XVIII. Lua

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Oi, bebês!!! Eu espero que gostem desse capítulo! É o maior até agora e eu fiz com muito carinho! Tenho tentado fazer os capítulos de maneira mais... profissional?? Então aguardem que os próximos capítulos serão maiores assim! Se cuidem e boa leitura! 💜

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A ontogenia do eu fala que até mais ou menos os um ano de vida a criança enxerga a mãe como uma extensão do próprio corpo e essa é uma das razões pela qual ela chora. Existem choros por comida, lágrimas que significam a vontade de colo e o sono, mas também há aquelas que gritam: estou conectado a você, eu preciso de você aqui, você faz parte de quem sou.

A família é a base para o desenvolvimento psicológico do bebê. O contato com a mãe, a troca de olhares, o carinho que aquece o lar diante da chegada do novo membro. Ela molda a personalidade da criança, instrui e educa, bombardeando-o com expectativas e ideais que nem sempre são reconhecidos ou aceitos, até o ponto em que a criança constrói sua personalidade e organiza os papéis daqueles que os cercam.

Cada criança cria uma família psicológica. Não obrigatoriamente essa família é unida por um laço sanguíneo. Por exemplo, o papel do pai pode ser interpretado pela mãe e isso não torna as coisas erradas. O foco maior é a organização social na cabeça miúda daquele ser humano. O papel da mãe é identificado em qualquer um que cuide dela, e o papel do pai é direcionado aquela pessoa que mantém tudo seguro e firme, como um imenso muro de proteção.

Jimin não teve isso. Ele se sente fraco por se deixar levar por ressentimentos tão bobinhos e odeia admitir, mas lhe corrói saber que não teve família. Que foi completamente abandonado.

Custava os Deuses lhe colocarem em um lar que o receberia com um sorriso no rosto? Custava o colocarem em um local onde ele seria bem tratado e teria uma infância... "Normal"?

Afrodite está bem na sua frente agora, enchendo a própria taça de vinho com a expressão impaciente no rosto, enquanto Poseidon, Hades e Apolo andam pelo seu quarto, conversando alto entre si. Jungkook está sentado ao seu lado na cama, fazendo carinho nas costas de sua mão direita, enquanto Hefesto aperta à esquerda, sentado do seu outro lado. Eros está atrás de si, injetando algumas injeções para dor em suas costas, enquanto comenta que as dores piorarão com o passar dos dias.

Ótimo, pensa Park, adorará sentir como se estivessem enfiando facas nas suas costas por mais tempo. Realmente, adorável.

O menino resmunga, reclamando da agulha longa afundando em sua carne aberta pela ferida, e aperta a mão de Hefesto. Ao menos o seu pai está lhe ajudando. Sua mãe, então, puta merda, ele preferiria não tê-la no momento.

Quatro injeções aplicadas depois, ele fica em pé para ir até o closet pegar uma blusa, e escuta seu nome saindo da boca dos Deuses. Ele finge não prestar atenção, vendo no espelho preso na parede se suas costas pararam de sangrar.

É, elas estavam sangrando. Começaram assim que o garoto chegou da casa de Holly com Jungkook. Os dois ficaram juntos por um tempo, conversando, e estavam se beijando no sofá quando as dores vieram; O líquido vermelho escorrendo por todo o estofado até pingar no tapete bege belga. Agora, no entanto, os sangramentos estancaram, restando apenas uma crosta de sangue recém-coagulado e inchado no espaço entre suas escápulas.

Jeon aparece no closet, fechando a porta atrás de si, e abraça Park pela cintura, apoiando o queixo no ombro do menor – agora, não tão menor assim.

Park enxerga seus corpos colados em frente ao espelho amplo, abrindo um sorriso gracioso a medida que seus olhares se encontram, deslizando-se pelo rosto um do outro até que Park se vira para o outro, os narizes se tocando deliciosamente antes de seus lábios se encontrarem em um beijo ardente e inteiro, lento. Jeon suspira sobre os lábios rosados, degustando de seu gosto e puxando seu corpo para si.

Profecia Grega ᠅ jjk+pjmUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum