Capítulo 11

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Alice.

     Suspiro com isso, deixando meus pensamentos de lado e me levantando para almoçar junto a todos, a concha soou alto como todos os dias e eu me sentei ao lado de Dionísio para irrita-lo, meu passatempo preferido. Eu logo volto para o quarto, discando o número da minha tia.

Ligação on:

Alô?.

Tia?- chamo querendo chorar.

Alice? A minha princesa, como você está?- pergunta com a voz chorosa também.

—Eu estou bem e...

—Pelos deuses querida, me desculpe por não falar nada, eu não podia- me corta.

—Tudo bem, eu acho-murmuro- a tia, é tudo tão confuso- suspiro.

Eu sei meu amor, eles estão cuidando bem você?- pergunta procupada.

—Bem? Eles são insuportáveis, eu tenho três irmãos homens extremamente arrogantes e três mulheres calmas, mas que puxam o saco deles!- reclamo e escuto sua gargalhada.

Eu prometo te ligar denovo Ali, mas eu preciso ir trabalhar, não posso ser mandada embora por mais um atraso- suspira- eu te amo minha princesa, quando as férias de verão acabarem, espero que volte para casa.

—Pode deixar tia, não vai se livrar de mim tão cedo- digo baixo e escuto o som como se me mandasse beijo, logo desligando.

—Alice!- Dionísio exclama abrindo a porta do meu quarto com tudo, me dando um enorme susto.

—Dionísio!- grito assustada- bata na porta! E se eu tivesse me trocando!?.

—Tá tá, seus irmãos querem você de volta no Olímpo, vamos logo antez que Zeus decida atirar um raio em mim- diz mal humorado, reviro os olhos.

—Eu acabei de chegar!- reclamo.

—A queridinha, isso você vê com eles- diz fazendo um movimento com as mãos, logo tenho em minha visão o Palácio do Olímpo, me fazendo respirar fundo.

        Aproveito esse tempo para conhecer mais o lugar, andando por tudo e abrindo cada porta, exeto a do corredor em que os quartos ficavam.

—Oquê você está fazendo?- escuto levando um leve susto.

—Qual é a tara de vocês em darem sustos!?- pergunto com a mão no peito- não faça mais isso Hermes, Dionísio quase me matou do coração hoje.

—Desculpe, não era minha intenção- sorri para mim.

—Eu estava vendo o lugar sabe? Mas estou tão entediada que não tem mais nada para ver- bufo.

—No final do corredor tem a sala de treinamento, pode se destrair lá- sugere - mas ninguém a usa muito, normalmente somente Ares está por lá, vive mexendo em sua moto.

—Melhor deixar quieto, ele é insuportável, até mais que meus irmãos- reclamo- se bem que....

—Alice...

—Vai ser legal irrita-lo se ele estiver lá- começo a andar- obrigada Hermes!- faço um coração para ele.

           Ando até o final, abrindo a porta calmamente para ver se tinha alguém. Como Hermes havia dito, Ares estava em um canto mais afastado sentado em um banco enquanto mexia em uma moto na sua frente, deuses dirigiam?.

—O que quer aqui Alice?- escuto ele perguntar sem me encarar.

—É, an, nada- digo o encarando e ele revira os olhos- talvez eu esteja com a consciência pesada, me desculpe pela Clarisse, não foi de propósito.

—Eu sei, seus irmãos que mandaram que te irristasse- diz grosso,  abro a boca indignada- se você for dar showzinho saia daqui.

—Eu não vou dar "showzinho"- digo fazendo aspas com os dedos.

—Então pode ir embora- completa.

—Não, oquê está fazendo?- pergunto me aproximando, escutando ele suspirar.

—Você tem olhos, sabe oquê estou fazendo- responde.

—Grosso!- exclam cruzando os braços, vendo um sorrisinho se formar no canto de sua boca, então eu entendi oquê ele havia pensado, fazendo minha bochechas corarem e ele me encarar pela primeira vez.

—Oquê foi Alice? Você está da cor do seu cabelo- pergunta revirando os olhos.

—Nada- viro meu rosto, vendo que ele passava alguma coisa para deixar a moto brilhante- se vocês podem ir a onde querem e a qualquer momento, por que precisa de uma moto?.

—A moto me leva para os lugares Alice, não tem graça apenas aparecer nos lugares- responde.

—Que divertido!- digo encarando.

—Alice diga logo o que quer ou vá embora, ontem eu te enforquei e agora você está tentando uma conversa.

—Idaí? Mágoas passadas- rebato- não que isso te deixou menos idiota, porém eu só estou sem nada para fazer, meus irmãos querem me prender aqui como se eu fosse propriedade deles- bufo frustada.

—Eles mandam em tudo aqui, teoricamente em você também- diz se levantando.

—Mas isso é cansativo- murmuro já odiando essa maneira que eles me tratavam.

—Veio falar com a pessoa errada, eu não posso fazer nada- repete guardando a moto e eu o encaro.

—Você seria interessante se não fosse irritante e insuportável.

—E quem disse que eu quero que você tenha interesse em mim?- pergunta cínico.

—Hum, como eu disse insuportável- me levando saindo da sala.

         Volto a andar e paro no jardim, me sentando e respirando fundo.

—Ali- escuto a voz de Héstia e vejo a mesma se sentando ao meu lado- o que aconteceu?.

—Vocês estão praticamente me prendendo aqui, seria difícil me deixar ficar no acampamento, estão me tratando como se eu fosse uma criança descontrolada!- reclamo.

—Tenha paciência querida- pede segurando em minha mão-nossos irmãos, bem, nunca foram muito afetuosos.

—Mas....

—Só um pouco de calma Ali- pede novamente- eles vão ver que isso não vai te fazer bem, eles apenas querem ser bons com você, mas é complicado visto toda a história de todos.

—Eu só queria que isso não estivesse acontecendo- murmuro.

—Eu vou sempre te ajudar querida, eles logo mudam de idéia- sorri para mim, se levantando dali.

          Respiro fundo novamente, eu iria ficar fazendo oquê aqui?.

Alice- Uma Nova Deusa no OlímpoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora