Capítulo 10

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"Ela não consegue dizer nada, nem mesmo quando o vê se aproximando.

-esse Deus que você nem mesmo acredita, não pode te tirar de mim.
Você é minha."

Min podia estar preso em uma camisa mas nem por isso deixava de ser intimidador.

O jeito que ele encarava a garota era o mesmo que um predador olhava para sua presa, e na verdade era exatamente isso que ela representava para ele.

Ele a queria, e ela seria dele.

-por favor- ela pede baixinho, ja estava encostada na porta.

-eu ja disse o quanto o seu medo é doce?- perguntou com o corpo a centímetros do dela.

-Min... Me deixa sair.

-não.

Ela nega com a cabeça e fecha os olhos quando viu o paciente esticar a cabeça em sua direção ficando a centimetros de seu rosto.

-você precisa parar de resistir... Vai ser tão mais fácil... Tão melhor- ele ja tinha os corpos colados, passou a ponta do nariz, da bochecha até o pescoço da garota.

Ela tenta se afastar mas seu corpo não responde a nenhum de seus comandos.

Estava paralisada ali e sentia o desespero aumentar deixando algumas lágrimas molharem seu rosto.

-eu quero te mostrar uma coisa doutora- ele sussurrou.

Ela não tem tempo para nada.

Min a prensa com mais força contra a porta e ela vê são os olhos dele ficando negros como a noite antes de ter seus lábios tomados sem nenhum resquício de gentileza.

É uma sensação apavorante a de não poder se mexer ou reagir.

Ela queria sair correndo dali e mandar para a merda aquele hospital e todo o pesadelo que começou quando ela entrou ali.

Sentia a língua de Min passeando por sua boca livremente e tentava se mexer, empurrar o corpo dele para longe de si, mas ela não conseguia.

Era como se algo a segurasse onde estava.

Ela mantinha os olhos abertos encarando aquela escuridão de volta.

Não era um beijo comum, era agressivo, como o próprio Min.

Mas os olhos... Aquela escuridão era um tanto hipnotizante.

Ela não percebeu quando parou de tentar o afastar muito menos quando fechou os olhos no mesmo instante que ele.

Mas quando o fez parou de sentir tudo, inclusive a pressão do corpo do paciente contra o dela.

Sentiu que podia se mexer e sentiu um vento em seu rosto.

Abriu os olhos devagar e se surpreendeu ao ver que estava de frente para um rio.

Era noite, não fazia ideia de onde estava e a temperatura estava muito baixa.

Estremeceu e olhou em volta vendo um garoto em pé se segurandl do outro lado do parapeito de proteção.

Ele olhava fixamente para o rio.

Seus cabelos pretos balançavam com o vento e ele chorava.

Se desesperou ao ver aquela cena, tentou chamar o garoto mas sua voz não saia.

Era como se estivesse em um pesadelo onde queremos acordar, gritar, chamar qualquer pessoa, mas não conseguimos fazer nada.

"Hyung!"

Quarto 6124Where stories live. Discover now