Imperfeitamente perfeito

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Há algo sobre o romance que instiga as pessoas... Seja a ideia de viver algo sublime, como uma historia de princesas... Talvez seja a forma como algumas pessoas enxergam seu par e o veem resplandecer em perfeição... Mas eu, meus queridos leitores, gosto de pensar que o romance é como um barco que navega por águas misteriosas onde a cada légua alcançada algo novo pode surgir, e pode não ser tão bom ou perfeito quanto se imagina...

Sete meses haviam se passado desde o retorno dos Bridgertons para terra da Rainha, as duas semanas depois da partida da maioria dos membros da família, Penelope passara da companhia de Colin e ela não poderia estar mais feliz. Em dezesseis dias de convivência eles aprenderam mais sobre si mesmos e o que esperavam do relacionamento recém-iniciado do que aprenderiam em meses morando em casas separadas. Ela sabia que ele preferia chá ao café, exceto se o café fosse feito por ela. Tinha consciência de que a cor amarela lhe atraía atenção suficiente para ter os verdes e brilhantes de seus olhos presos em sua figura enquanto desfilava pela casa com um vestido leve e cor de ouro que ganhar de Clarice num aniversário passado. Sabia qual era sua comida favorita, apesar dela acreditar que fossem todas, e os filmes que amava assistir. Descobrira que ele murmurava seu nome enquanto dormia e só cessava o som quando o corpo dela estava preso em seus braços; até mesmo o lado favorito e o jeito que Colin dormia ela havia gravado.

Para o garoto Bridgerton não havia sido diferente, seus olhos estavam sempre presos na pequena figura de cabelos loiros como se ela fosse um ímã que o atraía. O jeito como falava, a perspicácia que tinha, os lugares favoritos, as séries que mais amava, os sonhos que tinha, o medo depois de um pesadelo que a manteria acordada a noite toda se não fosse o calor do corpo dele a acalmando. Até mesmo a forma como Penelope o olhava quando queria lhe dizer algo mudava de acordo com o assunto e ele aprendera a distinguir cada uma dessas nuances e não poderia estar mais orgulhoso ou apaixonado.

Em uma tarde qualquer, dois dias antes de seu regresso à Inglaterra os dois se encontraram com José e Clarice para um happy hour no bar favorito deles na Vila Madalena, o que deveria ser apenas algumas bebida e conversas se tornou na disputa mais louca de Dominó já vista no bairro. A ideia partiu de José, que achou um absurdo o rapaz não saber jogar e resolveu ensiná-lo, e então em pouco tempo a atenção dos presentes estava na mesa ocupada pelo quarteto, gritos e risadas eram ouvidas, Clarice fizera questão de registrar o momento e mandar para Eloise, já que Pen estava ocupada perdendo para outra dupla e xingando os dois.

As horas se passaram rapidamente, os drinks se transformaram num jantar e então os amigos se despediram. Clare e José iriam no carro dela enquanto casal dividia um Uber. Havia uma familiaridade na forma como eles conversavam sobre o dia, as experiências e até no jeito em que Colin a beijava. Era natural, e como era de se esperar, tudo entre eles seria.

No momento em que a porta se fechou Penelope sentiu o corpo ser puxado para trás até estar entre os braços dele, não houve tempo para questionamentos quando os lábios dele pressionavam os seus urgentes e deliciosamente quentes. A loira deslizou as mãos pelos braços e ombros do piloto até encontrar sua nuca, onde fez questão de arranhar antes de repousar ali. Os sons emitidos não deixavam margens para questionamentos, a paixão se dissolvendo em frenesi enquanto eles caminhavam até alcançar a cama. Peças de roupa espalhadas pelos mais diversos cantos anunciando o que estava prestes a acontecer.

Diferente de tudo o que ela pensou, não havia pressa Colin venerou seu corpo como fazia com sua alma, lenta e continuamente. A única luz presente provinha da Lua alta no céu que parecia inundar o quarto para ser a testemunha de amantes que há tanto esperaram para se pertencer. Os lábios dele deslizavam por sua pele como veludo, quente e macio; sem medo ou receio ela se permitiu ser vista, e mais do que isso, amada. As carícias, os gemidos e os sons de todos os movimentos sendo engolidos pelo caos da cidade abaixo.

5 motivos para não se apaixonar por mimWhere stories live. Discover now