XX. Ponte para dois

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#AjoelheParaOSeuDeus

Jimin corre rápido até o estacionamento.

"Venha até aqui!", a mensagem em seu celular dizia. E ele está indo para lá.

Chegando no local, se depara com o Deus em pé e com o corpo apoiado em seu carro. Faz séculos que Park não o vê e, mesmo assim, o veículo parece limpo e cuidado. Alguém deve ter lhe lavado e lhe dado um bom polimento. Ele está brilhando.

Park se aproxima de Jeon.

— Você me assustou! Para onde quer me levar?

Ares ergue a chave de direção do veículo e a balança no nível de seus olhos. Ela faz um barulho baixinho e Jimin foca nela, entretido e curioso. Jungkook não lhe dá pistas.

— Te digo no caminho.

O loiro suspira e aceita a sentença. Jungkook abre a porta do carro para ele, dá a volta no veículo e se senta no banco do motorista. Jimin passa o cinto pelo peito e se inclina para frente, esperando o outro ligar o veículo para ligar o som, e se perde nos botões do mesmo ao tentar colocar música. Uma batalha contra os botõezinhos é travada até que eles cheguem em seu destino e Jungkook pare, e Jimin estava tão concentrado que nem lhe fez mais perguntas pelo caminho.

Quando o veículo é desligado, Jimin estranha e lambe os lábios Ali deve ser um prédio. Um estacionamento. Provavelmente estão no subsolo do prédio. Há vários carros enfileirados ao redor do deles, o ar quente e a pouca ventilação do local não lhe agrada em nada.

Eles saem do veículo e entram em um elevador em uma pilastra de concreto no centro do local em tons de cinza, aliviando-se porque ali há uma ventilação. No subsolo as coisas lhe sufocam. Não havia ar fresco ou plantas ou qualquer sinal de vida por lá, geralmente nunca tem, e lhe dói de forma pior do que a morte.

Jungkook aperta vários botões, como se digitasse a senha para destravar o elevador, e o botão do vigésimo primeiro andar e Jimin observa o movimento dos seus dedos sobre o metal, finalizando o serviço, indo para os seus cabelos, jogando-os para trás e, por fim, pousando em sua mão e entrelaçando os seus dedos um no outro, tentando lhe dar alguma segurança do que estão fazendo. Ou prestes a fazer. Não que o loiro saiba o que é. Não que faça a menor ideia.

Por sorte, não demoram a chegar no andar e a saírem. A saída do elevador dá direto para dentro de um apartamento onde há duas pessoas na sala, meio que esperando por eles ou apenas paradas. Sentadas. Uma delas é uma mulher de cabelos castanho e olhos verdes-acastanhados. Ela tem uns quarenta anos, apesar de ser bastante arrumada e até mesmo estar usando salto alto e com o cabelo preso em um coque elegante. A outra pessoa é uma menina. Ela parece a mulher mais velha em uma versão mais nova. Não deve ter mais do que dez anos. Jimin congela porque reconhece as duas. Nunca havia sido apresentado às duas nessa vida, mas em passadas...

— Jungkook! Filho! — A mulher mais velha fala e se levanta, junto da menina, indo abraçar Jeon. — Quanto tempo! Eu estava morrendo de saudade! Não acredito que ficamos tanto tempo sem nos ver!

— Ah, mãe, as coisas não estavam fáceis no Olimpo. — Ele responde enquanto ela lhe aperta. A irmã de Jungkook lhe abraça logo ao que a sua mãe o solta.

Jimin fica sem saber o que fazer.

— O seu pai me contou... — Sua voz não é muito feliz ou orgulhosa, tão pouco triste. — E vi as notícias, claro, não existe um jornal que não tenha falado sobre você na última semana, no último mês, nos últimos dias, no último ano...

— É, foram tempos difíceis, mas eles chegaram ao fim... — Ares une as mãos atrás de seu corpo, abrindo o seu peito e continuando a falar: — E já que está tudo bem, assim que o Guilherme me contou que vocês estavam voltando para a cidade, hoje mais cedo, resolvi vir fazer uma visita e trouxe o Jimin comigo. Vocês nunca foram apresentados.

Profecia Grega ᠅ jjk+pjmWhere stories live. Discover now