5 motivos para não se apaixonar por mim

Um novo começo

Olá queridos leitores, sentiram a minha falta? Eu espero que sim... No dia de hoje venho contar mais uma história para vocês, mas preciso alertá-los de que não é nada comparado ao que já leram... Começando pela escolha de cenário inicial, veja bem...

Tudo começou quando Penelope Featherington, que estava prestes a completar dezesseis anos, se apaixonou perdidamente por Colin Bridgerton o terceiro irmão mais velho de sua melhor amiga Eloise. Mas é claro, como a garota tímida que era guardou apenas para si esse amor que jurou ser platônico... por cinco longos anos. Bem, até a noite em que completou 21 anos. Sim, caro leitor, a nossa doce menina não se permitiu amar ninguém desde que seu coração gravou em si o nome do jovem Bridgerton. Mas naquela noite, em um bar qualquer de Londres, depois de muitos drinks, risadas e o tão esperado parabéns, Penelope teve a sua chance.

Na pista de dança Rihanna tocava uma melodia sexy, o álcool percorria a corrente sanguínea como ácido, as luzes baixas e o clima quente favoreceram o que viria a ser o primeiro... E mais humilhante beijo da vida da garota Featherington.

A mão de Colin deslizou por sua cintura, a eletricidade do toque a fez virar-se para fitá-lo e então, voilá, os lábios dele prensaram os seus. Quentes, macios e deliciosamente convidativos. Pelos céus, era ainda melhor que imaginara. Todavia, durara apenas um segundo.

- Me desculpe Penelope, eu não sei o que me deu, eu... - Colin afastou-se dela disparando palavras desconexas.

- Está tudo bem Cols, eu te beijei de volta e... - Penelope tentou argumentar, mas ao ver um misto de pânico e descrença na face daquele que costumava lhe arrancar risos e suspiros, a jovem parou. Assim como seu coração. - Você...

- Isso não deveria ter acontecido, me desculpa. Você é a melhor amiga da minha irmã, digo... É uma boa amiga para mim e eu...

Ela não percebeu, mas havia erguido a mão em um sinal para que a fala dele cessasse, e assim aconteceu. O coração da pobre Featherington estava quebrado. Ele havia beijado-a por impulso, talvez por pena, mas é claro, quando um homem como ele se interessaria por alguém como ela? Questionou-se sentindo o choro formar um nó em sua garganta. Sem esperar por mais, a moça deu as costas para ele e seus irmãos que estavam distraídos conversando no bar, partiu para fora do estabelecimento como uma flecha, sem dar chance de alguém impedi-la, nem mesmo Colin conseguira parar a garota, que com uma sorte incomum para cidade de Londres, conseguiu parar um táxi e rapidamente o adentrou.

Seus olhos estavam inundados, seu peito doía como se alguém estivesse apertando seu coração, estava tão perdida em sua própria dor que não viu quando Eloise, Colin e Daphne correram atrás do taxi, ou quando Anthony começou a andar de um lado para outro questionando o que se passara, nem mesmo quando Benedict e Francesca tentaram fazer outro táxi parar. Sua dor lhe turvara a visão.

Era isso, alimentara um amor que serviu apenas para lhe machucar. A verdade é que Colin à via apenas como uma boa amiga, a confidente de sua irmã mais nova, como deixara claro naquela noite. Pensar nisso era como admitir seu fracasso, por anos foi o que ouviu indiretamente de sua mãe e irmãs, e agora podia ver que era verdade. Ainda conseguia se lembrar das palavras de Philippa, no dia em que achara seu diário. O riso de escárnio ao descobrir os sentimentos que Penelope nutria pelo garoto Bridgerton, na época com vinte e um anos.

- Era só o que faltava, minha irmãzinha sem graça apaixonada pelo bonitão. – Um frio percorreu a espinha da garota, que estivera distraída na sala tentando terminar as lições de geometria. Virou-se e percebeu que sua irmã tinha um caderno amarelo com estampas floridas aberto, os olhos ávidos pelas linhas que Pen escrevera mais cedo naquele dia.