Capítulo 8

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"-Olá Min, eu sou a doutora S/N... Vou ser sua médica a partir de hoje."

Já fazia uma semana que havia proferido essas palavras.

Ela passou esse tempo com medo que Yoongi a atacasse, por isso nos primeiros dias não entrava sozinha no quarto, mas acabou tendo que desistir desse luxo, os enfermeiros não eram seus seguranças afinal.

Ela estava feliz no entanto.

Seus pacientes estavam indo bem, respondendo aos tratamentos e sem crises.

SunHee, do 6117 se encontrava estabilizada e aos poucos se mostrava mais aberta a conversar.

Ela ainda não havia dito o que causou sua tentativa de suicídio e era isso que s/n estava disposta a descobrir.

Em sua casa porém as coisas estavam um tanto estranhas.

Ela sentia Hoseok mais frio que o normal, não que o amigo tenha lhe tratado de forma rude ou algo assim mas ela havia notado o afastamento em pequenas coisas, por exemplo o fato de ele não a abraçar quando dormiram juntos na terça feira, ou ele não ter ido dormir com ela na quinta quando ocorreu uma grande tempestade com raios e trovões, exatamente do jeito que ela sabia que ele tinha medo.

Mas ela não queria ser invasiva.

Sabia que quando ele se sentisse a vontade lhe contaria o que se passava.

Era sempre assim.

Terminou seu café em silêncio observando o amigo apenas encarar a xícara ainda cheia de café.

Suspirou e se obrigou a levantar, ou se atrasaria.

Levou a própria xícara para a pia a deixando lavada.

Caminhou até estar parada ao lado de Hoseok e o silêncio era tanto que o barulho dos saltos batendo na madeira do chão quase ecoou.

Ela se abaixa e deixa um beijo na testa do homem.

-não perca a hora- ela murmura e se afasta ao não receber nenhum tipo de resposta, pega suas coisas e sai.

Desceu de elevador até o estacionamento e entrou em seu carro indo para o hospital.

Hoje seria dia de visitas, eles aconteciam apenas duas vezes no mês.

Estava um tanto nublado, parecia que uma chuva torrencial começaria a qualquer momento.

Uma música calma tocava no rádio e ela cantarolava um pouco mesmo sem perceber.

Quando ela chega no hospital, logo vê os vários carros dos visitantes no estacionamento.

Ela passa pela recepção vendo a mesma mulher de sempre atendendo as várias pessoas que já se encontravam lá.

Sobe até a Ala D e vê os enfermeiros tirando os pacientes que teriam visita de dentro dos quartos.

Não eram todos os que iríam, no máximo dois ou três de todos os dez.

As pessoas realmente os esqueciam naquele lugar como se fossem nada.

Ela larga as coisas em sua sala e desce para o espaço de recreação interno, ja que a qualquer momento choveria, as visitas seriam ali mesmo.

Ela conversa com os familiares por pouco tempo falando sobre o progresso dos pacientes e do tratamento e logo volta para a Ala D.

Durante as visitas de rotina ela havia percebido que Takuya não estava pelo corredor como usualmente mas não deu importância.

Pelo menos ele não interromperia suas consultas.

Quarto 6124Onde histórias criam vida. Descubra agora