalosa emocionada?

— Vem cá. — ela chamou, ainda de costas para si na mesa ao lado.

Pensou em recusar, tentada a voltar a deitar e dormir pelo resto do dia. Esfregou o rosto mais uma vez e colocou os pés no chão, sentindo um arrepio correr a espinha com o frio da madeira. Puxou uma das quatro cadeiras da mesa e sentou-se, observando confusa o que Sana fazia.

Ela tirou duas tigelas e uma caixa de cereal da mochila, pegou uma garrafa de leite da sacola e começou a encher ambos os recipientes.

— Você precisa comer alguma coisa. — justificou baixinho, misturando os cereais coloridos no leite com uma colher vinda da mochila.

— Você saiu pra isso?

Sana confirmou com a cabeça, tampando a garrafa de leite e indo até o frigobar do outro lado do bunker, voltando e se sentando de frente para Tzuyu na mesa.

— Você não comeu nada ontem o dia inteiro e gastou energia demais antes de dormir. — Tzuyu sentiu as bochechas queimarem por saber exatamente ao que ela se referia com gastar energia. — Se não comer nada, vai desmaiar e morrer.

Aulas Para (com certeza) VirgensOnde as histórias ganham vida. Descobre agora