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O dia começara atipicamente ensolarado na terra da Rainha, os pássaros cantavam mais alto, as nuvens se dispersaram abrindo passagem para raios solares aquecerem o solo. Tudo parecia mais bonito, ou talvez fosse apenas o bom humor que aquecia o coração do piloto. Colin havia recebido a melhor notícia que poderia esperar, ao menos em seu âmbito profissional. Juan Carlo, um dos sócios da companhia aérea para qual ele trabalhava o oferecera suas ações na empresa, o senhor de sessenta e nove anos queria se aposentar e curtir a vida ao lado da esposa e dos netos, com os milhões que ja possuía, vender suas ações na companhia aérea seria apenas uma pequena contribuição para seu vasto patrimônio.


Coincidentemente, este sempre fora o sonho do terceiro Bridgerton, poder ser dono de seu próprio negócio, e ainda fazer o que amava, pilotar e conhecer os mais remotos lugares do mundo. Depois de sair de uma reunião com Anthony e Violet, o rapaz sentia-se ainda mais confiante para fechar o negócio que poderia mudar sua vida. E enquanto pensava nas possibilidades que essa nova oportunidade lhe proporcionaria, acabou por esbarrar com Eloise, a mulher tinha os braços cheios de folhas de papel e estava distraída lendo algo no celular quando sentiu o corpo colidir com algo que quase à levou ao chão, graças a rapidez do irmão o impacto foi impedido.


A morena limitou-se a olhá-lo brevemente e acenar com a cabeça num gesto de agradecimento, Colin a assistiu afastar-se dele e retomar o caminho que fazia antes da interrupção. Desde a discussão que tiveram cinco dias atrás ela não lhe dirigia a palavra, limitava-se ao básico de um cumprimento quando todos estavam reunidos, ou em público, e no restante do tempo ignorava sua existência. Para qualquer outra família tão numerosa isso poderia soar normal, já que havia tantas pessoas para se conversar que ficar sem falar com algum não seria problema, mas tratando-se do clã Bridgerton isso era inaceitável. Os oito irmãos foram criados para serem amigos, acima de tudo. Se Violet sequer sonhasse que algo como isso estivesse acontecendo o tempo fecharia na mansão naquela noite.


- Elo, espere. - Pediu antes de correr um pouco para se aproximar da mais nova.


- Posso ajudá-lo em algo? - Indagou a relações públicas com seu ar mais profissional, o coração do mais velho se apertou. De todas as irmãs, era com Eloise que ele tinha o laço mais estreito, ela era a conhecedora de suas dores e segredos, ainda que desconfiasse que ela detinha os de todos os membros da família isso não amenizada a saudade que sentia da garota. Sua irmã favorita, como Daphne costumava dizer quando eram crianças, a quinta Bridgerton sempre fora um alicerce para todos, e tê-la tão indiferente à sua presença machucava mais do que ele admitira para si mesmo.


- Não fale como se eu fosse um cliente, eu sou seu irmão. - O tom magoado na voz dele fez a guarda dela baixar. - Precisamos conversar.- Eu estou no trabalho agora, Colin. - Apesar do tom ameno, ela não parecia disposta a ceder. - Então jante comigo, faz muito tempo desde que fizemos um programa de irmãos. - Sugeriu ele esperançoso. - Você só tem tempo para Phillip agora. - O piloto revirou os olhos e quando os focou na figura da irmã pode perceber um ar de riso.- Você está com ciúmes?


- Eu? Claro que não. - O mais velho desdenhou. - Não é por que você passa mais tempo com ele do que com o resto da família que eu vou me importar, não é mesmo? - Deu de ombros e escutou a gargalhada da garota, alguns funcionários que transitavam pelo corredor os olharam curiosos.

- Certo, venha comigo. - Puxou-o por uma mão até a sala vazia mais próxima, que para sua sorte era a de Benedict e o rapaz não estava. - Olha, de todos os irmãos, você é o único que pensei que não iria demonstrar ciúmes. - Começou ela ao fechar a porta.

5 motivos para não se apaixonar por mimOnde histórias criam vida. Descubra agora