Capítulo 27

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     Demorei, mas postei. Por favor gente, comentem muito nos capítulos!

    Deus, eu vi essa imagem e me veio à Alice com vestes gregas.
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Alice.

—Era isso?– pergunto respirando fundo e mostrando a joia para meu irmão.

—Sim, obrigada– agradece pegando a joia da minha mão.

—Pelo amor, não me peçam mais nada hoje, eu vou desmaiar na minha cama– reclamo indo para meu quarto.

Me jogo na minha cama pensando em tudo que havia acontecido hoje, pai, pai, pai. Era tudo que rondava minha cabeça.

—Alice, Alice, você não tem um pai!– repito para mim mesma– ele é um ser insignificante para você, agora você tem sua mãe– sussurro segurando as lágrimas– você nunca precisou de um pai, você precisa dele agora, pensa nos seus irmãos, eles se importa— murmuro freneticamente, sentindo meu coração começar a acelerar e a dificuldade de respirar começar.

—Você fica horrível chorando– escuto uma voz grossa dentro do quarto e logo uma toalha é jogada em meu rosto.

—Por favor Ares, hoje não– murmuro engolindo em seco, sentindo cada vez mais dificuldades de segurar o choro.

—Não vale a pena chorar por Crônos, até porque lágrimas não vão mandá-lo de volta para o tártaro– continua a falar, se encostando no batente da porta.

—Eu não estou chorando– murmuro apertando minhas unhas na palma das mãos– se veio rir ou sei lá, me encher, pode ir embora.

—Cala boca garota, estou tentando não ser ignorante com você– ele diz tentando não soar grosso.

—Eu não pedi para ser menos ignorante comigo– rebato mordendo meu lábio– só vai embora Ares, se foi pelo que aconteceu no beco, pode tentar o prêmio de tirar minha virgindade outro dia.

—Se quisesse tirar a virgindade de alguém, pode ter certeza que não estaria aqui– ele se aproxima, se jogando ao meu lado na cama– me incomoda ver você... dessa maneira.

—Uau, está descobrindo oque é solidariedade?– ironizo limpando uma única lágrima que havia escorrido.

—Talvez– fala apenas, deixando um silêncio enorme no local– se contar para alguém que estou tentando ser "legal" com você, corto sua língua fora.

—Vai me esquartejar? Estou morrendo de medo– reviro os olhos, sentindo minha respiração se acalmar aos poucos.

—Não devia se importar tanto com Crônos.

—Falou o filhinho preferido dos pais– rebato revirando os olhos.

—Zeus não é um bom pai Alice, nem Hera é uma boa mãe– ele solta uma risada anasalada– Minha mãe é controladora e se não fizer as coisas da maneira dela, ela surta, e Zeus, bem, você sabe.

—Ter nascido em uma família normal seria bem mais fácil– suspiro virando o rosto para ele, que encarava o teto– não achei que se importava com isso.

—Não me importo– responde– mas é para você saber que todos ali dentro não tem tanto afeto quanto gostariam.

—Está confuso, minha mãe e.... Na verdade tudo, eu acabei de fazer dezoito anos– choramingo fechando os olhos– não queria já estar passando por tudo isso.

—Toma, sei que gosta disso– ele diz e abro meus olhos, vendo um pote de sorvete na minha frente.

—Sorvete de creme– digo abrindo um enorme sorriso– como sabe que eu gosto?

—Eu não sei, apenas gosto disso também– fala sem me encarar, abro um enorme sorriso.

Ele estava tentando me animar, mas não sabia como fazer isso e essa era uma de suas tentativas.

—Obrigada– agradeço ele, sem me conter abro meus braços, lhe dando um enorme e apertado abraço– fico feliz que esteja tentando me animar.

—Você é feia chorando– completa, solto uma gargalhada.

—E queria oque? O rosto incha, fica vermelho, é óbvio que eu fico feia– me separo dele, sentando de volta na cama e pegando o pote de sorvete nos braços– sorvete cura qualquer coisa– suspiro enquanto uma colher surge em minha mão– sabia que uma vez eu tentei ser modelo?– pergunto colocando uma colher cheia na boca– mas desisti depois que me passaram a dieta que teria que seguir.

—Você não engorda mais que isso, seus poderes mantém você com um padrão de corpo, pode comer um boi inteiro e vai continuar assim– franzo o cenho.

—Como você sabe disso? Você já comeu um boi!?– pergunto surpresa.

—Já– arregalo os olhos– ficaria supresa de descobrisse o tanto que deuses comem, Alice.

—Que horror, me culpo por horas em frente ao espelho quando como demais– dou risada– mas já que é assim, toma um pouquinho também– enfio a colher cheia de sorvete em sua boca, vendo ele me encarar como se fosse maluca.

—Maluca– sussurra limpando a boca.

—Alice não faça isso, pode irritar o senhor da guerra– escuto uma vozinha sussurrar em meu ouvido, quase me engasgo com o sorvete lembrando da Stella.

—Fica tranquila Stella, esse late e não morde– sussurro de volta.

A pequena ninfa arregala os olhinho, mas solta um sorriso seguido de um suspiro apaixonado.

—Vocês se gostam– sussurra para a ruiva– MEUS....

—Agora não Stella!– exclamo a segurando dentro da minha mão– por que não vai achar o panqueca pra mim, hum?

—Sim senhora– confirma com um sorriso enorme no rosto, saindo voando do quarto.

—Você acha que....– paro de falar, assim que percebo estar sozinha no quarto– você me deixou sozinha Ares!? Eu estava gostando da conversa!

Alice- Uma Nova Deusa no OlímpoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora