XXVIII. Todo fim marca um começo

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Gente, eu ia esquecendo (MIL PERDÕES) de dizer que nesse capítulo vou falar um pouco sobre abuso sexual. O Atlas vai tentar de novo, então eu estou avisando logo para, caso quem não queira ler, não leia. Eu vou deixar o início da cena do abuso em NEGRITO e o final da cena em NEGRITO para quem quiser pular. 

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Jimin abre a porta e solta sua respiração. É Ares ali. Ou seja, é tudo real. Ele gira o anel preso em seu anelar, deslizando-o pelo dedo, e o enfia no bolso da calça, abrindo um sorriso terno para o homem, em um segundo. Ares está fitando seu rosto.

– Bom dia. – Diz em tom baixo e cuidadoso. Ares sorri, compartilhando sua leve empolgação.

– Bom dia, Jimin. Dormiu bem? Vem tomar o café da manhã. Atlas disse que vocês vão treinar muito hoje e eu acho que você não dormiu direito, não é? Estava treinando... Tão tarde...

– Sim, eu estava! E sabe de algo bom? – Ele nega com a cabeça. – Consegui inverter as almas dos ratinhos. – O rosto de Ares resplandece de alegria. – Acho que podemos tentar trocar as almas hoje pra que Rosé retorne.

– Isso é maravilhoso, Jimin. Atlas vai ficar feliz... – Ele anui. – Bem, vamos? Eu acho que é bom você tomar um banho depois, ainda está com a mesma roupa de ontem.

– É que eu tava cansado, então só dormi quando cheguei aqui.

Ele não diz nada, apenas permanece ao seu lado durante o caminho. Atlas logo nota a felicidade estampada no rosto dos dois quando chegam à sala e sentam-se na mesa, e Ares dispara:

– Jimin tem boas notícias! Parece que hoje é o dia!

– O dia? – Se emociona. Seu rosto sério e cheio de cicatrizes fica iluminado e se direciona ao loiro. Park acaba por sorrir, nem precisando fingir alegria. Ele está feliz! Aquele será um grande dia.

– Consegui trocar os espíritos dos ratinhos ontem de madrugada e hoje podemos treinar em Rosé e no homem. Acho que vamos ter bons resultados! Tô feliz que meus poderes não estavam nas asas...

– Eu lhe disse, garoto! – Jimin jura nunca ter visto o titã tão contente. – Te falei! Minha filha irá voltar, nem acredito... Podemos pular o café? Ou estão com fome?

– Por mim, podemos pular o café e trazer logo ela para cá.

– Eu acho que, se a trouxermos logo, ela poderá comer conosco e podemos conversar enquanto isso. – Ares pensa. – Vai ser melhor.

Park sorri. Todos ali são tão simpáticos e em paz. É como se fossem uma família – muito desajustadas, mas... Enfim, é cada coisa que acontece. Acaba que parece que eles são unidos, ao menos. Jimin se sente estranho com aquela falsidade.

Ele se levanta porque Atlas o faz o titã caminha até si, segurando sua mão e o puxando para onde o homem está aprisionado. No meio do caminho Ares vai até onde Rosé está guardada e a pega, indo de encontro dos dois no fim.

O rapaz ainda está adormecido quando a porta é aberta de repente e o faz pular do sofá, as algemas balançando em seu pulso. Ele pisca, perguntando-se o que está acontecendo, e Jimin inspira, deixando-o sem nenhuma resposta. Park não está feliz com o que está prestes a fazer, mas é a sua chance. O momento decisivo chegou e o aguarda da mesma maneira como Atlas e Ares o aguardam com os olhos colados em si, em cada movimento seu. Jimin passa a língua pelos dentes e respira fundo.

Jimin faz exatamente como fez com Jungkook no dia anterior, tomando cuidado para não inverter a ordem. Delineia a aura do homem, segurando-a na mão, e se inclina um pouco para o lado, recebendo a alma de Rosé de Ares. Ele pega a do homem, coloca dentro do pote e pega a de Rosé. É fácil de manipular. Fica apenas uma névoa cinza sobre suas mãos. Ele se movimenta com calma. Precisa fazer dar certo. Em sua mente, repassa cada passo de maneira meticulosa, e todos estão tão cheios de expectativas que o deixam agir assim. Afinal, todos querem que dê certo. Dois guardas se posicionam ao lado de Atlas e Jimin sente alívio por conseguir fazer aquilo.

Profecia Grega ᠅ jjk+pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora