Capítulo 20

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"-a próxima vez que ele ousar chegar perto assim de você, eu quebro o pescoço dele em um segundo."

A médica fica em silêncio por alguns momentos.

Deveria se sentir assustada, não deveria?

-não diga essas coisas- ela advertiu atraindo a atenção do paciente.

-o que eu deveria fazer então?- perguntou debochado.

-eu agradeço a preocupação, mas não deve fazer ameaças aos funcionários, ou então eu terei que te colocar de volta na camisa de força.

Ele sorriu.

-isso é uma ameaça doutora... E, preocupação? Não me preocupo com você.

Ela franze o cenho e desvia o olhar se sentindo extremamente estúpida, óbvio que um psicopata não se preocupa com alguém.

Ela olha em volta e vê uma bandeja com comida, completamente intocada e isso a deixa confusa.

-por que não comeu?- perguntou e viu o paciente dar de ombros.

- eu decidi esperar a doutora.

-seus braços estão livres agora- respondeu.

-mas eu gosto quando você dá pra mim.-ele encara a médica com um ar debochado.

Ela suspira, não devia ficar muito tempo ali, e não devia ceder aos caprichos do paciente.

-eu acho que você está mais calmo, preciso ir- tentou passar pelo mesmo e ir em direção a porta, porém ele se colocou na frente.

-por que não fica mais um pouco?- perguntou e a médica recuou.

-tenho trabalho a fazer- tentou não deixar a voz falhar.

Ele franze o cenho, ela era sua médica não era?

-eu sou o seu trabalho- disse e então encarou os olhos da médica.- você fica- avisou.

-não.

A luz falha quase que imperceptivelmente e é o bastante para a médica sentir os batimentos aumentarem.

-não se esqueça que você me pertence doutora.-ele dá mais um passo na direção da garota que recua mais uma vez- porque está fugindo? Parece envergonhada- diz e então sorri.

Maldito.

-eu não sou sua, Min.

-sim, você é. Apenas não aceitou isso ainda.

-se você não comer eu vou te prescrever mais remédios- decidiu mudar de assunto.

-eu deveria me importar com isso?

-sim, afinal com tanto medicamento a sua saúde é posta em risco.

Ele ri debochado.

-isso não é algo que eu me preocupe.

O silêncio cai entre os dois, se encaravam de pé no meio do cômodo.

O paciente, de fato estava mais calmo, ele realmente não gostou de ver o que o guarda fazia.


Mas ele ja havia avisado a médica, ja havia contado quem era o causador das aflições do outro paciente, ela apenas preferiu ignorar.

Min se afasta da médica e caminha em direção a sua cama. Ele senta escorado na parede e coloca os braços atrás da cabeça de forma despreocupada.

-vamos doutora, me conte- pediu apontando para a cadeira a sua frente indicando que a garota sentasse.

-contar o que?- ele sorri

Quarto 6124Where stories live. Discover now