Intenso ( Segundo livro da trilogia descobrindo o prazer)

Capítulo 8

Será que eu nunca conseguiria viver em paz com Natalie? Eu sabia que ser sua noiva não seria fácil, mas lidar com suas ex's namoradas o tempo todo brotando do esgoto igual baratas, era difícil de aturar.

Eu confiava em Natalie. É, eu confio. Mas aguentar a lista recorrente de mulheres dela era um teste, era um teste no qual eu nunca passava, e deixava meus ciúmes sempre falar mais alto, assim também como o lado controlador de Natalie falava.

A noite estava fria, era meado de novembro o inverno estava dando suas caras, e isso se fazia visível pois a chuva lá fora não cessava. Eu odiava ficar sem falar com Natalie, nem parecíamos noivas, e isso me perturbava, mas eu melhor do que ninguém sabia o quanto aquela mulher era orgulhosa, e o quanto eu também era. Então, essa noite seria só eu, meu chá quente e um belo filme romântico na tv, pois eu não fazia ideia de onde meu querido companheiro de fossa estava.

Ouvi a campainha do apartamento soar, e assustei-me. Quem seria? Não esperava ninguém. Levantei-me do sofá, e caminhei até a porta, ao abri-la Natalie estava em pé, com um semblante sério e agora seus olhos negros, prendiam os meus.

—Natalie? —perguntei incrédula ao vê-la com as roupas molhadas

—Posso entrar? —perguntou com um sorriso de canto discreto

—Sim, claro.

Balancei o corpo para o lado, lhe dando espaço, e após sua entrada, fechei a porta, e ela caminhou lentamente até o meio da sala.

—O que houve? Está um temporal lá fora, o que faz aqui?

Me afastei e caminhei rápido até o banheiro, lhe trazendo uma toalha, e enxugando seus cabelos molhados em seguida.

— Me desculpa­—falou, e logo pude sentir o gosto de bebida em seu hálito — é horrível ficar sem você, Ana.

—Você bebeu?

—Só um pouco

—Vamos tirar essas roupas, elas estão molhadas você pode pegar um resfriado.

Caminhei com ela até o quarto, e abri o closet para procurar alguma roupa quente. Escolhi um moletom cinza escrito "Texans" um time de futebol americano no qual eu torcia quando morava no Texas.

Ela tirou a jaqueta de couro molhada e jogou no canto do quarto, e em seguida tirou a blusa, exibindo seus seios fardos no sutiã, e seu corpo em boa forma, sem demora ela tirou os sapatos e logo após, a calça de couro preta que vestia. E ficou a minha frente apenas com as roupas intimas. Natalie possui um corpo invejável, a cintura fina, os seios fardos e coxas torneadas. A seguir tirou o sutiã, e a calcinha, ficando totalmente despida em minha frente.

—Você vai me dar o moletom? —perguntou

—Ah, v-vou—gaguejei ao ouvir a voz de Natalie me tirar do transe delicioso que eu estava olhando seu corpo, e lhe dei a veste.

—Acho que eu preciso de um short, ou uma calcinha, a não quer que você queira que eu durma só com a parte de cima.

—Ah, claro.

Voltei ao guarda-roupa e lhe um short de dormir, com estampas de ursos.

Natalie sorriu após se vestir e olhou-se no espelho.

—Eu definitivamente estou como uma adolescente— sorriu olhando sua roupa.

—Não reclame, eu podia muito bem deixar você pegar um resfriado.

—Ana, me desculpa­ —seu tom de voz agora ficou sério.

— Natalie...

— Não, me desculpa. Me perdoa por ser controladora, ciumenta, mandona, e outras infinitas coisas que eu sei que eu sou e lhe machucam. Me desculpa se você tem que lhe dar com pessoas do meu passado, eu quero que você entenda que antes de você eu estava perdida. Conheci muitas pessoas, algumas eu mantive um relacionamento, e eu peço perdão se você precisa lidar com isso, me desculpa pela Lydia. Confia em mim, não aconteceu nada. E não vai acontecer porque é você que eu amo, e é com você que eu quero partilhar tudo.