Admitindo sentimentos

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Olá queridos leitores, vocês não acharam que eu ia me esquecer de atualizá-los sobre a nossa heroína, não é mesmo? Como eu havia dito, Penelope tinha certeza absoluta que havia superado seus sentimentos pelo terceiro Bridgerton. Mas.., ela realmente conseguiu se livrar do amor que carregou por anos em seu jovem coraçãozinho? Colin teria o mesmo pensamento? Será que a nossa escritora poderia vê-lo pessoalmente sem sentir o coração acelerar? E o nosso querido Bridgerton, sente algo mais do que amizade por nossa garota Featherinton? Parece que temos muitos questionamentos, não é mesmo?


Quando Penelope Featherington aceitou ser entrevistada nunca poderia imaginar a reviravolta que sua vida teria. É verdade que recebera dois prêmios como autora revelação na época da publicação, mas já havia tanto tempo e sua vida estava caminhando tão bem que não passara por sua cabeça a possibilidade de melhorar. Mas nós conhecemos o ditado de que Deus escreve certo por linhas tortas, Pen sempre preferiu acreditar que Deus escreve o certo no momento exato, e é com essa certeza que ela adentrou a redação da Queens B naquela manhã de quarta-feira.

O coração cheio de paz e a certeza de ser uma mulher livre, solteira e feliz. Sorriu ao passar pela recepcionista e se encaminhou para sua mesa, onde guardou a bolsa e ligou o computador. Tinha que revisar um texto antes de enviar para o editor-chefe, falaria sobre os encontros e desencontros aos vinte e poucos anos, um dos temas mais comentados em sua roda de amizade nos últimos meses. Sentiu a mesa vibrar e percebeu que se tratava de uma mensagem em seu celular, o anúncio de e-mail brilhava na pequena tela, com o cenho franzido por se tratar de sua conta pessoal, Penelope destravou o aparelho e clicou no ícone, lendo rapidamente a pequena mensagem que preenchia a tela em seu idioma materno.

Olá Penelope,

Assisti sua entrevista ontem, não apenas eu, mas toda a família. Você estava incrível e eu queria tanto poder te abraçar e comemorar essa vitória. Entendo seus motivos para ter partido e respeito-os, mas você é minha melhor amiga e eu precisava dizer que sinto sua falta e estamos muito orgulhosos de você, Pen!
Espero que responda esse e-mail.

Com carinho e saudades,

Eloise Bridgerton

PS: Todos mandaram beijos e felicitações.

O coração da garota afundou ao ler aquelas palavras, há quanto tempo não via sua melhor amiga? Na verdade, há anos Penelope não via ninguém, nem mesmo sua família que se limitava a entrar em contato apenas por cartões de Natal e Ação de Graças. A verdade é que sua maior saudade não tinha o sobrenome igual ao seu, mas o aquele que lhe ferira anos atrás.

Eloise fora sua âncora por todos os anos desde o momento em que se conheceram, enquanto Pen se limitava a expressar pensamentos e vontades apenas através da escrita, a garota Bridgerton gritava suas críticas e opiniões aos quatro ventos, sem medo ou receio, Elo, como gostava de chamar, era sua cara-metade exatamente por serem tão diferentes. Quando decidira partir sabia que não poderia se manter próxima da moça, porque ainda que ela fosse sua confidente, a simples menção do sobrenome a fazia chorar. Passou-se meses até que Penelope enviasse um sinal de vida para amiga, restringindo o contato a e-mails em datas comemorativas ela sabia que isso a magoaria e a simples ideia de ser a causadora de sua dor também deixava marcas na loira, entretanto, Eloise nunca reclamou e sempre respeitou a regra subentendida, até aquele momento.

- Olá, Terra chamando Penelope. – O som de estalos fez a moça desviar os olhos do celular em busca do barulho que a despertara. Encostada em sua mesa estava Clarice, com um sorriso tão grande quanto o gato de Alice no País das Maravilhas, fitando-a ansiosa enquanto segurava um panfleto em mãos. – Estava longe, huh? – Sondou a moça esticando-se na tentativa de ler o que distraíra Pen a ponto de não notar sua aproximação.

5 motivos para não se apaixonar por mimحيث تعيش القصص. اكتشف الآن