Resiliência (Supercorp)

Parte 40

• Lena Luthor •

Olho para o relógio novamente e ele parecia indicar a mesma hora de trinta minutos atrás, 19h38. Já era hora do jantar e Kara ainda não tinha chegado em casa e também não ligou ou mandou mensagens avisando que demoraria, o que era para lá de estranho.

— Novamente, por que fiquei sem meu carro? — Olivia pergunta pausando o filme e se ajeitando para me olhar melhor.

Desde a hora que chegou em casa que ela está debatendo sobre o castigo ser injusto.

— Por que você invadiu o escritório da diretora da escola e embora tenha sido para defender sua namorada... — eu me perco na fala ao ver os faróis do carro de Kara apontando na janela — Enfim, tem consequências. — termino, olhando para Olivia.

Dava para notar que ela ficou vermelha e eu tinha uma leve ideia do porque, mas não digo nada, talvez ainda não fosse hora de começar as piadas de sogra. A porta da frente é aberta e por ela passa uma Kara carregada de sacolas.

— Me desculpem pelo atrasso e por não ter avisado, fiquei sem bateria enquanto fazia as compras. — ela começa a falar e Olivia levanta para ir ajudar com as coisas — Lee... a doutora Snow ligou, ela quer nos ver amanhã para fazer aquela coisa super invasiva.  — ela conta fazendo uma careta e vindo até mim, se curvando para me beijar nos lábios.
— Amanhã? — questiono e ela assente — Ok... só preciso avisar a Sam para ela cuidar da Luthor Corp e estou super livre. — sorrio e ela imita o meu gesto.

Eu mal podia acreditar que já estava na hora de enfim começar os procedimentos, o meu coração deu um salto em meu peito e eu sorrio novamente, sentindo uma mistura de nervosismo e felicidade. Kara segue para o lavabo, voltando logo em seguida para ajudar Olivia com as compras, eu me junto a elas.

— Como foi o dia de vocês? — ela pergunta olhando para Ollie e eu.

Olivia começa a tagarelar sobre ter tentado entrar para o time de basquete, mas que descobriu que é bem melhor como assistente da treinadora, Kara e eu rimos, mas ela não parecia realmente se importar e eu apostava todas as minhas fichas que ela só tinha tentado para ficar mais perto de Brooklyn. Seguimos a noite conversando e assistindo à algum filme antigo que passava na TV, mais tarde fomos para os nossos quartos, indo dormir para descansar para o dia seguinte.

(...)

Kara aperta a minha mão com força, mas a sua atenção estava focada na tela do celular. Nós duas estamos na sala de espera na clínica da doutora Snow, responsável por todos os procedimentos que iremos fazer e o primeiro era daqui à alguns minutos.

— Você vai quebrar a minha mão, sabia? — provoco a fazendo largar o celular de canto para me olhar — Vai correr tudo bem, é um procedimento super simples. — a tranquilizo e ela suspira baixo — Vou ficar aqui o tempo todo.
— Eu sei mas... meu coração parece prestes a explodir. — murmura e eu me inclino para ela, a beijando no rosto, quase na lateral do seu maxilar.
— Kara Luthor Danvers. — uma enfermeira aparece na porta que levava até as outras salas da clínica.

Kara levanta primeiro, me entregando o celular e deslizando as mãos na lateral da calça social marrom claro, ela sorrir e começa a andar até a mulher. Eu a acompanho, a minha mão indo automaticamente para a base das suas costas.

— Me deseje sorte. — ela pede quando chegamos o mais longe que eu poderia ir.
— Você não precisa disso. — rebato me inclinando para cima, em direção aos seus lábios — Agora vá me deixar grávida.

Ela rir baixo, mas assente, me beijando outra vez antes de sumir pelo corredor sem olhar para trás.

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